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         Alguns dias se passam e todas ficaram com Alex o tempo todo, inclusive Zulema. Piper não entrou em contato com Alex, mas Carol sim, pediu desculpas por não ter ido e disse que iria assim que pudesse mas Alex negou, a tranquilizando dizendo que estava bem. 

        Com a alta do hospital as garotas já estavam no caminho de casa, todas no mesmo veículo. 

— E aí Elfo, o que vai fazer daqui pra frente? 

— Não sei. — traga o cigarro pela janela do carro. — Tô mais calma em relação a assaltos e essas paradas. 

— Está sem rumo? — Alex olha para ela. 

— Quase isso. A verdade é que tô velha demais pra essa coisa de fugir da polícia, é muita aventura pra tanta idade. 

— Crendios cadê a Zulema que eu conheci na prisão? — Zulema ri e tosse com o cigarro. — Enfim, você tá indo lá em casa, pode ficar por lá se quiser. 

— E se me pegarem vai todo mundo preso comigo. 

Todos ficam em silêncio. 

— Eu apago sua ficha. — Berlim olha pelo retrovisor. — Mas não pode dar mancada de novo. 

— Não brinca! — Zulema se inclina perto dela. — Quanto quer por isso? 

— Nada, tem um cara que me fodeu na minha agência... Implantou droga no meu carro e eu fui afastada, iria ser presa se não pagasse a fiança. Eu sei quem foi e eu vou entrar com o acesso dele, apagar a sua ficha, dados, tudo e você simplesmente não vai existir mais. Se descobrirem vão pegar ele e ele está fodido.

— Você não vai se meter em confusão? — Alex olha preocupada. 

— Eu sei ser filha da puta. Mas é a primeira vez que vou fazer algo fora da lei sendo uma agente, mas é por uma boa causa. Vou apagar também a ficha da Francesca Doyle, ela fugiu com você né? 

— Verdade. — Zulema concorda. — Tem visto ela Vause? 

— Até demais ela vive lá na casa da Piper. 

— Ela virou uma filha da puta? — Zulema olha incrédula.— Eu acabo com ela. 

— Não. Franky só tá vivendo da forma que quer, não interfira. Não temos nada haver com elas. — Zulema se rende e encosta no banco de volta. 

           O restante do caminho é tranquilo uma risada ou outra, mas assunto não faltava, ainda mais com Zulema podendo falar a vontade. 

Diane do nada começa a rir sozinha. 

Zulema— Vish, mas já? Tadinha, tão nova começar a ficar louca assim. 

Alex — Zulema! — chama a atenção dela rindo também. — Mãe? O que foi? 

Diane— Vocês tem noção de que minha filha é ex presidiária, a minha outra filha tá namorando uma presa. A Piper está com uma ex presa e agora temos a Zulema que também é ex presa. Virei mãe e tia de ex presidiárias. 

       Todas riem novamente mas essas ex presidiárias eram do bem, não cometeram algo estrondoso por serem violentas ou algo do tipo. Sem perceber ao poucos vão formando uma família. 

— Puta que pariu. — Berlim reduz a velocidade. — Pessoal tem uma blitz, são policiais federais. Zulema sobe o vidro e aja naturalmente sem contato visual para não termos problemas. 

        Com todas tentando agir naturalmente Berlim entra na zona de blitz e o guarda para ela. 

— Senhoritas. — tira e coloca o chapéu como Cavalheirismo— Por favor documento e habilitação.

— Boa tarde guarda. — Berlim entrega o distintivo.

— Agente especial Berlim. Ok... Pode seguir viagem então. — devolve e encara dentro do carro e a mesma sai dirigindo tranquilamente

         E todas respiram aliviadas. E conseguem chegar tranquilas em casa, Alex não podia ficar andando ainda então os médicos recomendaram que ela fique com muletas por um tempo até o seu corpo se recuperar do susto. 

Zulema— Que casa top. — Se joga no sofá — Pode fumar aqui dentro? 

— A vontade. — a morena responde e faz o mesmo que Zulema acende um cigarro. 

        Um tempo se passa Alex tem uma melhora gradativa, Zulema sempre aparece na casa dela quando pode e Berlim tem trânsito livre pela casa de Alex e de Diane.

       Era final de ano, ou seja, muita loucura né? Tem natal, tem festa de ano novo, coisa que Alex amava participar. 

— Minha idéia é fazer um amigo oculto. — Diane comenta com Alex que fica animada.

— Adorei. Eu topo! 

— Ótimo. 

— Quem vai participar? — Lorna entra no assunto. 

— Eu, Alex, Berlim, Você, podemos chamar a Zulema talvez. 

— Chama todo mundo mãe. — Alex ri — Carol, Zulema, Berlim... 

— A Piper. — Lorna se enfia no assunto rindo.— Ah e a Nicky também. 

— Eu esqueço que ela saiu da prisão, quase nem falo com ela direito. — Alex ri.

Pois é Nichols saiu da prisão tem duas semanas por bom comportamento, Diane gostou dela e foi bem recebida por todos, afinal doida do jeito que é, é difícil alguém não gostar dela. 

Alex— Então vamos chamar todo mundo. — revira os olhos — " Harmonia e espírito Natalino​."

       Mais tarde separam os nomes em papéis após confirmarem se todas as pessoas iriam participar. 

         Alex ficaria responsável de passar os papéis, em uma sacolinha ela vai até Diane para que cada uma delas pegue um papel. 

Alex— Se você pegou si mesmo devolve. 

Lorna— Ah mas só eu sei me dar presente. 

Alex— Devolve. 

Lorna pega outro papel. 

Na casa de Diane são três papéis, Diane, Lorna e Bea.

       Após Diane, Alex iria passar na casa de Carol, mas estava preparando o psicológico para caso ver algo desagradável. 

— Alex? — Piper atende ela e fica surpresa.

— Eu vim trazer os papéis do amigo oculto. — Alex não olha para a Loira. 

— Da pra olhar pra mim pelo menos? 

— Só pega o seu papel. Eu entrego o da Carol depois. 

Piper coloca a mão na sacola e pega um papel. — Alex eu... 

— Boa noite Piper. — Sai dali e a loira entra novamente. 

Alex toma uma distância da casa e aperta os olhos. — Merda! — Soca o ar. — Eu não sou imune. Não adianta.

Back to me (Vauseman) Onde histórias criam vida. Descubra agora