Alguns dias depois...
— Amor!
— Sim? digo-me a virar para ele parando de mexer na roupa
— Estás ocupada?
Faço uma expressão confusa porque estou ocupada no momento e ele está a ver...
— Não vês?
— Digo... depois disso!
— Ah, não. Porquê?
— Quero que me acompanhes a uma joalharia
— Agora, mas porquê? digo confusa
— Sei lá, tenho o desejo de comprar um anel para ti, digo um anel a sério... não que esse não seja sério né e preciso de meio que avaliar os teus gosto para que eu não tropece na hora de escolher o anel que vai abrir as portas do caminho que dá ao nosso casamento. Ele diz todo sério
— Como assim? paro de arrumar a roupa e fixo o meu olhar nele com os braços cruzados
— Amor... ele diz de um jeito fofo, bem calmo. — Eu quero que te tornes minha noiva. Ele diz já se distraindo, creio que a imaginar o futuro...(volta o olhar para mim) — E, quando terminarmos esse curso de música... pretendo te levar ao altar.
Naquele momento... o meu coração quase saiu da boca... suei, arrepiei-me toda e meio que tremi.
Essa frase mexeu comigo, Deyve quer elevar o nível da nossa relação, colocando-a noutro patamar. Meu Deus, isso é muito bonito.
Levo a minha mão direita ao peito e junto a minha cabeça nela, num gesto de compaixão. Senti-me lisonjeada, sei lá. Muito satisfeita com esse progresso... acho que ambos sonhamos com isso já desde crianças!
─ Okay. Vamos! digo ainda sem acreditar no que ele acabou de dizer. ─ É distante daqui?
─ Não, é no fim da rua. Ele diz ao trocar a camisa. ─ Vamos?
─ Sim! Dou de ombros...
15 min depois de tanta conversa...
─ É aqui! Ele diz ao apontar pra joalharia
─ Tão simples. Agrada-me!
Deyve POV:
Abro a porta da joalharia e sinto uma dor abdominal, no lado esquerdo e lembro-me do ocorrido aqui... o assalto!
Ainda assim, cedo a passagem à Tokyo e ela passa, em seguida a porta fecha-se sozinha.
─ Deyve. Diz a moça, alegre ao me ver... com um sorriso largo no rosto
─ Pa... digo e arregalo os olhos esperando ela acabar a frase, porque esqueci-me de como se chamava
─ Patrícia, ela diz
─ Patrícia, repito meio sem jeito. ─ Tokyo, minha namorada(digo à Patrícia), Patrícia(digo a Tokyo) funcionária daqui da joalharia que me atendeu no dia do assalto.
Tokyo apenas levanta a mão e vira-se, observando as prateleiras preenchidas de ouro, prata, bronze variadas e diferenciadas por fios, anéis, brincos... e pulseiras!
─ Ciumenta? sussurra Patrícia a apontar pra Tokyo
─ Pelo que eu saiba, não. Digo e dou de ombros
─ O que desejas dessa vez... desejam, aliás. Perdão diz ao fazer a correção e a cortar o assunto
─ Anéis de noivado...
─ Mas já? Patrícia parece surpresa.
─ Não já, só quero ter ideia do que ela gostaria de ter no dedo... permanentemente, ou seja, para sempre né... seguido do anel de casamento!
─ Hm...
─Futuramente, não agora.
─ Que bom... disse meio seca

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Rebeldemente, Tokyo!
Roman d'amourA Tokyo é uma rapariga rebelde desde os seus 5 anos, que na sua infância apaixonou-se pelo melhor amigo do seu irmão. Mas durante essa mesma infância, Deyve(melhor amigo de Rio) perdeu o pai e sentiu-se obrigado a afastar-se de todos e tudo até cres...