Almost Girlfriend in a Coma

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P.O.V. Elijah.

Não posso deixar uma criança desamparada. E nem posso abandonar Briar. Tem de haver algum tipo de explicação para isto. A semelhança física, qualquer tipo de explicação. Quando cheguei á casa eu não pude entrar, mas a menina estava lá. Devia ter uns quatorze anos.

—Quem é você?- Perguntou a garotinha.

—Meu nome é Elijah.- Eu me apresentei.

—Se está aqui atrás da minha mãe, ela se mandou.- Disse a menina.

—Não. Estou aqui por sua causa, sua irmã sofreu um acidente de carro. E agora está no hospital e sei que ela não iria querer deixá-la desamparada. Agora, se fizer a gentileza de me convidar a entrar.- Comuniquei.

—Você é um deles? Um vampiro?- Perguntou a mocinha.

—Sou.- Afirmei.

Ela se aproximou de mim devagar e me examinou.

—Isso ai é sangue?- Ela perguntou.

—Sim.- Confirmei.

—É sangue da Bri?- Perguntou a menina preocupada com a irmã.

—Sim. Eu tirei-a do carro que capotou na estrada e a levei ao hospital.

—Você chupou o sangue dela?

—Não. Por favor, não vou lhe causar nenhum dano.

—Você jura?

—Eu juro.

—Então... pode entrar.

Entrei na residência, era pequena. Uma cozinha, dois quartos e três banheiros, havia também a lavanderia. Vi fotos de toda a sorte. Mas, nenhuma dos pais delas. Deve ser doloroso. Briar loira, Briar de cabelos coloridos e maquiagem pesada e a menina que estava na minha frente. Bebê, criança, pré-adolescente.

—Ela teve uma fase ruim. Mas, sempre cuidou de mim.

—Entendo.

A casa era bem arrumada, com flores em vasos, tudo muito limpo. Porém haviam embalagens de pizza, comida chinesa, Fast-food no lixo.

—Minha irmã não vai morrer, vai?

—Não. Ela é forte. Vai viver, infelizmente com a pancada na cabeça... os médicos tiveram que induzir um Coma.

—Posso ir vê-la?

—Hoje não. Amanhã.

Era uma criança, assustada e sozinha.

P.O.V. Briar.

Estou num cemitério. Estou morta?

—Klaus, você precisa ouvir elas.- Eu ouvi a minha voz dizendo aquilo. Vi aquela cena. Eu vi a mim mesma.

Era ele. O noivo, o vampiro que se casou hoje. E... aquela que estava falando... era eu. Aquilo continuou. Era como um sonho, uma ilusão. Elijah, Klaus, Rebekah, Freya, Kol, Davina e Hope. Agora eu me lembro na hora do Slide Show eu vi uma foto de uma mulher e Hope Mikaelson. Eu sou igual a ela. Posso sentir tudo o que ela já sentiu, todo o amor, a dor, o sofrimento, a agonia, a raiva, a felicidade. Posso sentir tudo. Não sei por quanto tempo isso durou, mas acordei com uma luz cegante na minha cara. Então, pouco a pouco notei que estava num hospital. O médico veio me examinar, fez todos os exames, ressonâncias, testou meus reflexos e blá, blá, blá.

—Você sabe me dizer o seu nome?- Perguntou o médico.

—Briar Rose Hall.- Eu respondi.

—Sabe onde está?- Ele me fez outra pergunta.

—Num hospital.- Respondi.

—Sim, mas em qual cidade?- Ele indagou.

—Da última vez que eu vi, estava em Los Angeles.- Eu disse.

—Correto.

—Então, posso ir pra casa agora?

—Claro.

O médico assinou a minha alta e eu fui de ônibus até a minha casa.

—Kim! Kim!

—Bri!

Ela veio correndo e me abraçou.

—Senti saudades também, pentelha. Então, foi para a escola?

—Sim.

—Precisa de ajuda com a lição?

—Não.

—Viu? Sabia que você era um gênio.

Só então notei que tinha uma terceira pessoa.

—Elijah. Oi.

—Olá. Quando recebeu alta?

—Hoje. Eu acordei, me fizeram um monte de exames e pude voltar pra casa. Ai eu peguei o ônibus e vim.

—Devia ter me ligado, eu teria ido te buscar.

—Não precisa. Agradeço por ter me socorrido, me ajudado, me levado para o hospital. Agora vou ter que dar um jeito de pagar a conta.

—Não se preocupe. A conta foi paga.

Meus olhos quase saltaram pra fora da cara.

—Você pagou minha conta do hospital?! Menino, então tô te devendo! Passa o recibo ai que eu vou dar um jeito de pagar.

—Não há necessidade. Estou feliz que está bem.

—Obrigado. Se mais humanos fossem como você, o mundo seria um lugar melhor. O que quer que precise de mim, qualquer coisa. Contanto que não seja ilegal, conte comigo.- Falei.

—É muito gentil.

P.O.V. Elijah.

Aquela frase me quebrou no meio.

—Obrigado. Se mais humanos fossem como você, o mundo seria um lugar melhor.

—Bem, devo deixá-la repousar agora.

Ela sorriu.

—Tchau Elijah e muito obrigado mesmo.

—Disponha.

—Vamos Kim, fazer janta, comer, tomar um bom banho e dormir.

P.O.V. Briar.

Fiz um jantar simples. Arroz com frango e suco de caixinha.

—Ele tá afim de você.

—Quem?

—O vampiro bonitão. Viu o terno dele? Aquilo é que é classe.

—Bobeira. Come ai e deixa de caraminhola.

Tomei um belo e longo banho, coloquei o meu pijama de algodão já que tava meio frio, escovei os dentes e caí na cama. Nem precisei contar carneirinhos. Eu apaguei.

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