Capítulo 39 - Sagitariana ( Bônus Melinda)

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Eu poderia rir da loucura que minha vida se tornou, gosto de uma loucura, mas nada que vivi me preparou para o que está acontecendo.

Nada me faria gargalhar agora, meu humor está péssimo, estou puta por estar esperando a mais de uma hora nessa miséria de delegacia, um pânico interior ameaça explodir dentro de mim porque não sei o que fazer com minha nova descoberta. Está tudo um caos.

Tô confusa, Tô uma bagunça e está tudo fora do controle. Odeio essa realidade.

Emito num sussurro mais palavrões quando vejo o mesmo segurança passar por mim sem me dá uma informação.

Estou na delegacia onde Nicolas está mantido provisoriamente, pelo menos até o julgamento. Não sei qual seria o destino dele e isso também estava me tirando o sono.

Me apaixonar pelo cara mais insano que já me envolvi não estava em meus planos, porque, quem em sã consciência planejaria uma porcaria dessas?!

Aqui, sentada na área de espera dessa droga de delegacia, desejo intensamente que não tivesse ido naquele bar aquele dia, não ter tomado a decisão de ficar um pouco mais e seguir em diante. Não ser magnetizada pelo desafio que aquele cara representava.

Caralho, como queria ter tido uma dor de barriga braba que me impossbilitasse de sair aquele dia, porque convenhamos, só assim pra me parar. Bem feito.

Mas agora o sossego é inevitável.

Levanto a ando determinada até o outro segurança que ficava na sala de espera

_Quanto tempo isso vai demorar? Estou aqui a mais de uma hora.

Sei que meu tom é não é bem recebido pelo homem, mas não tô nem aí, foda-se.

_Seu amiguinho não devia nem receber visitas, o delegado está vendo se libera você ou não?
O cara fardado não esconde a superioridade em sua voz, com certeza me vendo como mulher de um bandido.

Só que não abaixo minha cabeça pra homem nenhum.

_Então quero falar com o delegado.
Afirmo sem paciência.

Ele solta uma pequena risada com uma dose grande de sarcasmo.

_Não será possível.
Sua recusa me faz perder o restinho de paciência que tenho.

Não o respondo, saio da sala de espera e vou até a recepção.

_Quero falar com o delegado, diga que é pessoal.
A mulher fardada me olha desconfiada.

_Você não tava aqui para vê um prisioneiro?
Ela volta a olhar para o computador a sua frente sem me dá muita confiança.

_Preciso acrescentar algo muito importante ao meu depoimento, vai fazer diferença no caso.
Falo o mais seria possível tentando ser convincente.

_Tera que marcar hora com ele.
Sua falta de vontade em querer ajudar me faz explodir.

Em qualquer dia normal teria deixado passar, mas não é uma dia normal, minha vida virou de ponta cabeça em quatro meses e hoje a cereja do bolo foi posta.

O fato de poder ser presa não me impede de gritar e chamar a atenção de todos ali.

_Olha aqui sua lesada, qual parte você não entendeu, eu preciso falar com o delegado, agora.
Alguns seguranças se aproximam com umas caras nada boa, porém um homem de terno se sobressai diante deles e vem em minha direção.

_Melinda Oliveira?
Confirmo em silêncio. _Venha comigo.

Só o que faltava é ser presa agora. Vou matar o idiota que me fez parar aqui, é tudo culpa dele.

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