Operação: Resgate parte 2

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     O soldado abre a porta com um certo esforço mas estava tudo escuro e as meninas gritavam apavoradas. Era possível notar que era muito mais do que apenas algumas garotas. 

— SOMOS DO EXÉRCITO — o soldado acende a lanterna da ponta da arma dele. — Argh! que cheiro horrível ... Cadê a porra da luz desse lugar.  — desce vagarosamente a escada e Alex logo atrás não enxergando nada. 

— Tem um interruptor no corrimão da escada no primeiro degrau. — a menina grita. E desce com eles. 

O soldado vai tentando identificar o interruptor com a luz que tinha, Alex estava assustada com todos aqueles gritos parecia o inferno. 

— Aqui. — Clica no botão e a luz geral acende iluminando o lugar — Senhor tenha misericórdia e piedade disso. — Vomita no canto da escada e Alex segura o enjoo. 

" Nos ajude", " socorro", " por favor eu tenho um filho", " me salva"... Eram muitos pedidos de ajuda, eram muitas mulheres. Mais do que poderiam imaginar... Uma facção completa. 

Soldado— Capitão! Temos umas cem mulheres aqui em baixo e vários cadáveres. 

Recebe a ordem de manter todas calmas e permanecer ali em baixo. Pois as coisas no andar de cima ainda não estavam seguras.

Soldado— Isso parece um estábulo. 

Alex— Eu sei. — procura Piper com os olhos, nervosa.

Soldado— Eu sei que você quer procura-lá. A nossa missão na verdade é ela. 

Alex— Olha esses corpos... Eu tô com medo de achar ela nessa situação. — escova o cabelo para trás.

Soldado— Se quiser ficar aqui, eu a procuro.

Alex— Eu vou com você, o lugar é imenso pode ter alguém aqui escondido e atacar. 

Soldado— Ok. Novo plano então, vamos tentar acalma-las e indo até achar ela. E você qual o seu nome? — aponta para a menina.

— Franci.

Soldado—Ok, fique aqui, qualquer coisa grita! 

   Os dois vão andando pelo lugar horrendo, com o cheiro de carne podre dominando o lugar e gritos, lamentações.. 

— ATENÇÃO!!! — ele grita — PRECISO QUE VOCÊS FIQUEM CALMAS!  O EXÉRCITO E A POLÍCIA FEDERAL ESTÃO AQUI PARA RESGATAR TODAS VOCÊS!! MAS PRECISO DE MAIS SILÊNCIO PARA QUE POSSAMOS MANTER A SITUAÇÃO EM CONTROLE, PRECISO DA COLABORAÇÃO DE TODAS! 

Imediatamente clamores se ouviam e elas falam bem mais baixo.

Soldado — Esse cheiro tá me matando. — corre para um canto e vomita novamente. 

Alex ainda permanecia segurando o enjôo — Qual seu nome?  — continuavam andando olhando tudo.

Soldado​— De combate ou o real? 

Alex— O real. 

Soldado— Felipe. 

— Tem família?

— Uma esposa e três filhos, que me esperam voltar para casa tem seis meses. — ambos sorriem. 

— Daqui quanto tempo vai voltar para casa? 

Ele sorriu — Um mês. 

—Que bom. Deve ser horrível ficar longe.

— Demais. Ainda correndo riscos... 

— Imagino a dificuldade que seja. 

Eles andavam agora em silêncio. Alex ficava mais aflita a cada passo. 

Back to me (Vauseman) Onde histórias criam vida. Descubra agora