Narrado por Kirishima Eijirou – Alguns dias depois
Acordo e me mantenho deitado com os olhos fechados enquanto sinto a dor se alastrar por meu crânio e toda a extensão do meu pescoço. Respiro fundo antes de me sentar ainda sem abrir os olhos e levo algum tempo antes de despertar por completo pra me levantar.
Sigo para o banheiro a fim de realizar algumas acrobacias pra mijar com essa ereção matinal e depois vou até a cozinha para procurar algo para comer. Não me importo de estar apenas de cueca já que os únicos enxeridos por aqui são vocês leitores, creio que vocês devem se importar menos ainda.
Abro a geladeira e me deparo com a pizza que havia pedido ontem, pego um pedaço da pizza de brócolis e como em poucos segundos, já pegando outro pedaço para levar comigo. Encho uma xícara com café e tomo rapidamente se me importar com o sabor insosso do líquido que deveria estar quente para ser aceitável. Termino de comer e olho pela janela constatando algo que eu já esperava, dormi por muitas horas e agora o sol já está quase se pondo no horizonte, deixando as ruas cada vez mais desertas e aterrorizadoras.
Eu ainda preciso escolher o que vou usar amanhã, o trabalho vai ser grande e pelo jeito vou ter que ser mais incisivo do que de costume. Uma sniper talvez seja suficiente para que eu possa atuar sem ter que realmente me aproximar da situação, mas alguns adendos podem ser úteis caso eu decida chegar ao ápice do problema pra resolver tudo com minhas próprias mãos, o que de fato é mais gratificante pra mim do que qualquer outra coisa.
Bebo o restante do café frio e seguro a caneca vazia para encher com um refrigerante de limão que há na geladeira, abro um dos armários e pego o frasco com meus remédios deixando os dois últimos comprimidos sobre a minha mão. Isso é um problema, minha visita ao Haku com certeza será inadiável e sinto raiva só de pensar em olhar na cara daquele idiota. Não tenho dúvidas de que ele vai vir me encher o saco de novo sobre a medicação, mas desde que eu tenha essa porra, não to interessado em mais nada.
Engulo os comprimidos tomando alguns goles do refrigerante e deixo a caneca sobre a mesa, arrastando meus pés descalços pelo chão até me aproximar da maleta de dinheiro que está no canto da sala. Pego-a e levo comigo para o quarto deixando-a sobre a cama enquanto busco meus tênis para treinar. Calço as meias e os sapatos, ainda ficando somente com a boxer vermelha, treinar pelado é interessante, mas se eu não usar a cueca meu pau vai ficar balançando pra todo lado e isso vai me desconcentrar.
Depois de amarrar os cadarços me levanto pegando novamente a maleta e abro o alçapão que há no quarto para descer as escadas até o subsolo. Minha casa é uma completa zona de guerra, mas a parte subterrânea é completamente organizada e limpa, algo que eu mesmo não entendo o porquê. Bom, isso não importa.
Olho para os aparelhos de musculação que troquei recentemente, as anilhas que consegui com Haku tem o peso mínimo de 20kg e chegam até 50kg, me ajudando na hora de puxar os ferros sem me preocupar de já ter alcançado o limite de qualquer academia normal. Largo a maleta no canto do espaço e me dirijo para a esteira a fim de começar com meu treinamento aeróbico, subo no aparelho e já deixo na velocidade que preciso, 17 km/h. Começo a correr sem muito esforço e me concentro nas passadas longas sobre a lona que gira rapidamente me levando a manter o ritmo, meus pés fazem um barulho incessante ao bater com força na esteira e fico aliviado por esse aparelho aguentar meu peso.
Alguns minutos se passam e eu começo a ficar perturbado com as vozes que surgem na minha cabeça ora ou outra, cabecinha vermelha mercenária? Que porra é essa? Balanço a cabeça sentindo os fios do meu cabelo grudando na minha nuca e no meu rosto, aperto alguns botões no mp3 da esteira ainda correndo e logo uma música começa a soar nos alto falantes para ocupar a minha mente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Redheaded Mercenary || KiriBaku
FanficLivro 1 (Concluído) Kirishima Ejirou, o temido anti herói Red Riot, não se importa com as regras toscas, impostas pela sociedade para proteger a "moral". Seu trabalho, tem um preço, assim como os heróis, mas ao contrário do código ético dos mocinho...