Capítulo 48 - Exposta

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Acordo e lentamente saio da cama sem acordar Ravi, recolho minhas roupas espalhadas e corro pelada mesmo com elas em mãos até o banheiro.

Enquanto tomo banho, escovo os dentes e tento dá um jeito no meu cabelo, a noite de ontem passa feito um filme em minha cabeça me fazendo sorrir.

Saio do quarto de fininho pra não acorda-lo, ele devia estar descansado mas graças a tarada aqui, que não consegue se controlar não está, deve é estar morto pelo que fez ontem.

Deixo meus pensamentos um pouco de lado quando vejo que não é só Dona Adelaide que está na casa dele, tem mais três homens e duas mulheres com ela.

_Bom dia.
Falo quando todos olham para mim quando ouvem o estalar da porta se fechando.

_Bom dia minha querida.
Dona Adelaide fala sorrindo se aproximando e os outro respondem bom dia me olhando curiosos.

Com certeza se perguntando porque sai do quarto de Ravi. Finjo que não noto os olhares que me lançam.

_Esses são os tios de Ravi, vieram vê como ele está.
Olho para todos ali com um sorriso amarelo estampado na cara.

Sério que iam acordar o coitado?

_Ele ainda está dormindo.
Falo para a mãe dele.

_Você é namorada dele?
Um dos tios pergunta.

_Sim.
Respondo com um leve sorriso.

O homem que me pergunta sorri abertamente assim como um dos outros, já o outro homem que está sentado perto das duas mulheres me olham torto enquanto me medem de cima a baixo.

Apensar de não está lá essas coisas, pela falta  de sono e estar quase virada, por meu cabelo está mais volumoso que o normal não me deixo intimidar pelos olhares.

_Eles vieram de longe querida, acordamos ele pra eles não perderem a viagem depois ele pode descansar, afinal ele foi dormir cedo ontem.

Concordo com ela em silêncio, tentando não demostrar em minha cara que ele fez muita coisa, mas dormir não foi uma delas.

_Tome café, eu vou acorda-lo.
Ela entra no quarto e eu ando até a cozinha sendo seguida pelos pares de olhos ali.

A mesa em frente o balcão da cozinha está farta, pães, bolos, bolinhos, sonhos de padaria, patês, queijo e presunto, café e suco. A visão da comida fresquinha faz meu estômago roncar me lembrando que não como desde ontem lá no ateliê.

Esqueço os olhos que me assistem e me sento a mesa, me sirvo de uma boa dose de café e preparo dois pães com patê, queijo e presunto. Como tudo em silêncio e depois pego um dos sonhos para finalizar, como eu amo esse troço.

_Cuidado com seu peso querida, é para sua saúde.
Olho para senhora com a boca cheia do doce, a outra mulher concordava com a cabeça e todos ali continuavam a me olhar como se eu fosse um extraterrestre.

Não me dou o trabalho de responder, volto a comer o sonho quando lanço um sorriso amarelo.

_E seu namorado é um homem muito bonito, precisa se cuidar, deve ter muitas mulheres atrás dele.
A outra senhora fala, não olho para confirmar, só reviro os olhos mesmo.

_É, homens bonitos como ele querem mulheres jeitosas, com tudo em cima.
Dessa vez não é falado pra mim e sim para a roda.

_Senhora, com todo o respeito, não devia ser tão superficial mas lhe garanto que tenho tudo em cima, Ravi não está insatisfeito.

Levanto da cadeira e vou até a pia, lavo minha xícara e talheres que usei, olho para a porta que é aberta totalmente, revelando um Ravi sonolento, sentado na cama, de relance consigo vê que todos ainda me olham meio chocados. Qual o problema dessas pessoas?

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