Cracked

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P.O.V. Sebastian.

Eu me lembro de quando acordei. Do meu primeiro dia neste novo século.

FLASHBACK ON.

As coisas estão diferentes. Ao menos a floresta continua igual. Depois de finalmente me alimentar eu encontrei meu caminho para uma espécie de cabana. Haviam quadros espalhados pelo local inteiro e eu podia ouvir a música, mas não sabia de onde vinha. O artista era muito talentoso, porém não eram apenas quadros que estavam expostos lá. Havia grimorios.

Então senti alguém me prensar contra a parede.

—Quem diabos é você?

Eu vi os olhos dela mudados por uma fração de segundo e era uma lobisomem?!

—Você é lobisomem. Bem, nunca vi uma como você antes.

—Eu perguntei quem é você.

—Sou o Conde Sebastian de Roaoke.

—Como a colônia perdida?

—Exato.

-Então, você libertou o monstro.

-Não. Mas, conhecia quem libertou.

Ela me soltou devagar.

—Este lugar é seu?

—Não. Mas, eu uso de qualquer forma.

Ela me examinou, olhou-me de cabo a rabo, de cima a baixo.

—Gosta do que vê?

—Não viaja. O que aconteceu com você? Porque está vestido assim?

—Estive preso pelo o que me parece ser muito tempo.

—Com isso eu me identifico. Acredite, onde quer você tenha ficado preso era melhor do que o lugar onde eu estava.

Havia retratos nas estantes.

—Nunca vi nenhum retrato como este.

—É porque acho que não tinham inventado a fotografia quando você ainda estava por ai. Em que ano acha que estamos?

Quando eu falei o ano ela fez uma cara.

—Tá meio atrasado. Estamos em dois mil e vinte. E você tem seiscentos anos para dizer o mínimo.

Andei pela pequena cabana cheia de objetos muitos dos quais eu não reconhecia.

—Você vive aqui?

—Não. Venho aqui pra esvaziar a cabeça.

Olhei bem para aquela dama de olhos agora azuis, os cabelos ruivos estavam amarrados num coque bagunçado, os trajes tinham respingos de tinta. E ela estava usando calças.

—Devo admitir que nunca vi um lobisomem de perto. Ouvi as histórias, porém nunca pensei que veria um. Ainda mais uma mulher. Pensei que não pudessem mudar sem a lua cheia.

—Não podem. Mas, eu posso.

—Interessante. E porque uma lobisomem teria grimórios?

—Você não faz perguntas demais?

—Só mais uma. Qual é o nome de tão bela senhorita?

—Hope. Hope Andrea Mikaelson.

P.O.V. Hope.

Quando disse o meu sobrenome ele fez aquela cara de confuso.

—Não, a família Mikaelson eles são um mito e são todos vampiros. Vampiros não podem ter filhos.

Legacies New VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora