Capítulo 20 - Lar, doce lar

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_Bom dia Mê.
Digo a Melinda arrastando meu corpo até a cozinha.

_Bom dia gatona.
Mê está sentada perto da mesinha que fica ao lado da cozinha, tomando seu café.

_Dormi dez horas, que delícia.
Pego uma xícara na parte de cima do armário e me sirvo de uma boa dose de café. _Hoje eu e a Emma vamos alugar aquele apê, perto da casa da tia dela.
Sento em uma cadeira ao seu lado.

_Não acredito que tu vai me abandonar.
A dramática faz uma cara de tristeza exagerada.

_Preciso ter meu canto Mê, mas sou muito grata por você ter me acolhido.
Passo manteiga no pão francês enquanto me explico.

_Compreendo amora, tô feliz por você e pela Emma, é muito bom termos nosso próprio espaço.
Sorri e depois sorve um cole de seu café.

Continuamos nosso café até que uma coisa me vem em mente.

_Qual sua história com o cara do bar?
Mê imediatamente revira os olhos.

_Não tenho nenhuma história com aquele babaca perseguidor.
Sua careta me faz da risada.

_Vocês pareciam ter coisas a esclarecer naquele bar, eu jurava que tocariam fogo no lugar, só de se olharem.
Me divirto com as caretas que minha amiga faz enquanto cada palavra sai da minha boca.

_Transamos, aí automaticamente ele acha que pertenço a ele.
Mê bufa, visivelmente indignada.

_Foi bom?
Pergunto me divertindo com a situação.

_Malditamente bom, porém ele nunca saberá.
Sorri maliciosamente.

_Ele não parece daqueles que desistem fácil.
Destaco o fato.

_E eu pareço daquelas que se importam? Quero que ele enfie toda a prepotência no cu.
Mê levanta e eu continuo gargalhando da sua indignação, o cara tirava ela do sério.

Termino meu café e começo a me preparar para encontrar Emma, ligamos e marcamos com o proprietário do prédio pra daqui a três horas.

Coloco um short claro e uma blusa comprida na cor branca, meu tênis dourado com branco vai nos pés, saio do prédio faltando uma hora para hora marcada, o ônibus leva trinta para chegar, vejo Emma sentada no degrau da escadinha que fica na entrada do nosso futuro prédio.

_Chegou cedo.
Falo quando me aproximo e paro ao seu lado.

_Vamo subindo, Sr. Osvaldo vai vim só na hora marcado.

Avisamos a portaria que iríamos ficar com o quinze do quarto andar e subimos, entramos no nosso tão sonhado apê.

_Precimos de móveis.
Olhamos tudo ao redor, que não passavam de paredes, com sorrisos no rosto.

_Pedi um adiantamento das contas a minha tia emprestado, acho que dá pelo menos para as camas, guarda roupas e alguma coisa pra sala e cozinha.
Emma me olha animada.

_Vamos juntar o que temos e compramos o necessário, o resto vem com o tempo.
Tenho sua confirmação com um maneio de cabeça.

_Pagamos o calção e o primeiro mês agora, aí podemos sair para comprar.

_Quanto mais cedo mudarmos , melhor.
Concordo com ela.

Sr. Osvaldo chega pouco tempo depois do marcado, trás com ele o contrato de aluguel para assinarmos, depois de lermos tudo assinamos, deixamos tudo pago e saímos feito duas crianças que acabaram de ganhar o melhor dos presentes.

O ponto de ônibus que vai para o centro fica a uns quarteirões dali, estamos prestes a passar pela bendita oficina quando Liam sai para fora junto com um cara que trás sua moto ainda com o motor desligado, eles conversam rapidamente e o homem sobe na moto e dá partida, arrancando segundos depois. Logo depois Liam olha em nossa direção e nota minha presença enquanto chego perto.

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