Redheaded Mercenary || KiriBaku

Capítulo 32 - Exaltação Sentimental

Boa tarde pessoal <3 

Eu falei que vocês ia ficar com raiva né, kkkk talvez nem tanto.

Boa leitura ^^

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Narrado por Kirishima Eijirou

Meus pensamentos continuam confusos e minhas emoções são tão mirabolantes quanto, contudo, minha individualidade nunca esteve tão bem quanto agora. Sorrio sentindo o sangue escorrer entre meus dentes e me levanto o quanto antes, batendo um pé de cada vez no chão para impor minha dominância contra o fodido do meu oponente.

"Acaba com ele, Inaba"

A ovação do povo assistindo nas arquibancadas é precisa e claramente voltada para o cracudo de merda que está agachado na minha frente com uma expressão sombria.

- Tudo isso para falar com o chefe... Eu não vou descumprir minhas ordens – Ele sibila como uma cobra, dobrando ainda mais seu corpo ao apoiar as palmas no chão. Eu o quebraria no meio facilmente se não fosse os golpes irritantes dos cabelos sebosos dele na minha cara, seus reflexos podem ser extremamente rápidos e ele consegue enganar com uma silhueta borrada ao seu redor, mas isso não vai me impedir de conseguir o que eu quero nesse caralho.

- Se você é a cadela de combate do Nogi, eu to pouco me fodendo, Rapunzel. Depois que eu ganhar, consigo saber o que eu preciso. – Falo rindo alto e sou pego desprevenido pelas mechas de cabelos que me chicoteiam, causando ferimentos superficiais em meus braços quase como uma advertência.

A ardência me traz uma sensação nova de prazer, mas meus olhos se enchem de lágrimas e eu me sinto instantaneamente magoado pela situação em que estou. As pessoas ao redor parecem tão animadas com a luta, mesmo que todos estejam torcendo para o meu adversário. Todos estão torcendo para o meu inimigo... Eu não sou tão ruim assim, eu sou foda, eu vou provar pra eles.

- Você me machucou! – As lágrimas escorrem dos meus olhos e eu grito agoniado quando me ponho a correr diretamente na direção de Inaba, ele continua agachado no chão, me olhando com aquelas órbitas profundas e arregaladas enquanto os fios de cabelo azulado chicoteiam o ar ao seu redor. Obviamente, antes que eu consiga pular nele para esmaga-lo, suas mechas se prendem ao redor dos meus tornozelos e ele habilidosamente roda meu corpo diversas vezes pegando impulso depois de me bater contra o chão. Consigo ativar minha quirk antes de ser lançado na parede do ginásio, a rocha resistente quebra em diversos estilhaços quando eu escorrego para o chão.

Maldito cracudo filho da puta, ele não me deixa chegar perto.

Levo minhas mãos ao rosto por breves momentos e uma risada grotesca nasce na minha garganta, evoluindo até que eu me veja gargalhando alto agitando as pernas conforme a euforia toma conta do meu corpo. Provavelmente quebrei algumas costelas, meus tornozelos estão cortados, meu estômago queima e o sangue ainda escorre pelo meu queixo. Tão chato, tão bom, tão... excitante. Eu só quero um pouco mais, as informações virão de qualquer jeito, esse cara vai morrer lindamente e todos terão que engolir o fato de que eu sou superior.

Levanto vagarosamente e me posiciono para lutar, respiro fundo concentrando minha mente para ir até o máximo do meu limite, sinto minhas articulações rangendo cada vez mais e até mesmo a vista se torna um pouco embaçada por conta do revestimento que toma os globos oculares. Rosno como um animal selvagem quando tenho consciência de que minha armadura está completa e com muito esforço, corro na direção do moleque de merda para mostra-lo o quanto eu também sei fazer.

Na primeira oportunidade que ele usa para agarrar meu punho com os cabelos eu faço disso uma vantagem, seguro a mecha de cabelo resistente rodando-o no ar e jogando-o na parede como ele mesmo havia feito comigo anteriormente. Ele cospe um pouco de sangue e isso já me faz vibrar, desativo a quirk por um tempo e pulo animado pelo golpe fudidasso que eu fiz.