Back to me (Vauseman)

Capítulo 14

       Piper conseguiu levar Alex para a sua casa, nessa noite Carol não estava. Então seria só elas.
       Ela a levou para seu quarto, deitou-a na cama e prestou os Socorros básicos nela.
         Na verdade a morena estava mais assustada do que machucada, a cena de Stella enfiando aquela broca na cabeça dela foi quase real.

– Você quer ir para o hospital?
– Não, eu estou bem...
– Toma esse remédio é para dor.–entrega uma aspirina com água.

– Obrigada Piper. Se não fosse você...
– Descansa tá? – da um beijo no rosto dela.
– Você apareceu na hora certa! Eu não sei como agradecer.
– Graças a Deus eu cheguei, se não eu mataria a Stella se ela ... Bom enfim. Dorme um pouco. – cobre a ex e vai para a porta.
– Você vai dormir onde?
– No quarto da minha mãe. Ela não está em casa hoje. Qualquer coisa grita, descansa.

Povs Alex:

"Porra ela tá levando a sério essa história de tempo...
Mas tudo bem, ela me ajudou. Piper tem seus defeitos, mas não deixa alguém precisando de ajuda na mão. "

          O dia amanhece, Alex quase não dormiu por causa da dor. E Piper também não, mas por insônia e a ideia perturbadora de quase perder ela por um surto da Stella.

Pouco mais das oito da manhã, Piper se levanta e vai checar como Alex estava, ao chegar no quarto vê ela sentada olhando pro nada.

– Já acordada?
-Não consegui dormir. – Olha para a loira.
– Você tá péssima. –senta na cama ao lado dela – Tá tão frio.

Alex levanta e calça o tênis. – Eu vou pra casa.
–Mas já?
– Estamos dando um tempo lembra?
–Ai merda, até nesses momentos você consegue fazer drama?
– Não é drama. Você mesmo pediu para darmos um tempo e que não queria me ver até decidir o que queria.

Piper não fala nada e Alex ainda com dor se arruma mais ou menos.

– Por favor, não demora. Eu não vou te esperar Piper. Obrigada por me ajudar. – Sai do quarto e vai pra casa, Piper fica novamente pensando sobre o assunto e se deita onde Alex estava sentindo o cheiro dela que ainda estava ali.

Na casa das Vause.

– Fiquei sabendo que aquela louca te atacou. Você tá bem?  Acho melhor você falar com a mãe porquê ela ficou bem preocupada.
–Estou bem. A Chapman me ajudou.
– Pra chamar pelo sobrenome você tá puta da cara com ela.
– Sem dúvidas... Enfim eu tenho que concertar a mesa, acho que ela quebrou ontem.
– Descansa sua doida, você tá machucada.

Alex vira um copo de café.– Eu tô bem. – pega o celular com os fones.– Vou lá.

       E sai indo pra rua novamente, sim ela estava com dor, mas por que falar a verdade né?
         Levanta a mesa e começa a fazer os reparos que se estragaram na madrugada.

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    Alguns dias se passam as meninas não se falaram mais. Alex estava com certa raiva dela, não era para menos essa indecisão está matando ela aos poucos.
Já Piper estava tentando se aproximar da família Vause novamente, mas não dava.

       Era uma noite antes do baile, Carol ficou encarregada de fazer coxinhas, pastéis, entre outros salgados para comerem amanhã.

[...]

– Filha, deixa que eu faço.
– Uh? Que?
– Pode deixar comigo. — fala já pegando a massa da mão da filha.
– Eu quero ajudar.
– Não querendo reclamar, mas já reclamando, suas coxinhas estão ficando bolinhas de queijo, só que sem o queijo.
– Aí droga. Desculpa, estou um pouco distraída.
– O nome da sua distração é Alex Vause.
– Ela nem me olha! – Carol pega o celular e se senta, sem a loira perceber ela começa a gravar um áudio.
– Também, você fica enrolando e enrolando... Ela deve achar que você não a ama mais.
– Mas eu amo... Tanto... Mas tanto ...
– E por que não fala pra ela?
– Não seria porque ela não me olha na cara? –Faz uma cara de tristeza. – Eu sou tão... Burra, tão idiota.

"– Eu concordo. "

Piper se assusta ao ver Alex encostada na porta da cozinha, de braços cruzados.

Carol– Bom, agora você pode falar pra ela. – Faz um sinal com o celular mostrando que mandou um áudio para Vause e sai da cozinha.

Alex, se mantém fria.– O que você quer me falar?
– O quanto eu fui boba.

– Ótimo. Já falou, tô indo então. – fala e da as costas
– Espera.
– O que foi?
– Me perdoa?
– Pelo que? Por me fazer de trouxa de novo? Por me deixar sozinha esse tempo todo? Ah espera, te perdoar por você ser tão hipócrita, egoísta e passado todos os limites comigo? Por vacilar e me julgar sobre algo que eu não fiz?

Alex estava irritada, magoada, falava tudo em tom alto e era fria em cada palavra.

– Piper eu não vou ser paciente pra sempre. Você tem que decidir o que quer da porra da sua vida ou vai acabar enlouquecendo, vai acabar ME enlouquecendo.
Então ou fode ou sai de cima, caralho!

Piper– Eu decidi... Eu te amo Alex, te amo tanto que dói... Eu te quero, eu preciso de você. Não aguento mais ficar longe de você, sem poder te tocar... –Era inevitável, Alex da um sorriso de lábios fechados. – As coisas ficaram tão confusas... Mas na verdade não tem um dia que eu não pense em você.... Não sei o que estou falando, só sei que eu te amo, se quiser pode ir agora. — abaixa a cabeça.

         Alex a encara por alguns segundos e abre um sorriso ao ver que ela realmente estava arrependida. E anda até ela, sem dizer nada ela abraça a loira. E assim elas ficam por uns cinco minutos.

– Eu também te amo. - Piper se aperta no abraço.
– Volta pra mim?
– Mais uma vez?
– Por favor, uma última chance.
– Ok. – respira fundo.– Você me faz falta e eu não sei viver sem você no meu pé. Então eu aceito a voltar, pela última vez.

      A loira abre um sorriso enorme e enche de beijos a morena, até elas engatarem um beijo de verdade, cheio de saudades.

– Finalmente! Eu não aguentava mais a Piper se lamentando... Agora saiam daqui, preciso terminar isso.
– Achei que Lorna Iria pedir coxinhas e não bolinhas de queijo. – Alex analisa as massas.
– Eu disse né? - Carol ri
– Calem a boca. Vamos... - Piper faz cara de brava, da risada e puxa Alex com ela.