30. O choro que acalma

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Jungkook.

Deixei Jimin subir as escadas, procurando a mãe, e fui falar com meus homens. O trajeto até o aeroporto deveria ser feito com cuidado, e de toda forma não posso deixar que meu lobinho corra perigo, e muito menos minha sogra. Noite passada, tive um sonho, dos muitos que já tive, mas dessa vez, acordei com uma intuição persistente de que algo ia acontecer, esse pensamento não me sai da cabeça.

— Senhor Jeon, está tudo pronto — Disse Lin, o líder dos meus guardas.

— Reforçou a área 2? O jatinho vai sair do portão 4, quero todos apostos — Ele assentiu — Ótimo, obrigado!

— Lin, não esqueça, se algo der errado, alguém vai pagar — Sorri, fingindo simpatia. Eu sei ser um desgraçado quando me convém.

— Não haverá erros — Ele deixou a voz grave ecoar.

— Certo, vou procurar o meu omega, e logo desço — Me virei, encarando a escada grande de espiral. Lembro, que essa casa foi me dada pela minha mãe, era da minha avó, ela viveu aqui até sua morte, a 4 anos atrás. Eu amava minha avó. Mesmo nascendo em uma família rica, como eu, ela era extremamente simples. Carregava um bom coração, e fazia os melhores bolos de laranja que alguém poderia experimentar.

Respirei fundo, e subi o primeiro degrau.

Sons de bala, zurinam nos meus ouvidos, e a porta foi escancarada, sobrando apenas o pedaço de madeira amarela no chão. Na mesma hora, três homens me apontavam as armas, mas foram superientendidos pelos meus guardas, que imobilizaram dois deles. Um ultimo, apontou a arma em minha direção, me deixando paralisado. Ouvi o barulho da arma ser disparada, e meu corpo ser jogado contra o chão frio de mármore. Pensei ser ter sido atingido, mas quando abri os olhos, me dei conta que Lin, estava sobre mim, me protegendo. Senti o cheiro forte de sangue, e afastei seu corpo. Ele tinha sido atingido. Cerrei o maxilar, e rapidamente, peguei a arma das mãos de Lin, mirando na direção do homem encapuzado na minha frente. Não pensei duas vezes antes de atirar em seu ombro, fazendo ele ficar surpreso, e cair para trás, aumentando a trilha de sangue. Os meus outros seguranças, tinham os outros dois homens bem presos, amarrados no chão.

— O que devemos fazer, senhor Jeon? — Me perguntou Brian, que se mantinha em postura, esperando minhas ordens. Eu, estanquei o ferimento no peito de Lin, e me virei, encarando Brian.

— Ligue para a emergência, Lin foi atingido — Ouvi tiros no andar de cima, e percebi que algo poderia ter acontecido lá também  — Peça reforços, ligue para a policia.  

Sai correndo, antes que le confirmasse, subindo os degraus da escada o mais rápido que minhas pernas conseguiam. Assim que cheguei no primeiro andar, percebi que a movimentação, e as vozes, vinham de cima. Me preocupei imediatamente. "Por favor, que Jimin esteja bem."

Segurei a arma bem forte com minhas duas mãos, subi a pequena escada que dava para o sótão, lembrando que era aqui que eu brincava, junto com o meu irmão, quando ainda eramos muito pequenos. Mesmo que a saudade me abalasse, eu ainda tinha uma coisa bem clara na mente: Manter a segurança do meu pequeno.

Subi em silencio, pisando leve no chão de madeira, ficando na metade dela, observando o que acontecia no comodo. Jimin, chorava sem parar, seu nariz vermelho e as mãos juntas, como se implorasse a alguém. Olhei mais adiante, sua mãe, estava sentada em uma cadeira de madeira clara, amarrada, refém de uma mulher muito baixa, que mantinha os olhos bem atentos no lobinho. Ela parecia se divertir com o desespero dele, e isso me dava um nojo crescente, me fazendo apertar ainda mais a arma.

— Pequeno Jimin, como pode me pedir isso? Trocar você pela sua mãe? Já disse, eu vou ter os dois — Ouvi a voz vinda do canto esquerdo da sala. Era ele, o pai de Jimin.

.ESCAPE. (jikook, ABO) .Concluída.Onde histórias criam vida. Descubra agora