59. Throwback

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O assalto!
Saí cedo de casa, com um propósito... Ir à Pandora, comprar um colar para pedir a Tokyo em namoro oficialmente.

— Olá!

— Muito bom dia, em que posso ajudar?

— Eu gostaria de comprar um colar bonito, sei lá, para pedido de namoro... e que tenha a letra M

— Nós temos várias opções Senhor, pode acompanhar-me?!

— Senhor não, chamo-me Deyve. Assim envelheço muito rápido

Dito isso ela põe-se a rir e indica o caminho

— Por aqui, Deyve!

— Agora sim... Patrícia!
Ela sorri

— A que se deve a letra M? tem um significado importante?

— M, porque quero que ela lembre sempre que olhar para o espelho que ela é Minha e será minha Mulher!

— Isso é muito bonito!
Bem, nós temos vários "M's", várias coleções e limitadas cores
Temos esse dourado, ela tira para mostrar

— Hm, interessante

— Temos também este, pegou num colar rosa mas com um brilho dourado

A Tokyo não gosta de rosa, e não existem colares pretos por aqui...

— E têm prateado?

— Claro!
Ela tirou da prateleira e entregou-me

Nesse mesmo instante, entram 2 homens. Camuflados, com máscaras... um com uma mala e outro com uma pistola, pensei "puta que pariu, só faltava essa..."

Ninguém se mexe!
A Patrícia esconde-se

Eles começam por tirar jóias de pequeno valor, médio e por fim de grande valor...

Eu tava com o colar na mão, tentei escondê-lo porque era muito bonito, era simples e combinaria bem com a Tokyo... principalmente pelo gosto indiscutível dela pela cor preta.

— Dá-me isto! Diz um dos gajos com uma voz que parece ser forçada e que não me é estranha

— Não! Recuso

O outro homem, por trás, dá-me socos nas costelas... o que me faz contorcer. Dá-me um golpe na perna esquerda... que me faz agachar e largar o colar...

— Parece que assim é mais fácil. Diz o gajo com a voz que eu sinto que conheço

— Vais a merda. Rebato

O outro agarra-me por trás, impossibilitando o meu movimento, e o indivíduo dá-me um soco direto no lábio, começo logo a sangrar, até porque os lábios podem ser bonitos mas não deixam de ser sensíveis.

Eles levam quase tudo... mas nos deixam em paz. A Patrícia aciona um alarme e faz uma equipe aparecer, cuidar de tudo e restabelecer o stock... Ela perdeu algum tempo, explicou tudo e por fim veio ter comigo

— Estás bem?

Aponto apenas para o meu lábio porque por momentos não sinto dores nos outros sítios que fui atingido

— Posso levar qualquer outra coisa? digo tenso com o lábio ensanguentado

Ela traz uma opção do gosto dela e alguns lenços. Pego um e os outros meto no bolso, pago o anel e agradeço.

— Vemo-nos por aí... Deyve!

Apenas acenei sem virar completamente para trás e continuei o meu trajeto.

Rebeldemente, Tokyo!Onde histórias criam vida. Descubra agora