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Tokyo POV:

Decidimos aproveitar o dia juntos e não ir a universidade. Aquele lugar é tóxico, demasiado tóxico.

Nesse momento Deyve está a fazer pipocas e eu estou a escolher um filme na Netflix, isso porque se ele fizesse as pipocas e depois escolhêssemos o filme, não teríamos pipocas e nem filme!

Artur POV:

— Gostaria de saber como é que vocês se conheceram, só para analisar...

— Hm...

— Contas-me?

— Claro.

— Bora, eu levo-te a casa...

Durante o caminho, acho que ela teve receio em começar a falar então eu tive que dar um empurrão

— Tudo começou... eu disse para o ar

Ela suspirou

— Tudo começou, quando eu mandei uma mensagem ao Rio, a procura do Deyve, eu estava faminta e era o dia dele de cozinhar. Deyve tinha saído para comprar comida, para ele e o Rio... então o Rio convidou-me para ir lá ter e comer com eles...

— Oh, interessante... digo

— Né? Bom, depois encontrei-me com o Deyve na porta da casa deles, fez-me um monte de perguntas e tal 3 entramos. Mandei uma mensagem ao Rio a avisar que já lá estava, logo então, apareceu.

— Foi só isso? para tarem onde estão? digo surpreso...

— Não! Achas?
Depois o Deyve chamou-nos para comer, comemos. Ficamos a conversar só os dois porque na primeira oportunidade que viu a Tokyo, o Deyve desapareceu. Não o julgo... Depois de tanta conversa, vemos o Deyve a correr como um louco com o telemóvel da Tokyo na mão e aí o Rio disse-lhe algumas coisas, eu aprecio-o toda encantada...

— Então foi aí que tudo começou!

— Sim! É o que percebi agora...

— Não há mais?

— Há. Baixou a cabeça

Apenas fixei o meu olhar nela

— Nós ficamos no dia da festa...

— Beijos?

— Mais do que isso!

— Ui! digo mais surpreso ainda

— Sim... ela diz cabisbaixa.

— Vamos sentar aqui, já estamos quase a chegar... (aponto para a calçada)

Sentámo-nos e eu continuei

— Agora, vamos identificar todas as vezes que o Rio "cometeu!"

— Tipo todas as vezes que nos chateamos?

— Sim!

— Quase sempre, para não falar sempre, foi por causa dela...

— Sério?

— Sim!

— Então, problema resolvido!

— Achas?

— Tenho a certeza, mas conta-me sobre algumas cenas que aconteceram

— Tem a cena deles terem uma página de fotos e vídeos sobre o tempo que foram um casal.

Tem a cena dele andar pensativo, distante e não me contar o que se passa

Tem a cena de os encontrar no corredor a conversar, o que é algo normal... né

Tem várias cenas!

— Ah é?

— Tem a cena que aconteceu ainda hoje, deles estarem a centímetros...

— E isso incomodou-te?

— Nem sabes o quanto...

— O Rio pediu-te em namoro? pergunto

— Não que me lembre, tudo aconteceu muito rápido

— Não pediu... (olho ao redor e começo a analisar)
Os dois estão dentro de uma fusão de carência!

— Carência? Achas mesmo?

— Claro!

— Porquê carência?

— Deixa-me explicar-te!
O Rio ainda não superou a antiga relação, a relação com a Kairobi e talvez não vá superar!
Não digo isso para te sentires mal, mas é o que eu penso todos os dias sobre a Kairobi quanto ao Rio.

— Então com isso queres dizer, que devo dar-lhes tempo?

— Eu acho que é melhor. E assim ninguém sai magoado

— Tu podes até ter razão. Até porque tudo aconteceu muito rápido...

— Vês, daqui a bocado... isso vos passa!

— Espero bem que sim.

— Verás. Levanto-me e me despeço.

Ela acena de volta e entra pra casa.

Rebeldemente, Tokyo!Onde histórias criam vida. Descubra agora