Capítulo 30

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 Era em um apartamento e estava tudo lotado. Várias pessoas do colégio mesmo, e todas nos observaram quando chegamos. Pelo menos todos que estavam perto da porta.

 Larissa: Vamos pegar alguma coisa pra beber - falei pra Mharessa e deixamos Luis conversando com uns caras, que eu só conhecia de vista.

 Ao chegar na cozinha vi várias pessoas, em especial, meu professor que fez com que meu coração batesse acelerado. Mharessa olhou pra mim com os olhos arregalados e com pena. Merda. Essas coisas tinham que acontecer logo comigo porque. 

João Narrando

 Já faziam exatamente 3 semanas, 21 dias, 504 horas que não a via, a tocava, a beijava, a tinha em meus braços. Fazia muito tempo que eu sentia saudades dela e que eu contava os minutos para poder vê-la novamente. Meu corpo ansiava pelo seu, e o que eu mais queria era ter ela novamente em meus braços. Quando eu a vi, bem na minha frente, como uma miragem, minhas pernas falharam, minha boca ficou seca, meus olhos embaçaram, e se forçaram para ver aquela pessoa que fazia meu coração acelerar, mas que fez ele se despedaçar também. O que eu mais desejava naquele momento era abraça-la e beija-la, mas na frente de todas aquelas pessoas eu não podia. Nossos olhares pareciam não querer se desviar um do outro. Meu corpo estava paralisado, como o dela. Era como se fizesse 10 anos que não nos víamos, mas para o meu coração realmente parecia fazer tudo isso. Eu custava a acreditar que era ela mesmo, na minha frente, mas como nem tudo é perfeito, logo ela foi puxada para o lado de fora, por sua amiga Mharessa. Eu me sentia um covarde por não ter ido falar com ela, ido pelo menos cumprimentá-la. Eu me sentia ridículo por tudo que estava acontecendo na minha vida por causa daquela garota, afinal, eu tenho 23 anos, e isso não havia acontecido comigo nem quando eu era um adolescente de 15 anos. Estava parado com um copo na mão e resolvi ir ao banheiro. Ou talvez fosse só uma desculpa que tinha dado a mim mesmo para tentar encontrar ela. Ah, meu Deus, aquela garota ainda ia me matar. Aqueles cabelos morenos tão sedosos, aqueles olhos verdes, sua pele tão branca que dava vontade de deixar marcas.

Meu Professor de filosofiaOnde histórias criam vida. Descubra agora