66. Nueva Era ||

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Rio POV:
— Tu és parvo. Digo

— E tu és confuso mano

— Não sou teu mano, digo rabugento

— Trata de não perder a pessoa que está aí pra ti... com alguém que te quer pelo público e para o público

— Prefiro nem ouvir-te mais

— Preferia que ouvisses o que a Raquel tem a dizer

— Deves estar maluco, digo com raiva
Espera, não... agora, além de namorado da minha ex namorada queres a minha namorada? acho que o confuso aqui és tu!

— Hahahahaha. Rio deixa-te de parvoíces

— Abres mais a boca e eu ajudo-te a fechar. Digo a serrar os punhos

— Fica calma princesa, cuida do teu príncipe que ele está com mais atitude que tu. Oops, disse e saiu

— Filho da p*ta!!! Gritei enraivecido
Devia ter te partido a cabeça agora mesmo, devia...

— Alô...
Estás em casa?
Posso passar?
Sei lá, preciso... não sei, só quero passar.
Vou já praí.

15min depois

— Deixas-me entrar?

— Mudaste de ideias? diz debochada

— Não é isso... só quero passar um tempo contigo!

— Estás a falar a sério?

— Achas que taria aqui?

— Affz, tá bem...

Deixou-me entrar e levou-me pro quarto.

— Queres beber alguma coisa?

— O que quiseres!

— Bacardí!

— Isso não é muito forte?

— Hoje tens medo de bebidas Rio? Ela deve ter-te mudado a sério...

— Não vamos falar disso, por favor Kairobi...

Acabou de servir

— Ta bem, toma!

Recebi o mini copo, daqueles de uísque...

— Então, o que vieste cá fazer?

— Na verdade, nem sei... dou um gole

— Haahahah, deves estar a brincar

— Não, não tou...

Ela aproxima-se e impede-me de dar um gole e beija-me... mas não demora.

Nesse mesmo instante, com os lábios separados, trocamos olhares... profundos, daqueles que te revelam a mais pura mensagem do teu coração. Só que, não havia nenhuma mensagem ali para ela... e talvez, nem dela pra mim...

Mas isso não impediu o facto de a querer beijar no momento, beijar de volta, estarei a trair? assim?

Afasto os meus pensamentos...

— Kairobi...

— Rio...

— Eu... digo

— Esperei por esse momento, eu quis esse momento! No primeiro dia que te vi novamente, depois de tantos anos... eu quis isso!

Não consigo responder, e sinto que me estou a pôr numa cilada.

— Eu não vou conseguir ficar mais tempo...

— Rio..

— Desculpa Kairobi, talvez outro dia... espero que não te importes

— Não...

— com isso, digo a mostrar a garrafa.

— Vais levar? importo-me pois!

— Devias te importar com outras cenas, tens problemas a resolver com o Arturito. Digo debochado

Levanto-me e me despeço
— Vejo-te por aí...

A minha cabeça está a mil, e ainda faltam 40min até chegar a casa...
Sento-me no chão, e vou bebendo o líquido daquela garrafa, sem piedade de mim. Aí comecei a lembrar dos momentos com a Raquel, um deles... aquele que a vi totalmente sem roupa, parece pervertido, mas... é uma boa memória

Flashback [Cap14]
Depois de ouvir aquilo, tirei a mão da cara e virei-me. Lá estava ela, sem tapar-se, a olhar-me fixamente nos olhos. Então digo:

─ Tambien te quiero Raquel. Olho bem no fundo dos olhos... quando ela diz

─ Não me vais beijar?

Antes rio-me e depois a beijo, com ternura e desejo. Um beijo quente e lento com sabor de quero mais e uma pitada de "eu vou te comer, agora!". Ela retribui, as nossas línguas se encontram, dançam ao ritmo dos nossos corações de tão colados que estamos. Ainda durante o beijo, ela toca no meu calção como se fosse sinal para o tirar, para o beijo e afasta-se, obedeço e assim o faço. Já depois de o tirar, volto a beijá-la, em sintonia, começamos a andar até a cama. Quando a deito, ouço batidas no meu quarto.

Quem diria que um rapaz com tão boa cabeça, se tornaria num pré-depressivo?

Parece que o que sinto não vai acabar... então, pego o telemóvel e mando uma sms à Raquel

" – Precisamos dar um tempo, não te quero magoar, nem nunca quis..."

Sem demoras, recebo uma sms de volta

"Nem ia contrariar. Precisamos nos afastar mesmo..."

Ao acabar de ler, senti algo que talvez nunca tivera sentido, era dor e culpa mas raiva também... e no fundo no fundo, era inexplicável.

Levantei-me, acabei a garrafa e voltei para a casa da Kairobi

Din don!

— Rio? Ela diz inesperada

Não respondo e apenas a beijo...

Rebeldemente, Tokyo!Onde histórias criam vida. Descubra agora