Narrado por Bakugou Katsuki
Fico irritado com todo o alarde desses idiotas ao tentarem me atacar e tento não me desconcentrar com as palavras irritantes do ruivo ao meu lado. Porra, eu sei que estou mais distraído do que deveria, mas não consigo parar de tentar criar teorias de conspiração na minha mente. Quem esse cara realmente é afinal? Ele parece tão profissional quanto qualquer um que eu conheço, mas ainda assim, sua crueldade ultrapassa os limites do aceitável. Ainda que ele o faça aparentemente sem qualquer remorso.
Vejo uma abertura para me aproximar da mulher que ele diz ser tão importante e uso minhas explosões atingindo alguns homens antes de pousar ao lado da rosada. Olho para a tal Sakura com desdém e arranco rapidamente a fita adesiva que mantinha sua boca fechada. Sua expressão assustada muda drasticamente e eu ouço os corpos atrás de mim caindo no chão. Mas que porra é essa? Vejo que Red Riot também para de lutar para olhar ao redor e uma voz grossa demais para uma mulher soa da boca de Sakura.
- Achou mesmo que seria tão fácil, Red Riot? - Ela questiona sorrindo maleficamente e eu continuo sem entender. Já não bastava um doido na minha cola, essa mulher também tinha que não bater bem da cabeça?
- Sai daí, Caralho! - o ruivo grita correndo na minha direção e eu apenas vejo os olhos da mulher ficarem negros antes de ser jogado ao chão pelo corpo enorme desse brutamontes fodido. Uma explosão soa alta na sala e o anti herói em cima de mim tensiona ainda mais com sua quirk ativa, grunhindo de dor logo em seguida. O calor que ele emana chega a ser surreal, ainda mais com o tamanho colossal dele em conjunto com sua individualidade. Respiro fundo tentando manter minha concentração e grito para que ele se afaste de uma vez.
- SAI DE CIMA DE MIM, FILHO DA PUTA - Berro impaciente e ele apenas rola para o lado, mantendo seu corpo no chão. Sento-me e levanto em seguida rapidamente, olho para ele pronto para xinga-lo quando percebo um grande espinho metálico inserido em suas costelas, ele já havia se queimado antes com ácido ao me jogar para longe de um vilão, talvez sua quirk não tenha tido efeito no local e isso o deixou vulnerável para a explosão bizarra da mulher. Engulo minhas palavras e arregalo os olhos quando vejo-o retirar o vergalhão de dentro do corpo como se não fosse nada de mais, sua face está contraída em irritação e dor, mas ele ainda tem forças para me olhar e sorrir faceiro.
- Vou começar a cobrar por salvar sua vidinha de merda, herói - ele fala dando uma risada baixa e se levanta vagarosamente segurando o ferimento. O sangue não para de descer por seu tronco e ainda assim, ele parece tão determinado quanto antes.
Não o respondo como faria normalmente, pois ouço um rangido alto do fundo da sala enorme. Duas portas enormes de ferro se erguem lentamente e pelo andar da carruagem, tenho certeza de que isso não é um bom sinal. Rugidos e rosnados altos tomam conta do local e logo vejo criaturas negras surgindo das portas que se abriram, parecem felinos enormes e seus olhos são avermelhados como faíscas. O ruivo segura uma pistola com sua mão livre e logo tudo se torna muito intenso.
Corro para usar minhas explosões e cada vez mais criaturas surgem das portas como se não houvesse fim. O ruivo não usa mais sua individualidade, ele atira certeiro na cabeça de algumas criaturas, mas um tiro não é suficiente para fazê-los cair desfalecidos. Continuo usando minha individualidade e por instinto, fico na frente dele para protegê-lo. Esse puto pode ser o mais detestável ser que eu já conheci, mas ele me ajudou até agora e eu não posso mais deixar meu orgulho falar por mim.
- Temos que recuar, a missão já foi perdida. Ela não está aqui - Red Riot fala convicto e eu cerro os dentes olhando ao redor enquanto procuro uma forma de sairmos daqui o mais rápido possível. Ele parece se irritar ao me ver continuando com as explosões e berra atrás de mim - Eu não vou mais te ajudar a ficar vivo, seu desgraçado!
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Redheaded Mercenary || KiriBaku
FanfictionLivro 1 (Concluído) Kirishima Ejirou, o temido anti herói Red Riot, não se importa com as regras toscas, impostas pela sociedade para proteger a "moral". Seu trabalho, tem um preço, assim como os heróis, mas ao contrário do código ético dos mocinho...