MARLENE MCKINNON

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Eu não dormi a noite toda, toda vez que eu fechava meus olhos lembranças vinham na minha cabeça; eu tinha quinze anos, era uma festa de comemoração porque James agarrara o Pomo debaixo do nariz do apanhador da Sonserina e Grifinória havia ganhado de quatrocentos e cinquenta pontos a trezentos. Sirius estava sentado ao meu lado, o sorriso perfeito, os olhos escuros, o desenho perfeito de seu rosto estavam em minha mente. Nós nos beijamos, aliás, ele me beijou na frente de todos. Foi um espanto porque havia um grupinho de garotas que estava olhando e acenando para ele, a comemoração durou quase a noite toda e com os dormitórios vazios eu aproveitei para subir ao dele.
Ele estava deitado lá, já em sua cama em seu quarto vazio enquanto os outros garotos estavam se divertindo aproveitando a vitória na sala comunal.
-O que está fazendo aqui? – ele perguntou surpreso quando atravessei o quarto. Eu não sabia direito o que tinha me levado ali, não tinha ideia de onde eu havia tirado coragem para invadir o dormitório dos meninos em busca dele, mas eu sabia que precisava encontrá-lo e continuar a beijá-lo.
Foi o que eu fiz enquanto ele estava com aquela cara abobalhada tentando entender o que eu estava fazendo naquele quarto. Pulei em seu colo beijando-o, suas mão seguraram em minha cintura e me puxaram mais contra si. O nosso beijo era quente e intenso, eu o puxava para mim como se precisasse mais e mais dele. Sirius ainda apertando minha cintura me prensou contra si e eu o senti, excitado por mim. Paramos de nos beijar e eu o encarei respirando forte.
-Não precisa fazer nada que não queira... – ele sussurrou enquanto acariciou meu rosto, eu estava com uma perna de cada lado de sua cintura.
-Você... você já fez? – Eu quis saber, quis muito saber antes de ir adiante, mas ele pareceu incerto se deveria ou não me responder, de qualquer forma, decidiu me contar a verdade.
-Já. – Respondeu rapidamente esperando pela minha resposta, engoli em seco como se tivesse levado um soco no estomago. Porque eu não conseguia imaginar ele com mais ninguém além de mim.
-Eu quero! – Respondi firme e decidida, o que o deixou muito feliz pois segurando minha nuca me puxou novamente para baixo me beijando, eu não sabia o que fazer, estava apavorada, mas eu o queria tanto, meu corpo o queria, minha mente o queria, meu coração... ainda com as mãos dele na minha cintura rebolei para pode-lo sentir mais ele em mim, e percebi que fiz algo bom pois ele arfou e em seguida desceu seus lábios pelo meu pescoço, senti um arrepio atravessar minha espinha, algo que nunca senti antes e então com rapidez e agilidade ele me deitou em baixo de si em sua cama.
-E se eles chegarem? – perguntei nervosa.
-Não vão, James sempre fica até o último gole de Whisky. – respondeu sussurrando em meu pescoço, sua mão desceu até "lá" e eu me assustei. – Shhh... relaxa, Marls.
-Sirius, eu nunca... ninguém nunca me viu... – eu mal sabia o que dizer, mas ele entendeu perfeitamente.
-É maravilhoso saber disso, saber que seu corpo é meu, você é linda, perfeita, então relaxa e me deixa cuidar de você, ok?
Eu apenas balancei a cabeça recebendo outro beijo delicioso. Sirius nos conduziu todo momento, ele sabia exatamente o que fazer, como fazer, como se realmente conhecesse meu corpo, meus desejos, tudo. Acordei no dia seguinte com minha cabeça deitada em seu peito nu, eu estava nua. A cortina ao nosso redor estava fechada e eu dei graças a Deus por isso porque sabia que os meninos já haviam voltado para o quarto.

Desci as escadas do dormitório, ainda era cedo. Droga, muito cedo. Ainda era cinco e meia, mas eu queria despachar uma coruja para meus pais e o quanto antes, melhor. Diria a eles que na próxima férias estava pensando em levar um amigo para casa, seria uma surpresa e tanto para eles pois foi para mim. Me vi pensando em todas as coisas que James me disse e conversando ontem com Sirius me senti pior, ele mantinha um sorriso no rosto, contava e ria das minhas piadas como se não estivesse passando por problema algum. Seria legal apresentar para ele meu mundo, ou parte do meu mundo.  Obviamente, eu pensei que seria um risco novamente deixar Sirius se aproximar, mas, bom, já fomos amigos uma vez.
-Estou um caco, tem folhas até onde não deveria ter. – eu ouvi James reclamar, espera, o que eles estavam fazendo? 
-Ainda tem pedaços de carne nos meus dentes. – dessa vez foi Remus que reclamou, a voz estava diferente, ele parecia exausto como se tivesse passado a noite fora.
-Bom, garotos, estou um lixo, melhor subirmos para o dormitório. – era ele, Sirius.
-Você precisa parar de se coçar, Pads! – James disse – venha até aqui.
