Capítulo 2 - A Própria Face do Mal

5.2K 659 945
                                    

Aí genteeeeee. Eu ainda vou responder os comentários pendentes em Depressed. Me desculpem pelo atraso. Estive descansando um pouco nesses últimos dias. Amo vocês ❤️.

______________________________________

Narrado por Kirishima Eijirou

Dou uma última olhada para aquele babaca caído no chão que nem um bêbado qualquer e saio dali o mais rápido possível, segurando a cabeça decepada pelos cabelos nojentos desse outro idiota. Meus passos são largos e logo quando me encontro no fim da viela, viro em um beco ainda mais escuro, não me importando nem um pouco em esmagar qualquer coisa que esteja se rastejando pelo chão sujo.

Uma breve risada acaba escapando dos meus lábios ao lembrar daquele herói engomadinho que ficou cheio de raiva pra cima de mim, só porque ele é um bosta e eu salvei o dia no lugar dele? Ah, que peninha, eu realmente to pouco me fodendo pro trabalho de merda dele.  Aquela posição humilhante combina bem com ele, apesar de ter ficado rosnando e latindo como um cão selvagem, não podia sequer se mexer... Patético.

Ergo um pouco a cabeça nas minhas mãos, deixando que apenas os raios fracos de Sol que se esgueiram pelas frestas do beco escuro mostrem de relance o rosto cadavérico do homem que vai me render uma boa grana. Esse babaca é peso pena em questão de recompensas, eu muito provavelmente não faria tanto esforço por um peixe pequeno que não me rendesse ao menos 100 mil, mas como as coisas estão ficando um pouco complicadas para o meu lado, dinheiro rápido e fácil é o que eu preciso no momento.

Caminho apenas por mais alguns metros antes de parar e olhar pra vocês. É, vocês mesmo que estão lendo, não tem mais nada o que fazer não? Essa história com certeza não é para menores...  

- Bando de desocupados, leitores de fanfic... Tsc! – Resmungo já avistando ao longe a porta de metal que fica quase camuflada na viela pouco iluminada, não há sequer uma alma viva por aqui e creio que as mortas também prefiram ficar afastadas. Paro em frente a porta e bato com o punho de forma suave para não amassar mais uma vez a lataria, creio que Tamaki me enforcaria se eu esmagasse a porta dele mais uma vez.

Um olhar afiado de olhos lilases surge na fresta que há no topo da porta e eu olho para baixo a fim de conseguir encarar o homem. Ele me analisa por completo e bufa frustrado, Hakeri nunca foi muito meu fã, é óbvio.

- Mais desagradável do que viver é ver a sua cara aqui de novo – Ele declara com a voz abafada pelo metal pesado que nos separa um do outro. Sorrio largamente mostrando meus dentes afiados e deixo a cabeça pender um pouco para o lado, achando graça de seu lindo cumprimento, mas que homem educado este.

- Estou tão feliz em te ver também! Já até sinto cheiro do dinheiro... – Exclamo unindo as mãos como se fosse uma bela donzela, deixando à mostra também a cabeça que ainda pingava sangue em meus sapatos. Filho da puta, mesmo depois de morto ainda arruína a porra dos meus sapatos.

- Pacote pra quem? – Ele questiona me olhando com desdém e eu logo volto a ficar sério no mesmo instante. Esse tom duvidoso em sua voz me deixa extremamente puto, quem ele pensa que é pra me questionar desse jeito?

- Te interessa, caralho? É você que vai me pagar? – rosno irritado e minha garganta vibra com o som grave que ecoa das cordas vocais. Hakeri se afasta um pouco do vão na porta e posso ver o medo em seu olhar, o medo que me deixa ainda mais instigado a continuar o assustando, o medo que tanto me fascina... Ah! Cansei disso. Volto a abrir um sorriso largo quando ergo a cabeça o suficiente para estar na altura dos olhos dele e uso a mão livre para mexer nos lábios do morto – An, eu sou um traficante de merda mimimi, foi o Deputado Yoshiaki que pediu minha morte blé blé blé.

Redheaded Mercenary || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora