Hey hey hey! Bom dia!
Esse capítulo ficou muito grande porque eu quis colocar muitas coisas desnecessárias, falo mesmo, então vou dividir ele em duas partes.
Boa leitura!
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Narrado por Kirishima Eijirou
Sinto a respiração do loiro de olhos enegrecidos na minha frente e a risada insana que ele dispõe após minha ameaça me dá nos nervos. Raian Kure está no top 3 dos assassinos mais cotados e bem sucedidos no submundo japonês, mas eu estou uma posição acima dele, então creio que não há muito o que ele pode fazer quanto a isso.
Querem saber quem é o top 1? Bom... Eu acho melhor nem revelar isso ainda, mas qualquer dia a gente volta nesse assunto.
Tenho vontade de rir ao pensar em algo engraçado, no meu mundo eu sou mais foda no ranking do que o Bakugou que, segundo informações irrelevantes, está só entre os 10 melhores. Ai, como sou demais!
Não demora para que meu sorriso morra no meio do caminho, levando-me a fazer uma careta contrariada com outra conclusão que chega na minha mente nesse meio tempo. Ser tão famoso assim me deixa na mira de muitos outros que gostariam de estar melhores na fita e ganhando mais trabalhos. O perigo chega a ser prejudicial não só a mim, mas a quem estiver ao meu redor.
Merda de vida infernal do caralho, maldita a hora em que cedi aos encantos da facilidade de ser um mercenário. O que são meras vidas humanas quando se tem montanhas de dinheiro para escolher não preserva-las? Porra, eu sou um merda.
– Então, em quarenta minutos, na arena do torneio de aniquilação do subsolo. Estarei esperando ansioso para quebrar seus ossos e mostrar que essa sua individualidade inútil não serve de nada quando eu estiver no auge – Raian sibila estralando o pescoço novamente, arregalando aqueles olhos negros para mim junto com o sorriso sádico que aumenta em seu rosto – Vamos ver, quando a sua menininha estiver nas minhas mãos, você não será mais o segundo melhor, nem chegará perto de ser o primeiro.
Com isso, os capangas saem de perto levando o dinheiro nas malas e o Kure vai atrás, dando risada e comentando sobre coisas aleatórias com os colegas enquanto se afasta, a fim de preparar as coisas para o combate.
Fico parado sentindo meu corpo tremer de ódio e meus olhos encherem-se de lágrimas pela tristeza, ainda que meu sorriso demonstre a mais pura alegria insana por conta da porradaria. Certo, são muitos sentimentos de uma vez só, eu mal presto atenção ao meu redor enquanto tento organizar as emoções conflituosas que me deixam travado como um idiota.
Eles querem a Kyoko, isso é óbvio e eu nunca duvidei que pudesse haver esse preceito. Sabem que ela é poderosa e pode agir como arma dependendo do contexto, o que na minha visão, nunca poderia acontecer. É só uma criança, uma garotinha que não merece nada do que vive e também, não merecia ter alguém tão idiota como seu responsável. A vida dela depende da minha vitória agora e, por breves instantes, minha racionalidade luta com meu instinto profano, tentando debater os prós e contras de aceder a mais uma dose da medicação para que minhas habilidades se tornem ainda mais profusas na hora de descer o cacete nesse porra.
Meu rosto se contorce em caretas meio estranhas enquanto o sorriso luta com a vontade de rosnar irado e de chorar angustiado, a pálpebra inferior direita pulsa fazendo meu olho piscar com um tique nervoso e sinto a musculatura ameaçando enrijecer com a quirk, a cada instante que o descontrole se torna mais próximo de me tomar por completo.
– Red, 'cê 'tá doido, cara... O Raian é muito bom na arena, ele está invicto a muito... – Ouço a voz de Tetsutetsu um tanto distante ao meu lado e sua mão pousa no meu ombro, me levando a recuar por uma onda de pânico que sinto de repente com o toque repentino. Meus olhos focam no rosto confuso do outro e tenho vontade de gritar com ele, porém nada sai da minha boca, o nó em minha garganta não combina com a curva sinistra nos lábios que faz minhas bochechas doerem.
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Redheaded Mercenary || KiriBaku
FanfictionLivro 1 (Concluído) Kirishima Ejirou, o temido anti herói Red Riot, não se importa com as regras toscas, impostas pela sociedade para proteger a "moral". Seu trabalho, tem um preço, assim como os heróis, mas ao contrário do código ético dos mocinho...