Capítulo 9

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As semanas seguintes passaram em um piscar de olhos. Antonella e Alessa estavam ocupadas e animadas e com os preparativos do casamento, enquanto Enrico, Dante e Romeo ficavam em reuniões constantes, tentando controlar a situação.

Dante DeRossi revelou-se uma pessoa muito amigável. Cedia aos caprichos de Alessa e ajudava sempre que a menina solicitava, admirando-a com os olhos cheios de ternura. Alguma coisa rolava entre os dois, mesmo com Alessa negando toda vez que eu questionava.

A cada dia, Romeo melhorava um pouco mais. Os hematomas estavam sumindo, alguns pontos já haviam sido tirados e a fisioterapia devolvia, aos poucos, os movimentos do ombro. Os dedos quebrados continuariam com a tala até que se recuperassem por completo.

Por conta do sequestro, Romeo e Enrico acharam interessante que eu fizesse algumas aulas de defesa pessoal e retomasse os treinos de kickboxing. Dante tornou-se meu professor, sob os olhares atentos de meu futuro marido. Enrico praticava tiros comigo alguns dias da semana, apenas como forma de precaução.

                                                                                    ***

Na sexta à noite, véspera do casamento, mama e dona Angela bateram na porta do meu quarto.

- Principessa, podemos conversar um pouco? - Mama perguntou, parada na porta.

- Claro, entrem.

Elas sentaram-se na ponta da cama, colocaram uma caixa em cima e me encaram por alguns instantes.

- Bom carissima. Existem algumas coisas que toda noiva deveria usar no dia do casamento, para atrair sorte. - Dona Angela começou.

- Uma coisa velha, uma nova, uma emprestada e uma azul. - Completei.

- . - Mama respondeu, sorrindo. - Trouxemos algumas para você.

O carinho que elas demonstraram no momento me encheu de alegria. Eu não poderia ser mais grata por ter essas duas mulheres maravilhosas em minha vida, servindo de exemplo. Angela destampou a caixa e pegou o primeiro item, uma tiara de ouro branco cravejada com pequenos diamantes.

- Algo velho, representando a transição da vida de solteira para a de casada. - Disse. - E também algo emprestado, para atrair boas energias ao matrimônio.

- È belissima. - Disse ao pegar a tiara com todo cuidado. - Grazie.

- Minha bisavó foi a primeira a usar e, depois dela, todas que usaram tiveram casamentos felizes.

A abracei agradecendo o presente e sorri.

- Bem, - mama continuou - você precisa de algo novo, para representar a nova vida que iniciará, e eu lhe trouxe isso. - Estendeu-me uma caixinha de veludo vermelha.

Um lindo par de brincos de diamantes rosa surgiu diante de meus olhos ao abrir a caixa. Mesmo pequenos e delicados, os brincos eram imponentes e majestosos.

- Grazie, mama! São lindos!

- Bom, ainda falta algo azul. - Angela lançou um olhar sorrateiro para mama, que abaixou a cabeça tentando esconder um sorriso. - Representando a fidelidade e a pureza dos sentimentos do casal.

O barulho da porta do quarto se abrindo, chamou minha atenção. Romeo entrou, carregando um lindo buquê de orquídeas azuis-claro.

- Tomei a liberdade de escolher seu buquê, piccola. - Disse, entregando-me as flores. - Espero que non se importe.

Despedaçados [COMPLETO] - (Série Vespri Siciliani - LIVRO UM)Onde histórias criam vida. Descubra agora