Cada vez mais perto

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Flahsback On.

P.O.V. Sebastian.

O local era uma mansão enorme. E estava lotado de seres sobrenaturais de toda sorte. Vampiros, lobisomens, bruxas e um garoto.

—E o que você faz aqui?

—Tentando me compelir? Não vai funcionar. Eu sou uma Fênix. Ei, você está bem?

—Não. Passar tanto tempo dentro daquele buraco me afetou. Acho que estou ficando louca.

Notei que as roupas femininas haviam ficado mais curtas do que antes. Meros pedaços de pano.

—Então, aluno novo! Oi, eu sou Lizzie.

—Sebastian.

Dei um beijo na mão dela e ela derreteu. Algumas coisas permanecem iguais.

—Você é um velho, quer dizer, antigo.

—Eu fui dormir e quando acordei... as carruagens já não precisavam de cavalos para se mover, a estrada estava coberta de um material negro. Pensei que fosse um rio, mas descobri que era um estrada.

—Um rio? Claro, as estradas agora são pavimentadas.

—Eu vou tomar banho porque tô cheia de... tinta. Devia fazer o mesmo, Conde.

Ela me deu dois tapinhas nas costas. Então saiu.

—Você é um Conde de verdade?

—Sim. Sou o Conde de Canterville. Ou eu era antes de ser deserdado e mandado pra cá por amar uma bruxa.

—Bem, que eu notei o sotaque britânico. Canterville, como o Fantasma?

-Que fantasma?

-Deixe pra lá.

Olhei para aquele rapazote e perguntei:

—E você vai preparar o meu banho?

—Não. Você vai usar o chuveiro.

Ele me guiou por aquela imensa mansão cheia de seres sobrenaturais, livros flutuantes entre outras coisas curiosas até chegarmos num cômodo e havia uma caixa de vidro retangular.

—O que é isso?

—Chuveiro. Isso é sabonete, você usa para lavar o corpo, shampoo para lavar o cabelo e vê se não deixa a espuma entrar no olho porque arde. Isso é uma torneira. Q de quente e F de fria, você vira a torneira e água sai, tempere até ficar boa.

—Temperar?

—Não deixe quente demais ou frio demais. Aqui tem uma toalha, alguém vai te arrumar umas roupas e tem que tirar a roupa pra entrar no chuveiro. Toda ela. Boa sorte.

Ele estava saindo.

—Espere! Que tipo de servo é você?!

—Não sou um servo. Sou um aluno.

Disse saindo e fechando a porta. Admito, briguei por um tempo com aquele tal chuveiro para conseguir fazê-lo funcionar apropriadamente, mas consegui. E também posso concordar que este equipamento é mais cômodo do que uma tina de madeira enchida com caldeirões de água quente.

P.O.V. MacGyver.

Depois da mulher assassinada pelo culto, foram encontrados sete corpos sem um pingo de sangue. Tem que haver algum tipo de explicação para isso. A Polícia local não fala nada. Encontramos uma espécie de ateliê no meio da floresta. Fotografamos, etiquetamos tudo e Matty mandou instalar uma câmera. Os quadros pareciam algum tipo de símbolo. Talvez, membros do culto usam o local para se encontrarem?

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