Capítulo 40 - Sofrimento Auto-infligido

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Hey... Oi. 

Esse capítulo doeu em mim quando eu estava planejando, doeu em mim enquanto eu pensava nele, mas doeu muito mais agora que eu terminei de escrever e porra... Só, caralho, estejam preparades. 

Leitura. Por que boa eu duvido. 

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Narrado por Bakugou Katsuki

Minhas pernas ainda tremem um pouco quando me afasto de Kirishima para sair do banheiro, mas felizmente ele não ousa comentar nada ao me ver apoiando as mãos na parede para caminhar o quanto antes para longe. Foi, sem sombra de dúvidas, o melhor sexo que eu já tive na vida, mas algumas coisas estão me incomodando demais e uma delas é a sensação estranha que surgiu em meu peito quando o ruivo me perguntou se estou bem. Na verdade, não tenho certeza da veracidade em minha resposta.

Seco meu corpo rapidamente e visto uma boxer preta o quanto antes, ignorando o fato do chuveiro ter sido desligado para não acabar dando de cara com Eijirou. Ele disse que sou dele de forma tão possessiva e eu... por breves momentos desejei isso sendo real, concordei e fui no céu com um orgasmo fodido, mas isso é apenas uma grande ilusão... não é?

Merda, odeio estar confuso, odeio sentir que talvez eu queira ele mais do que somente como uma foda qualquer. O pior é ter sinais contraditórios vindos desse assassino que em certos momentos parece querer me ver morto, na mesma proporção que aparenta estar na mesma sintonia que os meus sentimentos mal formados.

Ouço alguns xingamentos vindos de trás e olho por cima do ombro, notando que Kirishima saiu do banheiro com uma toalha na cintura e está claramente discutindo com o vento. De repente seu olhar percorre meu corpo de cima a baixo, as írises vermelhas encontram os meus olhos e isso me leva a corar como uma garotinha. Não é nem uma reação digna, eu deveria apenas ignorar, mas esse contato visual de repente parece dizer coisas demais e nenhum de nós tenta quebra-lo. Isto, até que eu escuto o som do meu celular tocando na cozinha.

O momento constrangedor se dissipa e eu saio do quarto sendo seguido pelo ruivo em meu encalço. A princípio, fico incomodado com ele vindo atrás de mim e quase ergo a voz para questionar tal companhia, mas quando alcanço meu celular sobre a mesa, vejo ele se direcionando até a mochila que estava jogada em um canto qualquer da sala de estar. Realmente estou enlouquecendo.

Atendo a chamada rapidamente quando noto o nome de Aizawa piscando na tela.

Bakugou, temos três opções mais prováveis de esconderijos do alvo. Conseguimos algumas imagens e informações sobre suspeitos próximos de Koratori, iremos realizar a interceptação de alguns para interrogatório – O homem dita sem ao menos dizer um olá antes e eu reviro os olhos para o seu jeito pragmático de lidar com tudo.

– E como vai ser isso? Me mande a lista desses suspeitos, vou participar da interceptação – Declaro observando Kirishima se vestir na sala, encarando seu corpo marcado pelas queimaduras em alguns pontos por conta do meu descontrole recente.

Nem pensar, você é chamativo de um jeito horroroso – Aizawa fala quase de imediato e eu arquejo incrédulo por sua definição tosca da minha pessoa – Porém, preciso que converse com Red Riot sobre nossos suspeitos para saber suas considerações, ele pode dizer se conhece algum que seja menos interessante na hierarquia do submundo para não erguer suspeitas enquanto resolvemos os fatores mais alarmantes.

– Horroroso não se aplica a mim, caralho! – Reclamo antes de responder e Aizawa apenas estala a língua do outro lado de um jeito insolente – E pode me mandar os dados, vou falar com o Red Riot agora, ele está aqui – Comento distraidamente e percebo o olhar de Kirishima recaindo sobre mim ao ter seu nome citado na conversa. Minha pele esquenta uma vez mais e acabo grunhindo de raiva, foi só uma transa, por que eu me sinto tão tímido agora, merda?

Redheaded Mercenary || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora