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Alex realmente estava pensando em tudo, pediu para Maca dormir na casa de seu pai essa noite. 

Resolveu tirar o dia para se entender e aceitar a decisão do coração, mandando a seguinte mensagem a Piper. 

Alex: 

Oi, tudo bem? Eu queria saber se você está livre para termos aquela conversa que você está tentando ter comigo. 

Te espero às 15:30 aqui em casa ✓✓ (13:00) 

Piper recebeu a mensagem que a deixou bem bagunçada de novo, triste e feliz ao mesmo tempo agora teria mais uma chance de se redimir com a morena. 

Eram 15:20 da tarde Alex estava sentada esperando ansiosamente para ouvir os toques na porta e do lado de fora a loira esperava dar 15:30 para bater na porta e estava tensa. 

Deu o horário e ela bate na porta, imediatamente é recebida por Vause.

— Que bom que venho. 

— Não poderia perder a chance. 

Piper entra e Alex pede pra que ela se sente. 

— Eu estive pensando você tentou falar comigo e eu não te ouvi, você merece uma chance de se explicar. 

—  Nem sei por onde começar, eu sei que te magoei, errei feio com você mas aprendi com isso. Estou provando do meu próprio veneno e está doendo muito. Lembra de quando era você no meu lugar? Me via por aí com a Stella? É essa mesma sensação que eu tenho quando te vejo com a Maca. Eu sinto sua falta, mas sei que não te mereço.  Te perdi e eu nem sei como, pisquei os olhos e você se foi e eu me perdi.

Ambas estavam​ com os olhos marejados.

— Eu te odeio e te amo ao mesmo tempo, está doendo em mim também sabia? Tudo o que você fez foi demais pra mim. E eu preciso que você seja sincera comigo, você está gostando da Franky? 

— Tudo o que eu sinto por ela não chega nem perto dos meus sentimentos por você. Eu sei que concordamos que seria a última chance que nós íamos ter, mas estou te pedindo me dá mais uma, por favor essa sim será a última.

— Não é bem assim Piper. Eu dou uma chance, você desperdiça e depois pede outra... Tudo tem limite. 

— Eu sei mas olha pra mim, não sei viver sem você. 

     Alex olha para todos os lados pensando em alguma solução ou resposta para isso, mas nada fala e ambas permanecem em silêncio. 

— Alex... — Pega a mão da morena que olha para ela no mesmo instante. — Eu amo você, não tenha dúvidas dos meus sentimentos. 

— Então por que me traiu na primeira oportunidade que teve? — agora os olhos dela mudaram para o ódio que sentia dela. 

— Porque eu sou fraca, tá legal? Eu preciso de contato, de carinho. E Stella estava tão próxima... Eu me esqueci de tudo e mergulhei de cabeça na idéia estúpida de trair você. Me dá outra chance, por favor Alex eu nunca mais vou fazer isso... — Antes que terminasse a frase Alex interrompe. 

— Vai pra casa, eu preciso pensar e rever os conceitos. Quem ama não trai e essa frase não vai sair de mim, então estou pedindo educadamente para você sair daqui. 

A loira com os olhos cheios de água se levanta e vai até a porta — Antes de ir, eu preciso que saiba que eu te amo muito e isso não vai mudar. Até mais tarde, Alex. 

Ela sai fechando a porta e Alex começa a remoer tudo desde o início. Flashbacks e lembranças vem com força quando a morena se toca estava chorando com tudo isso, até seu telefone tocar. 

— Oi? 

— Soldado 366, é um prazer ouvir sua voz. 

— Agente Berlim? Surpresa estou eu. 

— E aí quer dar uma volta comemorar sua soltura? 

— Mas você está aqui? 

— Estou, bem resolvi ficar por aqui. Te pego daqui vinte minutos. 

— Já mando o endereço. 

Como o esperado algum tempo depois Berlim estava na porta de Alex. 

     A agente era tão sedutora quanto Alex, 1,70, um corpo feito para o pecado, cabelo liso e preto cortado em Chanel, olhos castanhos, tatuagem no ombro. A mulher era uma tentação, se elevando ao nível de Alex Vause. 

— Nossa... — Alex a encara de cima a baixo boquiaberta. — Agente... Berlim? 

— O que foi? — Berlim sabia que deixava qualquer um encantado. 

— Você está linda. 

— Ah não mais do que você. Vamos? 

Elas engancham o braço e se separam ao chegar no carro onde Berlim entra no motorista e vão conversando sobre o período da morena na prisão. 

— Apesar de ser ruim eu aprendi muitas coisas sabe? E fiz novas amizades também. — Berlim ri ao volante. — O que foi? 

— Nada, você tão durona falando assim... Me surpreendo. 

— Aí Berlim... 

— Sofie. Hoje eu sou Sofie... Berlim é só nos momentos de trabalho. 

— Sofie... Nome bonito. 

— O seu também é Alex. — Para em um bar e continuam a conversar. 

Sofie conta um pouco sobre a vida dela, sobre sua família e algumas missões, deixando Alex completamente em êxtase a cada palavra. 

— E sua vida amorosa? 

— Ah... — A outra ri — Eu acho que nunca me senti apaixonada para ter um namoro, sem contar que a falta de tempo não me permitiria namorar. 

— Nunca se apaixonou?

— Eu não confio em ninguém Alex, as pessoas em que eu confio eu conto nos dedos e ainda sobra 8 dedos. 

— Quem são as pessoas que você confia? 

— Meu chefe e você. Não sou boba e sim esperta demais, sei decifrar as pessoas, então normalmente as pessoas não gostam de mim e eu não gosto de ninguém. 

— O que consegue decifrar em mim me olhando? 

— Agora? — a morena assente—hummmm ... Esta infeliz, indecisa... E pela inquietação deve estar querendo me beijar, mas como está em um relacionamento a lealdade fala mais alto estou certa? — a dona dos lábios vermelhos ri sem mostrar os dentes em seguida da um gole de whisky.

— Você é boa. — Alex ri — O que você acha de traição? — a outra olha incrédula— Não tô dizendo que vou trair a minha namorada com você. Quero saber o que você acha de alguém que trai? 

— Eu acho a pessoa descarada, mal caráter... E por mais perdão que peça vai trair de novo, de novo e mais uma vez. Lembre se Vause, quem trai uma vez, trai três, quatro... Sempre. 

Alex fica em silêncio com seus pensamentos: 

" Será que Piper seria capaz de fazer isso de novo? 

Maldita dúvida, maldito medo! O que eu faço?"

Back to me (Vauseman) Onde histórias criam vida. Descubra agora