-Não sofro nada quando volto poderia viver assim para sempre – Peter disse muito contente com seja lá o que eles estivessem falando. Eu sei que é muito feio ouvir a conversa dos outros, mas quem se importa? Eu queria mesmo saber do que eles estavam falando.
-Elas me mordem e incomodam – Sirius disse parecendo estar sofrendo, James, Remus e Peter deram risadas. – vou tomar um banho pois elas devem estar nos meus cabelos.
Ouvi os passos deles e me colei a parede escondida nas sombras. Quando os três passaram eu tomei um susto, estavam péssimos. James estava com uma roupa totalmente rasgada, Remus sangrava por todo o corpo especialmente no rosto havia sangue. E Sirius... ele estava todo avermelhado e eu notei porque ele estava sem camisa e... o que? Ele tem tatuagens! No peito algumas e nas costas também, não consegui enxergar muito claramente, mas gostaria de saber o que elas significam por que eu já vira aquele corpo nu diversas vezes, eu já beijara aquele corpo diversas vezes e sei muito bem que essas tatuagens não estavam aí a dois anos atrás. E por último passou Peter mexendo nas unhas das mãos como se alguma coisa o incomodasse.
-Estou dizendo, eles estavam horríveis. – reafirmei em um sussurro para Lily, Alice e Dorcas enquanto tomávamos café no salão principal.
-Eu gostaria de descobrir o que os marotos fazem de madrugada fora do castelo.
-Pff, deve ter mulher envolvida – Lily resmungou tomando um grande gole de suco de abobora – se tratando de Potter e Black, tenho certeza! Vejam, eles nem apareceram para tomar o café...
-Remus não faria isso. – Dorcas disse protetora e eu tive que concordar com ela. O que Lily disse faz sentindo, mas eu não sei, eles não pareciam ter acabado de voltar de uma noitada como os trouxas fazem.
-A gente poderia seguir eles para descobrir o que estão fazendo – Dorcas sugeriu me lançando um sorriso.
-Você perdeu o juízo? Se eles são idiotas o bastante para deixar a escola de madrugada, nós deveríamos nos manter longe. – Lily disse – me surpreende James sendo monitor e tendo esse tipo de comportamento, e eu achando que ele havia amadurecido.
Revirei os olhos, Lily sabia ser um pé no saco quando queria.
-Ah, Lily, qual é! Vai ser divertido descobrir o que os garotos fazem na escuridão. – provoquei ela a fazendo rir – bem que eu queria saber qual o segredo deles!
-Eu estou fora! Esse ano teremos N.I.E.M.S e nada vai me impedir de me tornar auror. Frank e eu estamos empenhados estudando juntos. – Alice disse deixando um total de zero pessoas surpresas com aquilo, eu sabia que Alice seria irredutível, mas Lily não, por mais que ela dissesse que odiasse o Potter, eu sabia que ela estava mentindo.
-Vamos, Lily! Não precisaremos deixar o castelo. – implorei, ela me encarou com aqueles lindos olhos verdes não aguentando meu olhar de Bambi.
-Está bem! Vamos perseguir aqueles idiotas! – ela disse erguendo as mãos, Dorcas e eu a abraçamos enquanto gargalhávamos. – Você também não consegue ficar longe do Black, não é?
A minha animação levou um balde de água fria.
-Desculpa, eu escutei o nome do Sirius? – De repente Emilin Buckmann estava parada na minha frente, de pé com as mãos na cintura. Quando ergui os olhos para ela, me surpreendi que ela também havia aberto mão dos longos cabelos loiros, igual eu, mas eu fiz somente porque era as vezes difícil jogar Quadribol com todos aqueles fios voando na minha cara.
-Ah, e desde quando eu sei o que você escuta? – Eu não precisei dizer nada pois Dorcas fez isso por mim, a garota torceu o nariz para a minha amiga.
-Eu só quis saber se estavam falando dele, porque sabem, agora estamos namorando sério!
Nós nos encaramos e por mais que tentássemos nos controlar, demos risada.
-Ah ta! Felicidades. – Meu tom saiu mais irônico do que eu mesma pretendia e ela percebeu, até que não era tão burrinha quanto eu pensei que fosse.
-Eu sei que é difícil para você, Marlene, depois que ele te chutou, mas não quero ter que andar pela escola ouvindo você falando do meu namorado.
Eu me levantei ficando na mesma altura que ela, dessa vez sem dar risada. Eu poderia socar a cara dela da mesma forma que fiz com Belatriz, mas não valeria as minhas detenções.
-Você já conheceu sua querida sogra? – Eu perguntei por que subitamente me lembrei que Emilin era mestiça.
-E o que isso tem a ver com a história? – Chiou irritada.
-Quero saber, pelo que dizem, ela é muito amorosa.
Ela franziu a sobrancelha e demorou para abrir a boca novamente.
-Sim, ela é. A conheci, Sirius me levou em sua casa um pouco antes de começar as aulas, e nós nos demos muito bem – a voz dela falhava enquanto ela tentava manter aquela mentira ridícula. Ela podia estar namorando com Sirius, mas somente na cabeça dela, porque se ela dizia aquilo era porque não tinha ideia de que Sirius não estava mais morando com os pais, o que significava que ele não confiava nela o suficiente para lhe contar sobre seus problemas.
