Capítulo 50 - Desinências Extremistas (Parte 1)

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Hey. 

Sim, eu dividi em dois capítulos de novo, pela minha ansiedade, pela ansiedade de vocês e pelo meu cansaço depois de uma luta complexa. Ainda teremos mais uma série de porradaria e essas cenas cansam tanto o escritor quanto o personagem hehe. 

Me deem um descontinho, ta bom? Vou continuar a escrita e posto ainda hoje a parte final de verdade. 

Obrigada pela compreensão. 

Boa leitura! 

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Narrado por Kirishima Eijirou

Depois de deixar Satori para trás, logo começo a tomar consciência do que está prestes a acontecer. Tudo de repente se torna quieto demais, meus pensamentos nunca estiveram tão silenciosos antes, mesmo que os gritos eufóricos das vozes de vocês estejam presentes um tanto distantes.

Sorrio ao correr, deixando Bakugou um pouco mais atrás pelo motivo que seja, mas quando me deparo com o dito corredor onde entrarei na quarta porta, fico paralisado pela ficha caindo com peso em meu âmago. A adrenalina nas minhas veias me faz tremer um pouco; a coxa sangrando pelo pedaço de carne que arranquei, parece gelada, por conta do ar que entra em contato com o ferimento profundo. Sinto vontade de gritar um xingamento e sair correndo como um touro em direção ao pano vermelho, mas algo me faz parar, consequentemente, fazendo o herói se chocar contra as minhas costas.

Eu não posso morrer nessa missão, mal me despedi de Kyoko, por medo de ouvir algo ruim de suas previsões.

Num impulso de racionalidade em meio ao espectro insano que me faz ser um idiota, viro-me sem escutar de verdade a reclamação de Bakugou antes de atacar seus lábios com os meus. Beijo-o como se minha vida dependesse disso e agradeço aos céus por ele me corresponder na mesma intensidade.

Vocês devem se perguntar o porquê disso, mas eu mesmo não tenho certeza de como explicar.

Sinto a língua do herói se enrolando com a minha, numa batalha que eu preferia ter como única no dia de hoje. O sabor de sua boca é sempre tão viciante, talvez seja por isso que eu quero prová-lo uma vez mais.

Não somente uma vez, eu quero provar muito mais vezes. É um lembrete, de como não posso ser imprudente, deixando-me levar por instintos toscos de insanidade e prepotência, colo nossos corpos, sentindo a caixa que ele guardou dentro do uniforme, justamente porque quero ter uma lembrança vívida daquilo que eu almejo possuir por completo depois que tudo isso acabar. Eu não posso morrer, portanto, não posso fazer com que essa possibilidade exista.

Não vou estragar tudo, porque eu ainda preciso dizer muitas coisas e mostrar muitas coisas a esse herói idiota que me faz perder o ar com suas mãos puxando meu cabelo, felizmente, não para me afastar como eu penso que deveria.

Eu imagino que vocês concordem com isso, não sumam agora, eu preciso que se mantenham ao meu lado para que eu não faça merda.

Quando o ar fica escasso demais para continuar, nos separamos com as testas coladas e as respirações ofegantes. Tento ao máximo respirar fundo para dizer mais uma coisa a Katsuki antes de finalmente nos virarmos para o verdadeiro inferno que esta luta vai nos prover, mas ao passo de que abro a boca para falar, sinto o cano de uma arma gelando em minha coluna, levando-me ao reflexo de ativar a individualidade no instante em que dois tiros são disparados contra o meu corpo.

– Vocês não vão me impedir de cumprir a missão, babacas de merda – Essa voz não me é estranha, mas o tom debochado me causa arrepios e sinto como se estivesse provando o gosto do meu próprio veneno ao ter algo assim entoado para mim, e não o contrário.

Redheaded Mercenary || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora