24. bônus: terceira opção.

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Jungkook

*Flash back*

A mulher a minha frente, era uma idosa, uma aparente doce e comum idosa. O sangue, escorria pelo chão do quarto, iluminado pela janela coberta de flores. Era a mesma imagem. De novo, o assassino me faz ver sempre o mesmo quadro. As manchas vermelhas, se sobrepõe ao branco da parede. O buraco onde a bala foi gravada, ainda estava dilacerado. Uma parte de mim, quis fechar os olhos, quis me proibir de ver alguém morto, exatamente como ele. Ele, meu irmão. Yeonseo. 

Lembro, quando eu tinha completado 7 anos, e os meninos da escola se recusavam a brincar comigo, parte por eu ser um garoto calado e parte por ser o “rico” ou “mauricinho”. Me viam como alguém extremamente diferente deles, e eu, só queria um amigo, ou melhor, eu  não queria ficar só. Porque estar só, era sinônimo de não existir. Quando meu irmão, me viu sozinho, acuado em um canto, ele simplesmente riu da minha cara, como se eu fosse uma piada pronta. Eu me enfureci, e o empurrei, gritando que o odiava. Nunca tinha chorado na frente de ninguém antes, quem dirá gritar assim, como se eu fosse o maior exemplo de coragem do mundo. Mas, me senti tão ofendido, que continuei a esbravejar, enquanto o Yeonseo, apenas continuou com o sorriso nos lábios, e o silêncio. Depois de cansar, e me jogar em um canto, na grama fria, o perguntei do porque, logo ele, estar rindo. Meu irmão, chegou mais perto e disse, “Porque você é fofo, Jovem Jeon”, e passou as mãos nos meus cabelos, “Eu já fui fofo, mas aprendi a rugir, um dia... vai chegar sua hora”. E me deixou só, analisando suas palavras, que para o eu de 7 anos, não fizeram sentido nenhum. 

Hoje, me sinto aquela criança, mas estou sozinho, e não sei se posso mudar isso. Não tenho meu irmão para gritar até cansar, ou para alisar meus cabelos. Não posso ser o Jungkook que chora, nem o que ruge. Minhas mãos estão atadas, e me sinto perdido, quase em choque. Achei mesmo que ia conseguir? “Não se pode salvar todos” minha mente repetia, enquanto eu me retirava a passos pesados daquele hospital. 

Entrei no meu carro, e dirigi, tentando manter os olhos na estrada, enquanto a cabeça seguia perturbada. Parei de frente a casa de jardim, onde uma grande árvore fazia parte da entrada. Sempre me perguntei como Namjoon, um homem tão sério, mora em uma casa que mais parece de brinquedo. Estacionei, desci do carro, abri o pequeno portão, que estava sempre aberto, e antes de me aperceber, estava tocando a campainha. 

O que eu diria? Seokjin provavelmente acabou de chegar, está tentando se adequar a casa. Sinto a pena me corroer. Pense bem, Jeon, antes de cada palavra, pense duas vezes. 

A porta se abriu, e meu amigo, sorria com as covinhas a mostra, certamente animado pelo favor de ter Seokjin ali, junto dele. Nesse momento, me sinto como a próprio ceifador. Observo a felicidade bem assim, na minha frente, como uma pequena borboleta voando livre, e com o peso da destruição, ergo meus punhos e a esmago, com a maior força que tenho. Sinto muito! 

 ー Entre logo, Jungkook-ssi, logo vai esfriar  ー Namjoon falou da porta, me olhando, curioso ー Vamos, se apresse. 

Abaixei minha cabeça, e pé ante pé, fui entrando na casa de brinquedo. Toctoc, sou eu, a realidade. Suspirei  mais uma vez, e ajeitei os ombros. 

 ー Onde está Seokjin?  ー Perguntei, já conformado com o que viria a seguir. 

 ー Está no quarto, acho que acabou de se sentar, comeu um pote inteiro de sorvete  ー Meu amigo me disse, sorrindo, como se falasse de uma criança preciosa. 

 ー Acho melhor você chamá-lo  ー Eu lhe lancei o olhar de “Tudo deu errado”. 

 ー O que aconteceu?  ー Namjoon perguntou. 

.ESCAPE. (jikook, ABO) .Concluída.Onde histórias criam vida. Descubra agora