Capítulo 45 - Finalmente

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Trago a cadeira para perto perto do leito para que possa segurar sua mão, hoje é o décimo quinto dia e ele não acorda, estaria em pânico se o médico não tivesse dito que é normal, ele tá se recuperando e o corpo está cansado.

Toda vez que posso estar com ele, torço para que acorde enquanto estou aqui, não quero perder esse momento mas pode ser que não aconteça, as visitas são de poucos minutos e são só duas vezes por dia e não é só eu que quero vê-lo.

Meu tempo com ele é curto e tento ao máximo aproveitar.

_Quanto tempo você vai levar?
Pergunto baixinho com o queixo encostado em sua mão, penso um pouco.
_Quer dizer, não tô querendo apressar nada, acho que eu levaria décadas pra acordar se estivesse no seu lugar.
Olho seu rosto adormecido. _Só estou com saudades.
Solto um suspiro longo.

Os minutos se passam e fico olhando seu rosto enquanto faço leves carícias em sua mão, lamento cada vez que o vejo nessa cama e tento controlar minha raiva quando lembro que foi por um motivo tão fútil.

Não sei o que ele vai fazer quando acordar, mas espero que no mínimo abra um processo contra aquela garota e a faça pagar pelos seus atos impensados, ele podia ter morrido e ela não estaria nem aí. Quanto a mim, sei que estaria na merda.

Liam também foi prestar contas com ela, disse que se ela chegasse perto dele ou de mim de novo faria o possível e impossível para colocá-la de trás das grades. A garota era metida em muita mutreta, Ravi descobriu algumas e foi assim que fez com que ela ficasse distante porém não denunciou nenhum mas Liam não pensaria duas vezes.

Théo ainda fica entre a irmã e Ravi, sabe que ela está errada mais ainda acoberta seus atos.

Eu só sei de uma coisa, se ela chegar perto de novo vou ter até prazer em quebrar a cara dela novamente.

_Meu tempo está acabando.
Comento. _E amanhã vou passar o dia no ateliê, estamos pensando um jeito de arrumar o estrago.
Noto seus olhos se movendo por baixo das pálpebras fechadas. _Se você acordar antes que eu volte fica tranquilo que sexta estarei aqui, sem falta.

Sinto um leve aperto na minha mão que me faz paralisar, talvez seja coisa da minha cabeça e espero imóvel caso aconteça de novo, sinto outro aperto leve, levanto quando empolgação e alegria em tomam.

_Você tá apertando minha mão ou estou alucinando?
Outro aperto dessa vez mais forte. _Ai meu Deus, vou chamar alguém.
Digo sorrindo ao mesmo tempo que meu olhos lacrimejam.

_Não.
Ele diz bem baixinho, fraco, como se fizesse muito esforço para falar. _Não sai daqui.
Ainda de olhos fechados ele prende minha mão.

_Você tá bem?
Coloco minha outra mão na sua. Um pouco idiota essa pergunta considerando sua situação.

_Tô vivo e você está aqui.
Diz e tenta abrir os olhos.

_É, tô sim.
Sorrio emocionada quando finalmente vejo o castanho de seus olhos. Ele inclina a cabeça lentamente e os fixa em mim.

_Oi.
Digo timidamente.

_Oi.
Sua resposta vem baixa e acompanhada por um sorriso fraco.

_Como tá se sentindo? Sério, preciso chamar alguém para te examinar.

_Parece que peso toneladas, incomoda quando tento me mexer e parece que não durmo a um mês.
Confirmo com a cabeça.

_O doutor disse que seu corpo está se recuperando e está cansado.

_Cansado resume bem.
Seus olhos abrem e fecham lentamente.

_Vou chamar um médico, já volto.
Me inclino e deposito um beijo casto em sua boca, com um manear de cabeça ele indica que entendeu e sorri fechando os olhos.

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