Jin
Uma semana depois…
Deitado na cama, me remexi mais uma vez, puxando o cobertor para mais perto. Eu não queria, ficar aqui, como se o mundo tivesse acabado, mas parte dele se foi, e eu não sei o que pensar. Não sei o que fazer perante essa situação. Tem uma angústia que não me deixa. Todas as vezes que eu tento pensar em me mover, ela me toma, me fazendo parecer um brinquedo nas mãos da vida.
Ouço a porta abrir. Deve ser Namjoon. Desde que Jeon, veio dar a notícia da morte da minha mãe, ele não sai de perto. Fica calculando cada passo que eu dou. Ele sempre repete que eu importo, que eu mereço ser feliz, e eu sei que ele podia me fazer feliz, pelo menos, eu sei que tenho sentimentos por ele. Não sei quais são, nem em que intensidade. Mas, eles existem, e é muito mais do que eu posso falar de qualquer outra pessoa.
ー Vamos, tire esse cobertor do rosto, você precisa comer ー Ouvi a voz grave dizer. Descobri o rosto com muito cuidado, observando a bandeja de comida, pousada na cama.
ー Eu não estou com fome, obrigado ー E voltei a me cobrir. Ouvi Namjoon suspirar, e se aproximar. Depois o cobertor foi puxado, mostrando parte do meu dorso, que estava desnudo, e a barriguinha, já um pouco saliente ー Você está louco?
ーEstou. Louco, completamente. E a culpa é sua. Tem um bebê ai dentro, e ele deve estar com fome, então levante, e coma ー Namjoon soltou a ponta do cobertor, e eu pude me ajeitar na cama. Senti uma pontada no peito. Não posso esquecer do bebê, não posso ser tão cruel assim.
ー Acho que vou ser um pai terrível ー Abaixei minha cabeça, sentindo o peso que isso tinha dentro de mim.
ー Não diga isso, ele vai ouvir ー Namjoon, se sentou do meu lado. Pegou minha mão, e a beijou ー Todo pai principiante diz isso. É normal, isso só prova, que você se preocupa, e é tudo que uma criança precisa, de alguém que se importe, e cuide dela.
Será que é verdade? Eu não sei se consigo.
Assenti, sem jeito, e me servi de suco. Tomei até a metade do copo, e comi uma torrada, bem amanteigada, assim como eu gosto. Meu estômago agradeceu na mesma hora. Eu estava com fome, e nem notei. Ou melhor, ele ou ela estava com fome. Não posso mais só pensar em mim. Eu tomei a decisão de levar isso adiante, tenho que ir até o fim, e me responsabilizar por isso. Mesmo sozinho… Olhei para namjoon, que me assistia comer. sim, eu estava sozinho, não posso o meter nessa loucura que é minha vida.
ーJeon te disse, quanto tempo vou ficar aqui? ー Perguntei.
ー Não, mas acho que até o assassino ser definitivamente capturado ー O loiro respondeu ー Ou, nunca, que é minha alternativa favorita.
ーVocê... pare com isso ー Pedi, já constrangido.
ー Vamos sair. Se arrume ー Namjoon se levantou. O olhei, confuso.
ー Sair?
ー Sim, vamos a uma exposição de flores, é em uma vila, acho que no caminho para Busan ー Ele respondeu, como se não houvesse questionamentos.
ー Minha mãe morreu, e você quer que eu vá ver flores? ー Perguntei, embasbacado.
ーVai ser ótimo, você precisa sair de casa, e o bebê precisa de sol ー Franzi o cenho ー Vou me arrumar, espero você na sala, daqui a vinte minutos?
ー Tá, mas voltamos antes do fim da tarde ー Eu respondi. Ele assentiu, e saiu.
Que droga! Agora eu tinha mesmo que ir. Deitei mais uma vez, e passei a mão no volume da minha barriga. Eu sinto muito, bebê, você merecia um pai melhor. Suspirei.
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.ESCAPE. (jikook, ABO) .Concluída.
FanfictionJeon Jungkook, alfa, ex Idol. Abandona a carreira de sucesso para assumir a empresa da família, a Elysium, uma das melhores agências de entretenimento na coreia. Seu irmão some, e a vingança aparece. Por um impasse do destino, conhece Park Jimin, u...