Redheaded Mercenary || KiriBaku

Capítulo 7 - Escarcéu Despudorado

Narrado por Bakugou Katsuki

Olho ao redor com cautela, ainda que seja fim de tarde e a calmaria reine no centro empresarial onde estamos alocados desta vez. Suspiro frustrado caminhando ao lado de Midoriya enquanto penso na ação toda que devo estar perdendo na área em que costumo estar, aquele puto do Endeavor não deveria ter tirado os melhores heróis do local onde a demanda é grande, os idiotas que devem estar nos substituindo provavelmente não vão levar tudo como nós.

- Ainda pensando sobre o cara do beco? – Deku questiona olhando para mim apenas pelo canto dos olhos enquanto acena sorridente para algumas crianças aleatórias pela praça. Rosno baixo pela raiva de ser lembrado disso logo quando estou ocupado ficando puto com outros motivos.

- Vai se foder, eu não quero falar dessa merda – Reclamo soltando o ar e apertando os punhos levemente, sentindo o ranger das luvas com o movimento. Eu ainda não consigo aceitar a resposta de Endeavor ontem, como ele pode simplesmente cagar para algo tão grave? E eu ainda preciso ter minha chance de lutar mano a mano com esse idiota que se acha o tal. Eu paro de andar quando nos aproximamos de um dos postes bem no centro da praça pública e Izuku me lança um olhar severo que já me deixa ciente do sermão que vem por ai.

- Então tira essa cara feia do rosto e seja amigável, um herói ta sempre sorrindo pra passar segurança – Ele declara com aquele tom de voz dramático de sempre,  me lembra até mesmo o quatro olhos ligeirinho quando ficava ditando regras de representando pra todo mundo. Fecho meus dedos e junto as digitais como se fosse uma boca falando e debocho de sua pose fajuta de All Might.

- Mimimimi, que grande bosta Deku, vai se foder – Ralho com ele e já estou me preparando psicologicamente para sua ladainha quando escuto um estrondo do outro lado da área aberta. Olho na direção ao mesmo tempo que Izuku e podemos ver uma grande barreira de gelo se formando na terceira rua do cruzamento para a próxima área. Me preparo correr antes mesmo de escutar a voz de Shouto soando no comunicador.

“Preciso de reforço aqui, evacuem os civis”

Izuku não é rápido o suficiente e acaba ficando para trás para evacuar a área enquanto eu corro com passadas longas até o outro lado da praça, pulo alguns bancos facilmente e chego no local onde Todoroki está parado em posição de combate, uns ruídos altos e estranhos ecoam mais alto por ali e é notável que se trata do que está por trás da barreira grossa de gelo.

Me posiciono com os pés bem abertos e as mãos em punhos não muito firmes, não sei ainda se de fato usarei minhas mãos ou as explosões, mas me mantenho preparado para os dois. Olho para o bicolor com cautela, sem tirar meus olhos do que temos à nossa frente.

- Contra o que estamos lutando? – Questiono observando o gelo que começa a se partir, seja o que for, vai render meu dia.

- São muitos – Só há tempo de ouvir essas palavras vindas de Todoroki antes que o gelo se rompesse por completo revelando um grande monstro estranho. Ele não era como os Nomu que enfrentamos a muito tempo atrás, era simplesmente um gigante de 2 metros feito de concreto, eu diria até mesmo que o próprio Cementos faria um desses, mas me lembro que sua individualidade não se tornaria algo relativamente vivo.

Outras criaturas como essa continuam a surgir e Todoroki começa a conter alguns congelando-os como pode, vejo que além dos monstros de pedra há cerca de 4 pessoas com uniformes todos iguais, desde quando os vilões pensam que são os x-men? Rosno sentindo a adrenalina chegar ao meu corpo e lanço explosões nos dois monstros de pedra que se aproximavam de mim. Com destreza eu corro o mais rápido possível até o primeiro vilão e ele sorri convencido estirando espinhos por todo o seu corpo em uma posição defensiva, eu acho graça de sua burrice e apenas me lanço contra ele fingindo que irei tentar soca-lo, quando ele aproveita para avançar como eu imaginava, mudo meu trajeto com duas explosões pulando por cima dele e parando no chão a tempo de chutar seu joelho por trás. Ele cai desnorteado pela rapidez do movimento e eu aproveito o momento para concentrar uma explosão em suas costas que quebra boa parte dos espinhos enquanto o faz cair choramingando pelas queimaduras.