31. Still Caution

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Lá estou eu, novamente. Nessa mísera rotina, nessa desgraça, nessa crueldade, lá estou eu, novamente. Oh shit, here we go again!
É o meu segundo dia e eu já estou farta de cá estar, parece que cá o ambiente é tenso. Mas tenho o Deyve, é "divertido" e bom, saber que tenho a minha "paixão da vida toda" aqui comigo.

Tenho o provocado muito, devo pedir desculpas pelos tantos que o tenho feito passar. Mas sempre que estou "bem" algo acontece, eu nunca estou BEM, já me conformei até.

Ora Oslin, Ora Thiago, Ora o amor da minha vida, Ora quem não existe mas que pode chegar a existir. Enfim, ando bem farta dessas coisas... mas uma aventura, nunca é demais!

Já na universidade, deparo-me com a Raquel e ela vem bem na minha direcção. Não, não, não. Aborta a missão Raquel, se faz favor.

- Tokyo

- Raquel. Olho seriamente para ela. - O que queres comigo?

- Não sejas rude por favor, tou a fazer de tudooooooo, para não ser rude contigo.

- Oh, wow. Como se fosse novidade. Digo irónica

- Ok. Viste o Rio?

- Sou irmã do Rio, não sou cobaia dele, não sou mordoma dele, não sou mãe dele. Tu devias saber onde está o teu namorado

- Xiça, tu és mesmo chata. Está ali ele(aponta atrás de mim)
Eu viro e vejo ele parado, de pé, a mexer no telemóvel, como se estivesse a discar o número de alguém para ligar

- Ah, ok. Vai lá Raquelita. Ele deve estar morto de saudade digo e faço uma careta enquanto ela sai a correr até o Rio.

Depois disso, tomo o meu rumo à sala. Sala vazia, não é algo de se esperar, mas também não é surpreendente. O mais agravante é que os jovens já não querem estudar. Lol, não éramos nós o futuro do amanhã? Estamos todos perdidos, nós e o futuro!
Pelo menos, eu sei o que fazer. Eu vou assaltar um banco, não sei se o Deyve toparia, mas eu quero. Coragem? Coragem encontramos na hora, na adrenalina, no momento com quem estamos e no que fazemos.
Isso se eu desistir dos estudos, mas não vai acontecer.

5min depois:
A Kairobi e o Artur entram, logo depois, sem demorar muito entra o Rio, sozinho. Para o mundo, cadê a Raquel quando eu preciso que ela cá esteja!? Ainda há pouco estavam juntos...
Sentada no meu canto, observo tudo que o "casal" começa a fazer, enquanto vejo o meu irmão a ficar tenso pelo que está a presenciar.

- Mano!?

- Yep?

- Chega aqui

- Estás bem?

- Sim, na boa

- Estás mesmo bem?

- Sabes que isso ainda me incomoda

- O que te incomoda? Pergunta a Raquel e o Rio olha pra mim.

Rebeldemente, Tokyo!Onde histórias criam vida. Descubra agora