Tudo é diferente agora

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P.O.V. Sebastian.

Ainda estou tentando me adaptar a este admirável mundo novo. Não sei se algum dia conseguirei. Tem tantas coisas que eu não entendo, que desconheço.

-Acho que alguém precisa de ajuda.

-Jean.

-Eu. Talvez eu possa ajudar. Se quiser.

-Eu gostaria muito disso.

Ela me ensinou a mexer na televisão, a como ligar, como navegar, como desligar, como mudar os canais.

-Porque não assistimos os clássicos?

-Clássicos?

-É. Filmes Clássicos, ai você não fica tão perdido. Comédia ou terror?

-Que tal ambos.

-Isso vai levar tempo.

-Eu tenho tempo.

-Muito bem então. Começamos com a Comédia ou com o terror?

-Comédia. Estou precisando rir.

-Monty Python. 

Foi uma série de quatro filmes e nem foi tão terrível.

-Quer continuar? 

-Há mais?

-Falta o terror e eu guardei o melhor para o final. Quer comer? Se alimentar?

-Ótima ideia.

P.O.V. Jean.

Fiz um enorme balde de pipoca e logo tinha uma gangue no meu quarto. Meio que virou uma festa do pijama. Trouxe sangue, refrigerante e chocolate. E era Hora do Terror!

-A Cidade dos Amaldiçoados de 1995.

Ai assistimos o Bebê de Rosemary de 1968 e eu posso dizer que o Sebastian ficou com medo do bebê. O Exorcista de 1973, Psicose, o Iluminado e então...

-O último e o melhor de todos.

-Drácula!

P.O.V. Sebastian.

Drácula, o vampiro apaixonado. Posso me identificar. De fato, em minha opinião este foi o melhor filme. Um vampiro que perdeu sua amada e ficou isolado por séculos, então ele se vê na presença dela, numa era que não é a sua. Tudo lhe é estranho, exceto ela.

Assistir este filme me fez perceber o quanto eu não quero perdê-la. O quanto ela é importante. O quanto eu a amo.

-Eu vou pro meu quarto. Boa noite.

-Boa noite.

P.O.V. Lizzie.

Voltei ao meu quarto, fechei a porta. Peguei a toalha, soltei o meu cabelo, tirei a roupa, liguei o chuveiro e quando ficou na temperatura desejada eu entrei e comecei a tomar banho. Lavei meu cabelo com o meu shampoo favorito de baunilha, lavei meu corpo com o sabonete e a bucha.

Depois de chorar enquanto o chuveiro estava ligado, quando desliguei respirei fundo e sai. Me sequei, me enrolei na toalha e fui para o meu quarto. E quando cheguei lá, tomei um baita susto.

E ai eu senti a fúria.

-O que diabos está fazendo no meu quarto, seu sem vergonha?!

Nossa! Eu queria matá-lo. E aqui é a Salvatore, então tem magia nestas paredes e eu usei para dar um aneurisma nele sem piedade!

-Ai! Elizabeth, por favor.

-Sai!

Eu o enxotei, fiz ele voar porta afora. 

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