57.

28 10 9
                                    

Termino e vejo um sorriso de canto no rosto dele.
Acomodo-me, enfiando-me nos braços dele e o mesmo não hesita, abraça-me, deixando-me mais confortável ainda!
— Tu nunca me vais perder. Ele sussurra com aquela voz que eu conheço e reconheço(mesmo que esteja disfarçado... eu o vou reconhecer!)

Não respondo e acabo por adormecer novamente, assim como ele.

9h da manhã

Não sinto a presença do Deyve, acho que deixou-me sozinha aqui. Nem ouço barulho da Raquel, pareço estar mesmo, totalmente sozinha.

Coço os meus olhos e graças a Deus, não sinto aquela sensação esmagadora da luz a derrubar os meus nervos.
Abro lentamente os olhos, vejo apenas a luz a atravessar as pequenas aberturas da janela. Abro ela toda e noto que está a chover... Hmmmm!
"Cheira terra molhada!" - cheiro agradável.

Vou direto pra cozinha, porque é onde devo estar. Solto uma risada leve após esse pensamento!

Estou sozinha em casa porquê? Porquê que saíram sem avisar?

Encontro uma tigela com leite e restos de cereais. A caixa de cereais está aberta, há cereais pela mesa... alguns caídos no chão.... Deyve!

Vou para a cozinha, tiro uma tigela, sirvo-me(leite/cereais) e começo a comer... Poucos minutos depois, Deyve chega.

— Amor! Ele diz

— Hm! respondo sem abrir a boca por estou em processo de mastigação

Dá-me um beijo apressado na testa, algumas gotas percorrem a minha face e ele segue pro quarto. Acabo de comer, levanto toda mesa(arrumo), limpo e aproveito lavar a louça também. Em seguida, vou pro quarto.

Entro e encontro Deyve a limpar o canto da boca com um lenço quase todo ensanguentado, de frente ao espelho

— Amor, estás bem? Pergunto preocupada, virando-o para mim

— Claro que sim, ele sorri com o lábio a escorrer sangue

— O que se passou? Pego o queixo para ver a gravidade do ferimento...

— Quase fui assaltado, só isso.

— Deixavas eles levarem o que queriam amor... olha pra ti!
O meu lado sensível começa a falar mais alto.

— Mas eu não podia deixar... ele franziu a testa

— Deixa-me cuidar disso...

Quando viro para pegar os pensos e etc na banca ao lado, vejo um anel... muito bonito. Não pude ignorar o facto de querer tocar no mesmo e assim o fiz.

— Aceitas namorar comigo Tokyo? Ele diz ainda com o lenço ensanguentado na mão mas já com os lábios "secos"

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Aceitas namorar comigo Tokyo? Ele diz ainda com o lenço ensanguentado na mão mas já com os lábios "secos"

— Foi por isso que não deixaste eles levarem... Acabei por perceber. — Podias ter deixado, idiota! Digo e dou um soco no braço dele

— A tua vida é mais importante que isso...

— Eu sei, mas isso é para simbolizar o que hoje significa para mim...

— Desde quando é que te tornaste tão poeta? pergunto a conter o riso

— Desde que me apaixonei por ti

Ele diz e me puxa para perto, roubando-me múltiplos beijos, com um ligeiro sabor de sangue, mas ainda assim não nos impediu de esquentar o momento. Uma mão na nuca(fazendo carinho nos meus cabelos) e outra na minha cintura... foi suficiente para a Tokyo perder a postura!

Separamo-nos apenas para recuperar o fôlego perdido e continuámos com os beijos, dessa vez, mais lentos e muito mais quentes do que o normal... o que fazia arrepiar-me toda. Lembrei que a porta não está trancada e que a qualquer momento a Raquel podia chegar, então demos alguns passos até a porta, sem sequer parar de beijar, e tranquei-a. Arrepios ferozes percorriam todo o meu corpo, da cabeça aos pés. Única forma de dar um "pause" nisso, era abrandar com os beijos. Então, separei os nossos lábios e rendi-me ao seu pescoço, fazendo movimentos circulares que o faziam se entregar

— Não vamos ficar por aqui... Por favor. Ele diz bem baixinho, ofegante, quase que nem se ouvia

Finalizei os movimentos com um selinho e concordei

— Claro que não!

Rebeldemente, Tokyo!Onde histórias criam vida. Descubra agora