Capítulo 43 - Cartas na mesa

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Depois de largar o telefone Emma senta ao meu lado.

_O coquetel foi uma tragédia.
A olho quando ouço a informação.

_Porque? Katrina podia ter usado meus looks, os seus expomos depois.

_Pois é, só que Katrina não apareceu e nem Melinda, Dandara me ligou mil vezes e depois que atendi ela disse que foi uma tragédia, ouviu muito desaforo e perdemos qualquer chance de termos investidores.

A notícia me entristece, nosso sonho ficou mais distante, mas também sei que não teria condições de estar lá e pera, o que houve com Melinda e Katrina, porque meu motivo para não ter ido é grave, a preocupação me toma porque sei que com elas seria o mesmo.

_Já tentou ligar pra elas?
Pergunto intrigada.

_Dandara ligou milhares de vezes, Melinda está com o celular desligado e Katrina chama chama e ninguém atente.

O medo real de que tenha acontecido algo com elas me toma, Emma sente e fica tensa ao meu lado.

_Acha que aconteceu algo grave?
Pergunta receosa com minha resposta.

_Olha para o nosso motivo, porque que com as meninas seria diferente?

Nos olhamos e seu medo reflete o meu.

***

O homem alto e negro chama pelos parentes de Ravi, todos nós nos levantamos, Dona Adelaide responde e ele nos olha gentilmente, comovido por nossa preocupação.

_Bom, os exames do paciente acusam resquícios de algumas drogas em seu sangue, drogas que postas juntas podem ter efeitos colaterais quando tomadas em excesso.

Como é possível que drogas ingeridas a quase dois meses atrás possam ter causado um acidente assim? Acredito que ele não tenha tomado outras vezes porém lembro perfeitamente do tamanho do frasco, que foi despejado inteirinho na bebida dele e foi tomado juntamente com outro comprimidos, que não faço a menor do que tenha sido

_Deve haver um engano, meu filho não consome drogas.
Dona Adelaide afirma com certa ofensa na voz, interrompendo o médico.

_É o que os exames apontam, desconfiamos que ele possa ter tido algum tipo de tontura ou até desmaiado por conta dos efeitos colaterais da mistura irresponsável das substâncias.

Dona Adelaide cai desacreditada na poltrona, olho para Liam que também sabe da situação de semana passada, sua cara de poucos amigos me diz que pensa o mesmo que eu.

Eu vi a hora em que Théo colocou o líquido em sua cerveja, ele colocou tudo, Lorena queria tanto chegar no seu objetivo que não pensou que seus atos teriam consequências.

Levanto e vou até Dona Adelaide.

_Ele não mexe com essas coisas, armaram pra ele.
Antes que ele me pergunte mais, ando determinada até a saída, já no corredor longo e silencioso mãos pegam meu pulso, olho e vejo Liam.

_Onde você vai, o que vai fazer?

_Vou fazer o que todos já deviam ter feito.
Me solto de seu aperto e olho deixando claro minha revolta. _Dá uma surra naquela vadia.

(...)

Entro em um dos táxis parados em frente ao hospital e peço para ser levada para casa, ando apressadamente até meu apartamento, tomo um banho rápido e coloco um roupa confortável, exijo de Théo por mensagem a localização da irmã e não me surpreendo quando vejo que é uma boate.

Meu homem em coma por causa dela e ela farreando por aí, tenho até um pouco de dó do que vou fazer quando por minhas mãos nela. A garota tinha tudo que queria, na hora que queria por nunca nada lhe foi negado, faz tudo que é necessário para ter o que quer e usou meu namorado como objeto de suas vontades. Eu daria a surra que nunca deram nessa vadia para aprender que não mexe com o que é dos outros.

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