30. Caution

62 13 0
                                        

Continuamos a conversar até certo ponto, chegamos à rua que dava à minha casa. Então eu disse:

─ Adeus. Vejo-te amanhã.

─ Não me vais convidar à entrar? nem me dar água? Foi um longo caminho andado. Ele vira "ofegante"

─ Aff, sério? Epah, ok. Vamos! Só porque tens sede.

─ Eu sabia que tu tens coração

─ Lá por estar a ser boazinha, não podes confundir as coisas.

─ Ohhh kaaayy Toooo Kyyyoooo.

Chegamos e vejo o Rio e a Raquel a conversarem e o Deyve a mexer no telemóvel, entediado. Provavelmente aborrecido com o que se passou mais cedo.

Não cumprimento ninguém, apenas entro e mando o Thiago sentar. Deixo as minhas coisas no quarto e o Deyve me interrompe

─ O que é que ele faz aqui? Por que veio contigo?

─ Ele me acompanhou, ele tem sede e tu me deixaste. Explicado, licença.

─ Eu deixei? E tu que não entraste na sala, é assim que começas as aulas?

─ Eu perdi noção da hora Deyve, eu estava na universidade, eu estava com fones, eu estava distraída. Tá bom pra ti?

─ Perdeu a noção como Tokyo, não tem como. Mas pronto, não podia vir sozinha?

─ Tu me deixas e ainda queres que venha sozinha? Vai te lixar.

─ Não é bem isso, tu percebeste.

─ Percebi merda nenhuma. Onde estão os meus pais?

Ele baixa a cabeça e responde - Saíram bem antes de tu chegares.

─ Wow, que novidade. Licença, vou trocar de roupa. O Thiago está lá a minha espera, ou vais lá servir a água para ele? Digo irónica.

─ Vou, bem que eu queria mesmo. Responde com o mesmo tom de ironia só que mais rude.

─ Força, sorrio sarcasticamente

Ele sai do meu quarto e eu começo a trocar de roupa

Deyve POV:

Palhaçada é encontra-la no primeiro segundo com ele, não assistir aula e voltar pra casa com ele? Muita palhaçada mesmo. Não sou possessivo, mas acho que tenho razão de/por estar chateado. Vou até a Sala/cozinha, para servi-lo a tal água, enquanto isso noto que o Rio e a Raquel já não estão.

─ Então és tu o... Thiago né?

─ certo, meu caro. Deyve não é?

─ óbvio. Vá, diz-lá. O que queres com a Tokyo?

─ O que quero com a Tokyo? Diz sério

Eu aproveito e começo a servi-lo a água. Quase a entrega-lo, ele diz

─ O que quero com a Tokyo ou se quero a Tokyo? Ele diz já pronto a receber o copo de água, pois, já tivera estendido o braço e aberto a mão

Furioso com a resposta dele, atiro o copo à parede e o seguro pela gola da camisa

─ Sai da minha casa agora, seu cabrão

─ Está nervosinho, o menino. E põe-se a rir

Eu o empurro e a Tokyo chega

─ O que se passa? Fogo, Deyve. Só deixei-te servir a água e é isso que acontece?

─ Vais estar do lado dele? mal sabes tu o que me disse ele babe.

─ Deyve, para. Ela simplesmente abana a cabeça

E ele sempre na defensiva como se fosse Inocente.

─ Thiago, vou só pegar o meu telemóvel e já volto. Diz a Tokyo. E ele responde com a cabeça.

─ Ainda te vou roubar dela, tem cuidado comigo. Tem mesmo cuidado comigo.

─ eu ter cuidado contigo? tu sabes quem sou?

─ um qualquer. Alguém de pouco interesse. Sei muito e sei que não és eu.

─ Só não te parto a merda da cara, porque a Tokyo vem aí.

─ Vamos, Thiago.

─ Babe... Chamei

─ Deyve, contigo eu falo depois.

Tokyo POV:

─ Bebeste a água?

─ Nem já, o teu namorado maluco partiu o copo, atirou-o à parede... e olha que estou com muita sede.

─ Não vou andar muito, daqui a nada os meus pais estão de volta. Tem aí um quiosque depois da estrada, podes comprar água. Relaxa que com o Deyve, eu resolvo! Obrigada pela companhia.

─ Não precisas agradecer. Verás que isso já lhe passa

─ Espero bem que sim, não tou para porra nenhuma

─ Vá, até amanhã

─ Até!

Posto lá(já em casa), novamente, encontro o Deyve, sentado no sofá, a mexer no telemóvel entediado. Sentei-me ao lado dele.

─ Deyve

─ hm, responde com os olhos centrados no telemóvel

─ olha pra mim

─ por que devo? para dizeres que o Thiago olha pra ti de um jeito diferente? que eu não te vejo como ele te vê?

─ podes parar com isso, por favor?

Ele olhou para mim

─ o que se passa Deyve?

─ Proteção, tudo isso chama-se proteção. Tou a proteger o que é meu! Todos aqui sabem que somos um do outro, só tu é que não. Se até a tua mãe percebe, porquê que tu é que não queres?

─ Deyve... não se passa nada, entre a Tokyo e o Thiago. Isso é fantasia da tua cabeça

─ Na minha cabeça não se passa nada.

─ Passa pois

─ Não passa nada. Esquece isso

─ Esquece tu, isso. Eu conheci o Thiago hoje! Hoje Deyve, Hoje!

─ Um hoje pra ti, parecem 5 anos.

─ Que desrespeito

─ Sem querer ofender.

Ele se levanta e vai até à cozinha. Sigo-o e o dou um beijo

─ relaxa, ok?

Ele respondeu com a cabeça e beijou-me novamente. Depois abraçou-me.

Rebeldemente, Tokyo!Onde histórias criam vida. Descubra agora