Capítulo 29

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Hospital General Gregório:

Leito da Maite:


May - Eu perdi a minha mãe quando era bem novinha, quase não tenho lembranças dela.      [Suspiro]      Eu vivia com o meu irmão mais velho e meu pai, o meu irmão sempre foi um anjinho comigo, mas já o meu pai.      [Abaixo a cabeça e escorrem lágrimas dos meus olhos]

Will - O que tem o seu pai?  o que ele te fez?

May - Ele me odiava, me desprezava com todas as suas forças.      [Suspiro]      Ele não queria que eu estudasse quando era criança, se não fosse o meu irmão nem o fundamental teria feito, quando já havia crescido e que iniciei os meus estudos na faculdade a situação piorou e muito, ele me xingava de todos os nomes que lhe vinha na cabeça, me maltratava e às vezes eu dormia sem comer pq ele me proibia de sair do meu quarto.      [Enxugo as minhas lágrimas]      Quando eu me alimentava a noite era pq o meu irmão levava alguma coisa pra mim escondido, ele gritava dizendo que eu nunca seria ninguém e que era inútil estudar, dizia que sentia vergonha de mim.      [Ele abaixa a cabeça]      Quando foi um dia que cheguei em casa ele estava bêbado e pegou uma faca na cozinha e tentou me matar, eu saí de casa correndo desesperada e não entendia o pq daquele ódio todo por mim, até que um dia eu escutei ele dizendo que me odiava pq nunca desejou ter uma filha mulher e que apenas não tinha me matado quando havia nascido pq a minha mãe ainda era viva e depois que ela faleceu o meu irmão passou a me proteger.      [Choro e ele me abraça]

Will - Oh Maite.      [Nos separamos]      Meu Deus isso não era um pai.      [Fico indignado]

May  - Ele me odiava William e quis me matar, dizia que eu nunca seria  ninguém na vida e foi por isso que me revoltei, no dia que me formei eu fui  para casa feliz com as minhas coisas da formatura e quando cheguei em casa  ele me agarrou e tento...

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May - Ele me odiava William e quis me matar, dizia que eu nunca seria ninguém na vida e foi por isso que me revoltei, no dia que me formei eu fui para casa feliz com as minhas coisas da formatura e quando cheguei em casa ele me agarrou e tentou abusar de mim, só não conseguiu pq um vizinho entrou na casa e impediu.      [Choro]

Will - E o que aconteceu com ele?  onde vive?      [Ela me olha]

May - Está morto.      [Ele se surpreende]      Neste dia que ele tentou abusar de mim foi morto pelo vizinho pois ele pegou uma faca e tentou o matar, mas o vizinho que me ajudou estava com um revólver na cintura e teve que reagir, o matando com três tiros no peito.

Will - Meu Deus Maite, eu sabia que vc tinha passado por algo difícil.      [Suspiro]      Mas nunca imaginei que fosse tudo isso. 

May - À partir daquele dia eu me revoltei e disse para mim mesma que nunca mais ninguém voltaria a pisar em mim e tão pouco me humilhar.      [Ele me olha surpreso]      E que seria eu quem faria esse papel, por isso sou quem sou.

Will - Não meu amor, vc não é assim.      [Acaricio o rosto dela]      Você é aquela garota que a professora me disse que era quando estava na universidade.      [Ela abaixa a cabeça]      Isso de bandida, de criminosa, é tudo uma máscara que vc criou para tentar esconder a sua fragilidade, as humilhações que passou.

May - Sim mas escolhi a forma errada William, veja o que eu sou agora.

Will - O importante é se arrepender e saiba meu amor que vou lutar por você.

Will - O importante é se arrepender e saiba meu amor que vou lutar por você

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May - Ai William me abraça por favor.      [Ele beija a minha testa]

Will - Durma Maite, vc ainda está muito fraca.      [Abraço ela]      Precisa descansar, vou estar aqui com você.

May - Está bem, obrigado.      [Me deito e ele segura a minha mão]

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