Capítulo 38 - Concordância Incomum

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Hey hey hey! Boa noite, amores. 

Boa leitura e tenham paciência <3

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Narrado por Bakugou Katsuki

Não é possível que eu não tenha um minuto de paz nesse caralho de vida.

– Katsuki, eu já disse que vou ajudar também! – Eri exclama pela quinta vez desde que começamos a conversar, justamente por não ser uma boa ideia que ela se envolva mais do que o necessário nessa missão perigosa.

– E eu já falei que não, porra. Você não vai nessa merda, aceita logo, cacete – Respondo a mesma coisa pela milésima vez enquanto coloco os morangos por cima da torta com creme inglês. Ter ela aqui me enchendo o saco para entrar na missão, me faz pensar em onde diabos o ruivo pode estar. Já fazem 3 dias que não o vejo e hoje, coincidentemente, Kyoko me pediu especificamente uma torta de morango, o que deve significar alguma coisa, ou talvez eu esteja apenas me iludindo com coisas idiotas.

– Eri, já conversamos sobre isso, é uma missão de alto nível e você não pode se colocar em meio a esse perigo – Midoriya diz apoiando-se na bancada da cozinha, com a maior cara de pau mesmo depois dele mesmo ter comentado sobre a missão com a Eri. Esse maldito...

– Você não se mete, eu já disse que não e ponto final, que se foda o que vai ter ou não – Reclamo terminando a decoração da torta e colocando-a na geladeira em seguida. Levanto com uma expressão agressiva na direção do esverdeado, só esperando o momento para jogar na cara dele a irresponsabilidade ao compartilhar informações sigilosas.

– Mas essa menina é como eu, eu quero poder ajudar! – Ela continua insistindo e eu levo as mãos ao rosto, esfregando a minha cara com todo o ódio possível para tentar não explodir minha cozinha. Antes que eu consiga responder, o som da campainha se faz presente e, por mais que tente não demonstrar, corro para a porta como se minha vida dependesse disso.

Quando abro a porta, mal posso dizer o que eu sinto de imediato, mas sei que um sentimento mais forte que os outros é a raiva. Kirishima está parado com uma sacola enorme nas mãos, por ser preto eu não consigo distinguir se dentro daquele pacote tem um corpo ou coisa parecida, o que me deixa claramente perto de surtar.

– Onde você se meteu, porra? – Questiono ao mesmo tempo em que abro a porta para que ele passe, seu semblante divertido de sempre está um tanto estranho, mas ao deixar a sacola e uma mochila no chão, ele abre um sorriso enorme abrindo os braços para abraçar as meninas que correm em sua direção.

– Tio Kiri! – Katemi grita empolgada ao se jogar em cima do ruivo, Kyoko se aproxima mais devagar, abraçando Kirishima com cuidado antes que ele erguesse ambas em seus braços, pulando tão animado quanto elas.

– Eu mesmo! Vocês se comportaram? – Ele questiona sorrindo para Katemi quando ela dá risada, esfregando as mãos ao gritar descaradamente que não – É isso aí, garota!

Todoroki olha para o entrosamento com a carranca ciumenta de sempre e Deku parece meio incomodado também, Eri olha para o ruivo com um brilho nos olhos assim como as crianças, levando-me a suspirar e aceitar que ele tem mais aliados do que eu imaginava.

– Aliás, que meleca de desenho é esse na minha parede? – Pergunto me aproximando da parede atrás do sofá, onde vários rabiscos estavam escondidos estrategicamente atrás da cortina, sendo um deles um boneco de palitos caído com linhas embaixo como se fosse derrotado ou algo assim. Kirishima olha para as meninas e elas desviam o olhar, encarando os lados como se não tivessem nada a ver com isso.

– Sabe como são as crianças, né? – Ele responde com um sorriso ladino e eu trinco o maxilar, puxando a cortina da direita para revelar mais um desenho claramente obsceno de dois bonecos em uma situação... Bom, obscena, quem em sã consciência acreditaria que foi uma criança?

Redheaded Mercenary || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora