Redheaded Mercenary || KiriBaku

Capítulo 17 - Duvidosas Verdades

- Eai pessoal, tudo bem? Antes de começar o capítulo, o Kirishima tem um recadinho pra dar.

Ele entra olhando para os lados com desdém e me encara como se estivesse entediado.

- Sério mesmo que você vai me obrigar a isso? - ele pergunta pra mim e eu sorrio nervosamente, dando um beliscão no braço dele - Aí porra!

- Vai logo, caralho - sibilo furiosa e sorrio de novo para disfarçar. Ele bufa e logo mostra os dentes afiados em uma expressão alegre.

- Bom, feliz aniversário atrasado aí pra u tal de bakalasca, a autora aquí - Kirishima diz apontando pra mim - Não conseguiu escrever um capítulo antes, mas ela queria te dedicar esse mesmo assim. Patética essa mulher...

- Kirishima, eu vou te fazer sofrer mais ainda se me encher o saco - ameaço olhando para ele com raiva e ele da de ombros.

- Você fez eu quase me matar em outra Fanfic, me fazer sofrer é sua diversão e... Aí caralho! - ele exclama quando eu belisco ele de novo.

- É isso aí gente, feliz aniversário mega atrasado bakalasca! Bora pro capítulo!

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Narrado por Bakugou Katsuki

Concentro-me no meu prato de comida, ainda que fique pensando sobre a companhia ao meu lado. Esse filho da puta me tira do sério com suas piadinhas e esse seu sorriso sarcástico cheio de ironia, mas agora, vendo-o tão manso, começo a estranhar sua falta de energia.

Pelo canto dos olhos ouso analisar seu perfil mais detalhadamente, agora sobre a luz amena da cozinha e com seu semblante descontraído, vejo-o com uma sombra de exaustão nos olhos vermelho sangue. Seus cabelos ruivos se destacam sobre a blusa inteiramente preta, ficando com algumas mechas acima dos seus ombros enquanto ele come calmamente. Seus dentes afiados se destacam sempre que ele abre sua boca para morder um pedaço de carne e isso também chama minha atenção de um jeito estranho.

Eu deveria apenas seguir em frente com o plano que fosse necessário pelo tempo que fosse preciso, para depois dar as costas á esse assassino e fingir que nada aconteceu, já que não possuo sequer autonomia para lutar com algo que parece estar enraizado tanto quanto a própria federação de heróis.

Mas as lembranças de seus pequenos delírios durante o repouso me deixaram apenas mais instigado para tentar descobrir o que havia tornado esse homem um grandíssimo filho da puta. Ele mata sem piedade, faz piadas com tudo e fala com as paredes quando da na telha. Seus murmuros ocasionais nunca passam despercebidos, mas dificilmente eu consigo ter alguma compreensão acerca do assunto.

Os pequenos vestígios de informação que o mesmo fornecera incoscientemente vagavam na minha mente enquanto eu tentava permanecer concentrado no meu prato.

"Tiro os óculos de leitura por algum tempo deixando o tablet sobre a mesa da sala. Os relatórios estão tomando cada resquício da minha paciência e creio que agora só me resta buscar uma xícara de café para vencer o cansaço. Um dia se passou desde que Kirishima está desacordado e isso também é um fator que eleva meu estresse. Quanto mais tempo ele ficar, mais eu sentirei culpa pelo seu estado. Ainda mais pelo fato de que nossa interação vai acabar durando mais do que eu havia planejado e também do que eu gostaria.

Levanto do sofá esticando os braços para cima e me aproximo da janela por alguns instantes, analisando o cenário pálido da noite iluminada com os arranha céus distantes.

Caminho novamente em direção a cozinha, mas paro logo em frente ao corredor quando ouço alguns ruídos vindos do quarto de hóspedes. Tensiono pensando que talvez o brutamontes tenha acordado e provavelmente esteja confuso sobre sua estadia, então não demoro a ir até o quarto para conferir por mim mesmo que ele não vai meter o louco de repente.