Narrado por Bakugou Katsuki
“Após o ataque misterioso no centro da cidade, as autoridades já puderam reestabilizar o local e a ajuda dos heróis foi valiosa no momento do tumulto, aparentemente o herói Ground Zero, não se pôs mais às ruas depois do acontecido, será que…”
Desligo a TV no instante em que aquele dia volta a ser a notícia do inicio de mais uma noite. Esses idiotas não se cansam de ficar falando disso o dia inteiro, economia, educação em alta, heróis envolvidos em escandalos e heróis que derrotam vilões importantes. A mídia gira muito em torno disso e eu, por estar no top 5, realmente não passo despercebido por coisa alguma.
Não estou fora de ação por escolha minha, o que eu mais queria era realmente estar fazendo o meu trabalho como sempre, mas por conta daquele puto do Red Riot eu precisei me ausentar até que minha missão viesse a tona novamente. Cerro os punhos ao me lembrar daquele dia onde não houve apenas um ruivo me tirando do sério em um curto espaço de tempo.
Red Riot se aproxima de mim com passos largos e aproxima seu rosto do meu perigosamente fazendo-me prender a respiração, não imaginava que sua presença pudesse desestabilizar a mim com tanta facilidade e isso me irrita ainda mais, porém não tenho reação alguma quando o mesmo me provoca mais uma vez antes de ir embora. Seus olhos vermelhos me enxergam com tamanha insanidade e a energia densa que ele emana só remete a mais pura psicopatia. Ele sorri largamente e seus dentes afiados o deixam com um semblante ainda mais destrutivo, deixando-me paralisado pela sensação excruciante de torpor.
- Vai ser um desprazer enorme trabalhar com você, Bomberman - Ele diz passando a lingua pelos dentes antes de sair andando para fora da sala. Meu coração bate acelerado e eu tenho certeza que isso se deve pelo ódio que percorre minhas veias enfurecidamente. Respiro fundo um par de vezes e me viro na direção da porta afim de ir atrás daquele desgraçado, ele não vai sair impune disso nem por cima do meu…
- Bakugou, volte aqui - Endeavor declara com um tom de superioridade e isso só me deixa ainda mais puto da vida. Como eu ainda trabalho pra esse cara? - Vocês estão dispensados - O ruivo fala para Shouto e Midoriya que apenas se entreolham antes de me encarar. Todoroki permanece impassível enquanto Deku faz algumas caretas como se tentasse me dizer para não fazer besteiras. Reviro os olhos para sua preocupação de bosta e cruzo os braços encarando Endeavor enquanto escuto os dois heróis saindo e fechando a porta atrás de si.
- Não ouse me dizer para acompanhar aquele filho da puta - rosno já sabendo que Enji pretende me colocar no meio dessa porra toda e eu não estou nem um pouco disposto a ir em frente com isso. Tantos fodidos idiotas que podem exercer o papel de babaca para encobrir aquele brutamontes, eu tenho mais o que fazer do que servir de babá.
- É uma pena que você esteja sob minhas ordens para acompanhar Red Riot na noite de sexta feira, então - Endeavor entoa encostando-se em sua cadeira enquanto encara a janela com o cenário da cidade brilhante no início da noite. Respiro fundo para controlar os nervos e olho para ele convicto, determinado a conseguir uma justificativa plausível para me fazer estar em contato com aquele mercenário de bosta.
- E por que motivo eu teria que desempenhar esse papel? Bota o merda do Deku ou seu filho - Reclamo insatisfeito com sua escolha, ainda mais quando ele tem plena ciência do quanto eu odeio aquele ruivo desgraçado.
- Sua personalidade é a mais compatível pro cenário em questão. Seria ilógico usar Deku ou Shouto para uma missão dessas - Enji esclarece olhando para mim com uma frieza que constrata bem com as chamas que envolvem o seu rosto. Semicerro os olhos e continuo absorvendo suas palavras - Eles estão na categoria de “apaziguadores e ícones de segurança”. Servem para mostrar aos civis que estão sendo cuidados.
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Redheaded Mercenary || KiriBaku
FanfictionLivro 1 (Concluído) Kirishima Ejirou, o temido anti herói Red Riot, não se importa com as regras toscas, impostas pela sociedade para proteger a "moral". Seu trabalho, tem um preço, assim como os heróis, mas ao contrário do código ético dos mocinho...