64- O presente parte 1

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  Finalmente a noite acaba literalmente​, o dia amanhece com cada pessoa em um canto da casa dormindo. 

  Nicky dormiu em cima de Zulema, que dormiu encostada na parede. Piper também pegou no sono com o cachorrinho no colo e dormiu sobre Alex que estava ao lado dela no sofá, a morena também dormiu.  

  Alex desperta com uma suspirada da loira e a olha sobre seu lado direito dormindo tranquilamente​. 

" O que tem aquela caixa... O que é que pode ser que tem duas partes?" 

   Logo todos da casa estavam de pé e pouco a pouco vão indo para as suas respectivas casas. 

Zulema— Feliz Natal pra todo mundo ai... — pega a blusa e os cigarros — Obrigada por tudo galera. Até mais. — Da um sorriso e sai da casa entrando no táxi. 

Alex— Bem eu vou nessa também. — levanta da mesa — Eu estou exausta e preciso dormir​ mais um pouco. Feliz Natal pra todos também. — pega o presente de Piper e vai para casa. 

           A morena entra em casa, sobe com a caixa e deixa na mesa. Vai direto tomar banho e ao sair acaba pegando no sono novamente. 

Na casa das Vause ainda: 

Lorna— Admito que estou curiosa para saber o que tem na caixa.

Piper ri — Lembra que você me disse pra reconquista-la ou seguir em frente? Então eu escolhi a primeira opção. 

Nicky— Ponto pra menina Chapman, gostei de ver. Boa sorte. 

—Obrigada. — Piper sorri e retorna a comer.

      O dia se passa rapidamente, já se passavam das 16:00 da tarde quando Alex acorda descansada, mas porém ainda cansada. Dormir de dia acaba com a gente.

        A morena pega o celular do outro lado da cama e leva um susto com o horário. 

   Ao bloquear a tela, se deita novamente e encara a caixa vermelha sob o criado mudo.  Ao se lembrar que ainda não tinha à aberto, se senta rapidamente, esticando os braços para pegar a caixa, respira fundo e vai em frente. 

    Havia algo envelopado e um monte de plástico.

" Que porra?"

   Pegou o que seria uma possível carta, realmente era uma feita a mão, escrita por ela. 

Leia sem me xingar, limpe seu pensamento de todos os nomes que você me deu. 

Alex, eu já tentei de tudo pra te ter de volta. Essa será a minha última tentativa. 

Estive pensando em mil maneiras de chamar sua atenção e esse amigo secreto veio no momento certo e foi aí que eu tive essa idéia. 

Sabe, esses dias mesmo eu estava lembrando do que vivemos com aquelas coisas relacionadas a Sylvie. Você não queria que eu fosse porque sabia que ia dar merda, mas eu insisti, te atrapalhei. Mas mesmo assim você me protegeu, sei que daria a vida por mim se preciso fosse. E eu não soube valorizar isso, eu entendi isso depois que te perdi. 

Eu também daria a vida por você. 

Somos muito parecidas e tão contrárias em tudo, como você me dizia: 

Eu sou a água, você é o fogo. 

Eu sou a âncora e você é o capitão do barco.

Eu sou a chuva e você é o sol. 

Somos totalmente opostas mas precisamos uma da outra para existir, se completar igual as suas frases especificam. 

Eu não vivo sem você

E você não vive sem mim. 

Eu sinto sua falta, sinto falta do seu corpo, do seu beijo, dos seus abraços, até das broncas por eu ser lerda ou até mesmo das brincadeiras idiotas que você fazia e eu odiava.

Eu sinto sua falta. 

Esse presente é o seguinte, você vai vesti-lo e vai receber a segunda parte dele hoje a noite. 

Por mais que não aceite eu estarei lá, espero que apareça. 

Beijos, eternamente sua:
—Piper  E. Chapman.

     A carta foi forte, Alex teve os olhos cheios de lágrimas do começo ao fim, ainda mais quando a loira falou sobre as frases. 

Coisas que Alex esperava que ela não decorasse. 

— Droga de sentimentos. — a morena passa as mãos no rosto. — Eu sou o fogo e você a água Chapman, você é a âncora e eu sou o capitão do barco, você é a chuva e eu o sol... Você é o coração e eu o amor.  — Sorriu e retira os plásticos e havia um vestido embalado, era preto daqueles até o joelho e havia outro papel. 

   Espero que você goste, srta Vause. 

Espero que vá. 

Esteja no centro da ponte La nort hoje às 23:00. 

  Alex olha o vestido em suas mãos e ri da situação— Bem eu acho que nesse caso se eu não dar uma chance pra ela, ela me empurra da ponte e eu nunca mais dou chance pra ninguém. 

  Ri sozinha e prova o vestido.

Back to me (Vauseman) Onde histórias criam vida. Descubra agora