26. Universidad

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Meus pais estão cá e nós já estamos mais que prontos para à universidade. Estranho né? Só estarmos prontos para ir, agora que eles chegaram... como se estivéssemos à espera deles. Mas não, longe disso! Eles chegaram por acaso e a época de ir, também! Só que, não por acaso.

Chegou o dia de irmos para a universidade e algo incrível é que eu e os restantes não nos vimos mais. Nem o Rio que é meu irmão, nem o Deyve que comigo tem ficado. Muito menos a Raquel, que vive colada ao bastardo do Rio. Sozinha ainda penso, que estranho os meus pais terem chegado logo nessa época. Será que têm nos espiado, têm nos seguido? há câmaras aqui? o que estou a pensar? não faz sentido Tokyo. São nossos pais e são muito imprevisíveis, para eles é um "foda-se" se avisam ou não. Não faz-lhe diferença porque o Rio gasta sempre o dinheiro que temos para recebê-los, por isso a minha mãe já não avisa. Esse rapaz é muito irresponsável.

Universidad'

Cá estou eu, idiota... pontual e super eu! Sabem aquele problema que todos têm de encontrar a sala? de conhecer os sítios? os becos e etc? Eu nem a entrada sabia onde ficava, imagina agora... encontrar a minha sala. Mas foda-se, creio que consigo. Mas um sítio já conheço, o refeitório.

Encostei-me num canto com os fones no ouvido e vejo o Rio e a Raquel sorridentes a chegar.

─ Mana, qual é a nossa sala?

─ Como assim? Respondo

─ Somos da mesma sala, olha. Eu e a Raquel vamos dar uma volta. Quando o Deyve voltar lhe leva pra sala.

─ Ahhh não, eu nem sei onde fica essa porcaria.

Rio simplesmente ignorou o que eu disse e seguiu com a Raquel.

Preocupei-me agora... Tenho que encontrar a minha sala.

─ Precisas de ajuda? Ouço uma voz masculina

─ Quem? eu? Porquê?

─ Tu! Sim, Porque vejo-te preocupada e confusa. Deves ser nova, tenho a certeza.

─ Tavas com dúvida para ter certeza agora, por acaso?

─ Por acaso, sim! Vi-te a entrar. E ouvi o teu irmão a falar de ti e contigo logo depois. Logo, sei o teu nome. Tokyo!

─ Desculpa te dizer mas estás a me assustar!

─ Não era a minha intenção. Queres que te mostre a sala?

Já com a resposta na ponta da língua, o meu telemóvel apita. Caiu uma mensagem!

| Deyve: "penso que isso é só uma brisa minha, mas quando penso em você... a mão junta com a caneta e a letra se escreve sozinha.Quero saber quando eu vou deixar de sonhar e sentir de facto a sua pele na minha"|

Dei uma risada animada... e reli a mensagem. Respondi-o na hora

─ Namorado?

─ Não

─ Quase isso?

─ Quase isso!

Rebeldemente, Tokyo!Onde histórias criam vida. Descubra agora