Narrado por Bakugou Katsuki
Vejo o brutamontes metido a besta indo até o local que aparenta ser a cozinha enquanto busco forças para manter minha raiva controlada por ora. Não deixo nenhum de seus movimentos passar despercebido pelas minhas vistas e fico cada vez mais intrigado com esse desgraçado. Porque diabos eu tô nessa casa? Antes que ele me largasse no meio daquela rua para que eu voltasse de uma vez pra minha própria casa, esse idiota quer me ver puto e se diverte com isso. Eu não deveria deixar isso me irritar, mas é impossível não surtar com esse cara.
Noto que o ruivo conversa consigo mesmo em voz baixa e olha para o nada diversas vezes como se estivesse acompanhado. Será que a sanidade dele realmente é inexistente? Como pode alguém tão ágil ser tão maluco assim? Sua bipolaridade é constante, além de que ele age como um verdadeiro maníaco. Me pergunto o que poderia ter acontecido para que ele se sentisse mal de repente, consigo ver em sua expressão que ele ainda sente dor, mas eu mal o machuquei de verdade, isso se dá a algo que ele já sente de forma habitual, está relacionado com sua personalidade insana? Começo a divagar sobre esse anti herói e me vejo ainda mais frustrado do que antes, minha intenção era descobrir algo que me desse vantagem sobre ele, mas tudo o que pude conquistar fora um estresse desnecessário e um vislumbre de algo sobre ele que não sou capaz de definir. Meu sangue ferve só de lembrar de suas palavras sobre como ele está muito mais a frente que eu nessa disputa, isso me enfurece, mas não por ser mentira.
Analiso o local em busca de alternativas e mexo minhas mãos tentando me livrar dessas algemas, isso ainda me surpreende, são equipamentos de primeira linha para contenção e um fodido como ele não deveria ter acesso a esse tipo de coisa. Pois bem. Aparentemente há muito que eu ainda não sei.
Vejo-o segurando algo e vindo novamente em minha direção, quando noto que se trata de uma espécie de saco preto já começo a ter certas dúvidas sobre o meu destino aqui.
- Hora de dizer tchauzinho, herói - Ele declara com um tom desdenhoso e sua face desenha-se em um sorriso medonho. Seus olhos estão ainda mais vermelhos do que eu considerava que fosse possível e os mesmos possuem uma aura pesada que me faz engolir em seco por ora. Eu não vou deixar esse filho da puta me matar.
- Vai se foder, seu maluco, tira essa porra de perto de mim - rosno quando ele tenta cobrir meu rosto com o tecido, em uma oportunidade que tenho mordo sua mão com toda a minha força e recebo um tapa forte no rosto em resposta.
- Ah seu arrombado! É bom não querer a retribuição dessa mordida, sua pele de porcelana não aguentaria - ele dita com a voz mal humorada e seu sorriso largo da lugar a um rosnado baixo com seus dentes pontudos cerrados. Ele puxa meu cabelo com uma das mãos me imobilizando e com a outra, coloca o saco em minha cabeça fazendo com que tudo fique escuro. Tento me debater ao sentir ele amarrando um elástico em meu pescoço e o que deduzo ser seu punho se choca bruscamente com meu nariz, deixando-me tonto imediatamente. Ouço ele resmungar alguma coisa, mas meu crânio ainda pulsa com a dor que se espalha pelo meu rosto.
O calor que antes emanava do corpo próximo ao meu logo se dissipa e tento me concentrar apertando os olhos com força, a fim de apurar minha audição e escutar os passos se afastando provavelmente em direção a porta. Consigo escutar passos vindo na minha direção novamente e as vozes se tornam mais próximas e audiveis novamente.
- Ele está devidamente contido? - uma voz estranha soa desconfiada, ainda que permaneça estranhamente profissional para um caso tão inusitado. O que diabos esse cara está planejando fazer comigo?
- Essa bicha não vai causar problemas, as algemas de contenção estão bem presas - Red Riot declara com um tom de voz amargo e irritado, percebo que agora o seu bom humor com minha condição se foi e deu lugar a algo que não sou capaz de determinar completamente vendado.
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Redheaded Mercenary || KiriBaku
FanfictionLivro 1 (Concluído) Kirishima Ejirou, o temido anti herói Red Riot, não se importa com as regras toscas, impostas pela sociedade para proteger a "moral". Seu trabalho, tem um preço, assim como os heróis, mas ao contrário do código ético dos mocinho...