Cara... Eu levei muito tempo escrevendo isso, então espero que tenha ficado ao menos decente. Espero que seja proveitoso, pois são 11 mil palavras praticamente.
O próximo capítulo é o último dessa temporada, então, já preparem o psicológico.
Boa leitura!
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Narrado por Bakugou Katsuki
Acordo após algumas horas, notando que apesar de ter ido dormir há pouco tempo e já pela madrugada, o Sol ainda não havia nascido e o céu se encontrava naquele misto de escuridão e pouca claridade que surgia gradativamente, conforme a noite dava lugar a um novo dia.
Meu corpo está totalmente coberto, mas ainda assim, sinto frio nos braços e mãos por conta das queimaduras que mantém uma temperatura elevada na superfície da queimadura, deixando os nervos reconstruídos recentemente muito mais sensíveis do que de costume. Nada que eu não possa aguentar, mal consigo contar quantas vezes estive nesta mesma situação, porém não deixo de odiar a parte em que preciso trocar os curativos, por conta da substância que os ferimentos vazam, encharcando e umedecendo as faixas.
Dou uma olhada breve nas mãos depois de me sentar com certa dificuldade, percebendo que felizmente, ainda não há tantas manchas sob as ataduras, caso contrário, seria muito mais pegajoso para tirar e colocar novas no lugar. Observo o quarto vazio e franzo o cenho irritado ao ver que Kirishima não está mais aqui deitado ao meu lado, talvez tenha sido por isso que me senti incomodado e despertei. Quando me arrasto com as pernas para chegar à ponta da cama consigo notar que o local onde ele estava não está inteiramente frio, sua saída foi recente.
Pensar e me importar com tal futilidade só me mostra o quanto eu estou muito fodido com essa merda, mas dane-se, pelo menos uma vez na vida eu me sinto dependente de alguém e vou usufruir dele enquanto puder, não sei o que será de nós depois que toda a confusão que nos envolve se resolver.
Realmente, melhor focar na minha carência idiota do que pensar na possibilidade de nunca mais poder saná-la quando vier à tona.
Minhas pernas tremem um pouco quando piso no chão, mas o que me deixa confuso, de fato, são as meias que estão nos meus pés, não me lembro de ter isso quando dormi com o ruivo, talvez ele as tenha calçado em mim. Balanço a cabeça ignorando isso e me coloco a caminhar para fora do cômodo, grunhindo pela dor nos dedos ao amarrar o cordão da calça de moletom em minha cintura. Inferno, já consigo segurar melhor as coisas, mas ainda arde. Os ossos que quebraram latejam e a dor parece ser dentro do músculo, o que não contribui muito para o meu humor.
–...eu preciso disso pronto até as 14h, não tenho mais tempo que isso. Se vira, porra – A voz cansada e irritada de Eijirou soa da sala, levando-me a encostar na parede do corredor quando chego perto do cômodo, conseguindo ver ele parado na frente da porta de vidro que leva à varanda, de costas para mim.
– Por que você não 'tá na cama, seu babaca? – Questiono muito bravo, mas a voz rouca sai um pouco mais baixa do que eu gostaria. A garganta protesta com minha fala e acabo tossindo brevemente, trazendo um incômodo às costelas ainda um tanto feridas. Levo a palma ao local e contenho a vontade de aquecer a mão para prover um pouco de alívio na dor, ainda terei que passar por mais uma reconstrução com a Eri durante a tarde, lembro vagamente dela comentando sobre não poder curar tudo de uma vez em algum momento.
Kirishima se vira muito rápido, desligando a chamada que estava em andamento quando cheguei e se aproximando de mim com passos desesperados, sua face expressa a preocupação que sente e nem me importo, dessa vez, acho que até quero mesmo que ele fique assim. Eu me fodi mais do que já fiz lutando contra vilões nessa luta, o mínimo que mereço é ter ele aos meus pés.
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Redheaded Mercenary || KiriBaku
FanfictionLivro 1 (Concluído) Kirishima Ejirou, o temido anti herói Red Riot, não se importa com as regras toscas, impostas pela sociedade para proteger a "moral". Seu trabalho, tem um preço, assim como os heróis, mas ao contrário do código ético dos mocinho...