Era Uma Vez

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P.O.V. Hope.

Eu pulei dentro do poço e trouxe o Clark comigo. Não sei quanto tempo passou, mas de repente tudo começou a chacoalhar, a tremer e eu acordei no meio do nada.

Numa floresta. Consegui encontrar um riacho para me lavar, lavar a lama das minhas roupas. Com uma fogueira deu pra secar rapidinho. A primeira coisa a ser feita é descobrir onde diabos estou.

Comecei a caminhar até que do nada, de um rodamoinho de fumaça meio cinza surge um cara.

—Truque interessante. Que tipo de monstro é você? Eu já vi Gárgula, Dríade, um necromante. Foi vomitado também?

—Vomitado?

—Pelo Malivore. Sabe, poço negro/golem. Solidão esmagadora, poço da perdição?

—Você não fala coisa com coisa.

—Se você não veio de Malivore, de onde você veio?

O garoto começou a falar. Ele se apresentou como Gideon, disse que era filho da Bella e da Fera que por acaso também era o Rumplestiskin e que a avó dele era uma fada do mal. E fiquei sem entender nada.

—Como assim seus pais são personagens de conto de fadas? Que absurdo é esse?

Ainda estava tentando processar o que me havia sido dito, o que estava acontecendo quando apareceu aquela figura. 

—Antoniette Sienna.

Ela estava usando um vestido preto com o corpete todo decorado, uma saia de tule e tinha na cabeça uma coroa preta com joias negras era uma coisa esquisita. Então a mulher declarou:

—Eu sou a Fada Negra.

Fada Negra, Bella e a Fera. E realmente as roupas que estavam usando, a túnica preta de Gideon, a roupa toda cheia de frufru da tal "fada negra" era bem coisa de conto de fada mesmo, foi só ai que cheguei á conclusão óbvia. Quando Malivore morreu, quando me vomitou, me vomitou no mundo errado, se ele mesmo era como uma outra dimensão, se o Coven Gemini cria mundos prisão então... porque não o mundo de conto de fada ser uma dimensão paralela?

—Ótimo. Parece que você é o equivalente deste lugar á minha avó. E não contente em destruir seu filho, decidiu maltratar seu próprio neto. Não é á toa que você tem a cara daquela piranha da Antoniette.

Eu não podia descontar na filha da Greta, mas posso com certeza descontar na sua cópia. E nós brigamos. A magia dela era uma coisa. Algo que eu nunca tinha visto, mas força bruta a bruaca não tem então, voei encima dela.

P.O.V. Fada Negra.

Uma adversária formidável. Estonteantemente poderosa. Eu estava tão impressionada com aquele poder que não vi o golpe chegando. Ela me deu um chute no meio do peito. E eu fui jogada longe.

—O que diabos é isso?

Ela pegou o coração do chão.

—Eca, isso é um coração? Porque não sangra? E parece até que está batendo.

—Devolva-me.

—Nem vem.

P.O.V. Gideon.

Ela tinha o meu coração. Literalmente. O estava segurando nas mãos. Quando olhou pra mim...

—Peraí, esse coração é seu? Como está vivo sem ele?

—É como as coisas funcionam. Criança.

—Eu não estava falando com você, vaca. Como está vivo sem isso?

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