Capítulo 33 - Brandura Recíproca

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Boa noite u.u

Estou fora de casa então escrevi pelo celular, relevem os erros mais hoje do que qualquer outro dia kkkk

Boa leitura ^^

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Narrado por Kirishima Eijirou

Vejo Bakugou indo para fora do quarto sem dizer nada, absolutamente nada, como eu já imaginava.

Eu sou um idiota, em tantas vertentes que fico até tonto pensando nisso, eu não deveria dizer essas coisas toscas logo pro cara que eu definitivamente não posso gostar.

Meu corpo treme e procuro respirar fundo pra manter minhas emoções sob controle. Eijirou, não é hora de surtar, porra.

Os efeitos do remédio que eu usei em excesso já estão cessando e o pico da substância me levou a ser um filho da puta.

Não que eu não seja um o tempo todo.

Que merda de fala foi essa? Ele não tem que desistir de algo que nunca foi relevante. Preciso parar de me expor tanto dessa forma, já basta que todo meu corpo dói e eu sinto como se tivesse sido atropelado. Na verdade, talvez eu tenha sido, aquele mano da individualidade de rolo compressor me meteu a porrada...

Suspiro tentando não respirar muito fundo, meus ombros tensos demais para que eu consiga relaxar o corpo. Se eu tentar me inclinar vai doer mais, talvez eu não tenha disposição pra continuar escondendo o quanto estou quebrado.

Fecho os olhos por alguns instantes e penso sobre o quanto eu me entreguei de bandeja ainda há pouco. Eu simplesmente deixei tudo de lado e fiz o que todo mundo tava esperando, permiti que Bakugou visse que eu sou cadelinha dele.

Felizes, caralho? É bom que estejam, porque eu não vou facilitar mais.

Estou vulnerável de todos os lados e a vontade de chorar cresce cada vez mais, mordo o lábio para faze-lo parar de tremer. Nessas horas eu fico puto por saber que eu sou visto assim, como a porra de um bebê chorão.

Não. Eu não vou chorar. Tá tudo bem, galera. Não foi dessa vez.

Olho pra cima pra evitar um pouco minha mente conturbada; o silêncio ao meu redor não dura muito tempo, mas nada é mais caótico do que o meu próprio estado.

Bakugou deixa algo um tanto pesado ao meu lado na cama e eu viro o rosto para evitar contato visual, meus punhos cerram e eu tenho medo de respirar fundo demais, não quero fraquejar assim. Não na frente dele.

Sinto sua observação em cima de mim e abaixo um pouco a cabeça, olhando pelo canto dos olhos para ver ele suspirar resignado, suas mãos alcançam a cintura e fico tentando a olhar em seu rosto. Os olhos vermelhos me encaram com tamanha intensidade... Caralho, já me arrependi.

— Ambos sabemos que você é um merda, mas eu também não sou a melhor pessoa — Bakugou se aproxima de mim para começar a desenrolar as bandagens no meu braço. Mantenho meu rosto para o lado oposto, ostentando minha expressão de mano da quebrada, mas quem fica quebrado com as palavras do loiro, sou eu:

— Se você não ficar enchendo a porra do saco com piadinhas e charadas, eu vou conseguir te ajudar como pretendo.

Meu peito dói tanto com essa resposta — que eu já nem esperava — que sou obrigado a levar uma das mãos ao rosto, grunhindo de dor pelo movimento brusco. Agora o nó na garganta parece me sufocar e eu não aguento mais.

Inflo meus pulmões em busca de calma, mas isso traz uma onda de dor nas costelas, fazendo meus olhos encherem-se de lágrimas. Assobio soltando o ar entre os dentes cerrados, Katsuki não se afasta, mas para de soltar as bandagens enquanto fica olhando pra minha cara, igual a vocês.

Redheaded Mercenary || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora