Hospital General Gregório:
Leito da Maite:
May - Eu perdi a minha mãe quando era bem novinha, quase não tenho lembranças dela. [Suspiro] Eu vivia com o meu irmão mais velho e meu pai, o meu irmão sempre foi um anjinho comigo, mas já o meu pai. [Abaixo a cabeça e escorrem lágrimas dos meus olhos]
Will - O que tem o seu pai? o que ele te fez?
May - Ele me odiava, me desprezava com todas as suas forças. [Suspiro] Ele não queria que eu estudasse quando era criança, se não fosse o meu irmão nem o fundamental teria feito, quando já havia crescido e que iniciei os meus estudos na faculdade a situação piorou e muito, ele me xingava de todos os nomes que lhe vinha na cabeça, me maltratava e às vezes eu dormia sem comer pq ele me proibia de sair do meu quarto. [Enxugo as minhas lágrimas] Quando eu me alimentava a noite era pq o meu irmão levava alguma coisa pra mim escondido, ele gritava dizendo que eu nunca seria ninguém e que era inútil estudar, dizia que sentia vergonha de mim. [Ele abaixa a cabeça] Quando foi um dia que cheguei em casa ele estava bêbado e pegou uma faca na cozinha e tentou me matar, eu saí de casa correndo desesperada e não entendia o pq daquele ódio todo por mim, até que um dia eu escutei ele dizendo que me odiava pq nunca desejou ter uma filha mulher e que apenas não tinha me matado quando havia nascido pq a minha mãe ainda era viva e depois que ela faleceu o meu irmão passou a me proteger. [Choro e ele me abraça]
Will - Oh Maite. [Nos separamos] Meu Deus isso não era um pai. [Fico indignado]
May - Ele me odiava William e quis me matar, dizia que eu nunca seria ninguém na vida e foi por isso que me revoltei, no dia que me formei eu fui para casa feliz com as minhas coisas da formatura e quando cheguei em casa ele me agarrou e tentou abusar de mim, só não conseguiu pq um vizinho entrou na casa e impediu. [Choro]
Will - E o que aconteceu com ele? onde vive? [Ela me olha]
May - Está morto. [Ele se surpreende] Neste dia que ele tentou abusar de mim foi morto pelo vizinho pois ele pegou uma faca e tentou o matar, mas o vizinho que me ajudou estava com um revólver na cintura e teve que reagir, o matando com três tiros no peito.
Will - Meu Deus Maite, eu sabia que vc tinha passado por algo difícil. [Suspiro] Mas nunca imaginei que fosse tudo isso.
May - À partir daquele dia eu me revoltei e disse para mim mesma que nunca mais ninguém voltaria a pisar em mim e tão pouco me humilhar. [Ele me olha surpreso] E que seria eu quem faria esse papel, por isso sou quem sou.
Will - Não meu amor, vc não é assim. [Acaricio o rosto dela] Você é aquela garota que a professora me disse que era quando estava na universidade. [Ela abaixa a cabeça] Isso de bandida, de criminosa, é tudo uma máscara que vc criou para tentar esconder a sua fragilidade, as humilhações que passou.
May - Sim mas escolhi a forma errada William, veja o que eu sou agora.
Will - O importante é se arrepender e saiba meu amor que vou lutar por você.
May - Ai William me abraça por favor. [Ele beija a minha testa]
Will - Durma Maite, vc ainda está muito fraca. [Abraço ela] Precisa descansar, vou estar aqui com você.
May - Está bem, obrigado. [Me deito e ele segura a minha mão]
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A Bandida.
RomanceMaite Perroni, uma jovem bela de 21 anos, é habilidosa no crime apesar de sua pouca idade. William Levy, um corajoso policial de 23 anos, segue as ordens de seu chefe, que deseja prender Maite a todo custo. Após conseguir capturá-la, algo inesperado...