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─ Mas já? Patrícia parece surpresa.

─ Não já, só quero ter ideia do que ela gostaria de ter no dedo... permanentemente, ou seja, para sempre né... seguido do anel de casamento!

─ Hm...

─Futuramente, não agora.

─ Que bom... disse meio seca

Pareceu-me um pouco desconfortável com a situação, o que fez o ar ficar um pouco tenso e claro o clima ficar pesado. Então, saí daí gentilmente e fui ter com a Tokyo, envolvendo o meu braço direito nos ombros dela, puxando-a pra perto, já dando opinião sobre um anel qualquer que vi

- Esse parece muito chique e simples! - apontei para um anel dourado, fino com pedras de rubi que por sinal acompanhavam os feixes da luz, deixando-as mais luxuosas

Raquel POV:

Abriu a porta da joalharia, cedeu a passagem à mim e eu passei, Deyve passa depois de mim e larga a porta, em seguida a porta fecha-se sozinha.

─ Deyve. Diz a moça, alegre ao ver-lhe com um sorriso largo no rosto

─ Pa... diz e arregala os olhos esperando ela acabar a frase, porque talvez se tenha esquecido de como se chamava

─ Patrícia, ela diz

─ Patrícia, repetiu meio sem jeito. ─ Tokyo, minha namorada(diz à Patrícia), Patrícia(diz à mim) funcionária daqui da joalharia que me atendeu no dia do assalto.

Apenas levanto a mão e viro-me, me afastando já observando as prateleiras preenchidas de ouro, prata, bronze variadas e diferenciadas por fios, anéis, brincos...e pulseiras!

Ciúmes Tokyo? pergunto dentro de mim e simplesmente me respondo abanando a cabeça, fazendo com que aquele pensamento sumisse.

Segundos depois, sinto o braço do Deyve por cima dos meus ombros, me puxando pra perto e já comentando sobre um anel que eu nem tinha reparado

- Esse parece muito chique e simples! - apontei para um anel dourado, fino com pedras de rubi que por sinal acompanhavam os feixes da luz, deixando-as mais luxuosas

Acabo por concordar de forma simples e sorrio só m, mas como mulher né, claro que tinha que fazer uma pequena birra...

- Chamou-te com muita intimidade, não achas? digo ao tirar o braço dele dos meus ombros

- Hm, não digas isso. Apenas lembrou-se de mim. Diz e dá de ombros

- Bom, que lembre mais vezes. Digo ao me retirar de perto dele e indo para saída

- Tokyo, ouço-o atrás de mim mas ignoro

- Tokyo... ouço-o novamente e ignoro mais uma vez

- Tokyo! Pega-me pelo braço e dessa vez o tom está diferente...

- Larga-me. Digo mas não o encaro

Largou-me e pareceu impaciente
- Desde quando é que tu fazes ciúmes? desde quando é que tu és ciumenta? Diz com os braços cruzados, olhando para mim.

- Ah, Deyve. Deixa-te disso. Quem disse que estou com ciúmes? quem disse que eu FIZ ciúmes? falei com ênfase virando o dedo indicador como se estivesse a atirar a situação pro lado dele

- Então, está tudo bem?

- Claro! digo irónica

- Tokyo... repreendeu
Reviro os olhos e viro-me para continuar a caminhada, deixando-o pra trás

- Só não fui com a cara dela, algum problema? digo sem mais nem menos durante o caminho

Ouço-o a suspirar...
- Mulheres...

- Bora acabar de fazer o trabalho? o último dia de entrega é terça, somos quase os últimos a entregar e hoje é domingo. Diz com um ar preocupado já do meu lado

- Nós vamos acabar hoje, não te preocupes. Digo ao tentar acalma-lo

Ele sorri e eu levanto o braço dele para que se envolva aos meus ombros, me acolhendo. Em resposta, apertou-me levemente e beijou-me no topo da cabeça. Fofo!

Rebeldemente, Tokyo!Onde histórias criam vida. Descubra agora