.ESCAPE. (jikook, ABO) .Concluída.

37. Enterre o que já morreu

Deitado de bruços em uma cama cheia de arabescos dourados, Seokjin, se sentia perdido. Sua cabeça doía, enquanto seus pés latejavam pelas pesadas correntes presas a eles. Dois dias se passaram desde que o omega chegou naquele lugar. Desde então, soube de pouca coisa, e uma dessas, descobriu pela beta que lhe veio deixar comida, que Jimin, também estava ali. A notícia não lhe animou muito, mas talvez se conseguisse encontrar o amigo, poderiam conseguir fugir juntos.

Jin, temia pelo filho na sua barriga, e também por si mesmo. A falta que sentia de Namjoon, o fazia chorar até dormir, e o medo, deixava-o em estado de estupor por minutos, sem conseguir medir os pensamentos e as sensações, enquanto nem um mísero músculo se mexia ao encarar o tapete felpudo negro do chão.

Se sentou na cama e alisou o pequeno volume em sua barriga, queria poder sentir o cheiro do seu bebê, mas ainda faltavam mais 3 meses para que ele conseguisse distinguir a classificação, e assim saber como seria o cheiro característico do seu lobinho. Mesmo assim, quando ainda estava em casa, ele sentia como o filhote se acalmava quando Namjoon beijava sua barriga e lhe cantava baixinho. Essas lembranças, poderiam parecer tortuosas, e às vezes deixavam o omega em pânico, mas, a esperança contida nelas, o fazia acordar de manhã com força o suficientes para continuar.

A porta, se abriu, dando a Jin a visão da beta que sempre vinha "cuidar" de si. Ele a olhou sem muita expressão, tentando adivinhar o que ela iria querer dessa vez.

ーLevanta, omega! ー Ela sorriu, se aproximando bem devagar.

Jin, se encolheu, observando a beta tirar as correntes dos seus pés e puxar pelo pescoço, o imobilizando.

ーPara onde vamos? ーPerguntou o ômega, sentindo o enjoo subir pela garganta ーPode me deixar falar com Jimin? eu sei que ele está aqui.

ーAh, aquele omega novo é seu amigo? Ele deve estar mal, quer dizer, ninguém fica bem nas mãos daquele alfa ー A beta, puxou jin para mais perto, fazendo ele se encolher, o guiando para fora do quarto ー Acho que você sabe de quem eu estou falando, soube que ele te recebeu.

ーSim, eu sei quem é ー E só de saber que Jimin estava nas mãos do alfa horrendo que lhe golpeou na cabeça, tirando até mesmo sangue do ferimento, sua vontade era apenas de chorar por horas, enquanto se sentia inútil ー Então, para onde está me levando?

ーPara o seu dono ー Jin, sabia exatamente a quem ela estava se referindo. Ele sabia que em algum momento Jung sook viria, ele não perderia a oportunidade de tortura-lo.

Sendo levado à força pelo corredor escuro, o ômega olhava todos os detalhes ao seu redor, assistindo os quartos de portas pretas passarem por infinitos cômodos. Subiram dois lances de escadas, sempre no mesmo tom misterioso ao redor, Jin atento ao caminho, querendo saber mais sobre onde Jimin poderia estar, e nervoso por saber que encararia o próprio mal em pessoa.

Dobrando a direita duas vezes, Seokjin se viu em um cômodo enorme, com poltronas vermelha de um lado, e uma parede, extremamente macabra, abarrotada de quadros, deixando que um deles, ao centro, chamasse bastante atenção pelo conteúdo perturbador. A cor vermelha, que jorrava dele, tinha chances reais de ser sangue, o que fez o omega se arrepiar dos pés a cabeça, lembrando do hábito macabro do alfa. Jung Sook, era sem dúvida, o pior ser humano que já encontrou em toda a vida.

Quando se viu de frente a porta dourada, ouviu a beta sussurrar em seu ouvido "Boa sorte, omega!" deixando sua aflição piorar. Ela bateu na porta, e através dela, ouviu a ordem para que essa fosse aberta. Quando se viu lá dentro, Jin percebeu que nada era tão estranho do que aquela sala, refletindo totalmente a personalidade perturbadora do seu "Dono." Com os móveis modernos em preto, e conjuntos de mais quadros vermelhos, ao qual o ômega posou para muitos, inclusive o que estava estendido acima da mesa de vidro, onde Jin, estava completamente nu, coberto de fios de sangue por todo o corpo, era sempre um desprazer se ver daquele jeito, e pior, lembrar do momento terrível em que os quadros foram pintados.