-Então espero que sejam muito felizes. – Tentei o meu melhor sorriso antes de sair dali.
A primeira aula naquela manhã era transfiguração com a Minerva, cutuquei Lily quando os meninos entraram na sala em silêncio, os quatro parecendo extremamente cansados. A aula se iniciou, Minerva estava explicando alguns conceitos e nos fazendo rever algumas teorias que poderiam cair nos exames.
-Noite longa, Sr. Potter? – ela perguntou ríspida – Sr. Black, suponho que tenha adorado transformar o coelho em uma almofada para você dormir na minha aula!
A voz dela aumentou e os lábios se contorceram, estava extremamente furiosa. Peter deu um salto de sua própria cadeira acordando com a voz da professora.
-Des... desculpe – Sirius bocejou coçando o pescoço – eu simplesmente não pude resistir.
A sala conteve uma risadinha. Minerva deu um toque com sua varinha na almofada e ela rapidamente se transformou em um coelho assustado. Claramente, Minerva estava furiosa com o fato deles estarem dormindo na sala, mas pude captar um brilho de orgulho ao ver que ele transformou um coelho em uma perfeita almofada.
-Bom, da próxima vez tomem um pouco de café antes de virem dormir na minha aula. E isso serve para o Sr. também, Pettigrew.
Sirius encontrou meus olhos e eu não consegui evitar sorrir para ele que pareceu estar em choque. Aliás, eu estava em choque comigo mesma, sempre acreditei que ele não passasse de um idiota e sempre me questionei o motivo dele ter sido selecionado para estar na Grifinória quando todos os Black foram e eram da Sonserina, eu deveria ter desconfiado que ele não era como a família dele. Quando a aula finalmente acabou eu disse a Lily que queria tirar algumas dúvidas com a professora Minerva e que ela poderia me esperar na próxima aula, sem contestar ela foi. A verdade é que eu vira Minerva falando com James, Sirius já havia se levantado e deixado a sala com Peter e Remus, os três se arrastando como bêbados.
-Não quero desculpas, Potter. - Pude ouvir ela dizendo, a Prof.ª Mcgonagall era extremamente assustadora quando queria.
-Eu sei, Professora - ele respondeu controlando um bocejo – prometo que irei compensar.
-Muito bem, quero dois pergaminhos de trinta centímetros cada! - Ordenou ela e ele abriu os olhos como se finalmente tivesse despertado – e não me olhe assim, eu poderia tirar cinquenta pontos da Grifinória, de cada um! E as partidas de Quadribol irão começar em breve, não me faça se arrepender de ter nomeado você a capitão.
-Certamente, Professora. - Ele respondeu tentando controlar a língua arrogante, a professora se virou e pareceu surpresa comigo ainda ali fingindo arrumar minha mochila.
-Posso ajudar a encontrar o caminho, Marlene? - Perguntou mantendo o tom áspero na voz e eu temi que ela também me mandasse escrever dois pergaminhos de trinta centímetros.
-Uh, não, claro que não, professora eu só estava arrumando minhas coisas. - Enfiei os livros de qualquer jeito na mochila e saí correndo atrás de James que já estava no corredor. Ele virou para trás assustado quando o chamei aos berros. - Preciso falar com você.
-É sobre Lily? - Se animou rapidamente e eu ri ainda respirando com dificuldade.  
-Não. - Senti em desapontá-lo. A expressão de tristeza que ele fez deu até pena, ah pobre James.
-É sobre Sirius. 
As sobrancelhas escuras dele se ergueram, ele pareceu tenso.
-Sirius? O que quer saber?
Eu não sabia como iniciar aquela conversa até porque James e eu apesar de amigos, nunca falávamos a respeito dos nossos probleminhas sentimentais. Quando Sirius me deixou para ficar com aquela garota, foi James que me consolou, mas eu não me sentia muito bem expondo meus sentimentos nem mesmo para Lily, odiava me sentir fraca, odiava me sentir exposta, mas naquele momento, ele era o mais próximo de Sirius e o único que poderia me ajudar a entender. 
-Você disse que ele não estava mais morando na casa dos pais, que ele saíra de lá por me... por defender pessoas como eu. - Aquilo parecia tão estranho saindo da minha boca.
-Escuta, Marlene, eu não deveria ter dito nada para você! Sirius está passando por problemas e eu só queria que você também não o maltratasse como sempre faz... 
Arregalei os olhos ofendida.
-Eu? Ele está sempre me irritando, me perseguindo e outra, quem me fez de idiota foi ele!
-Que droga, Marlene, será que você não percebeu ainda que ele é apaixonado por você?! - Ele pareceu irritado, quase levando aquilo para o pessoal. Senti como se alguém acabasse de socar meu estomago com força, ele, apaixonado por mim? Então por que ele havia terminado comigo? Se Sirius Órion Black realmente gostava de mim por que ele me deixou? -Apaixonado? Vocês têm um jeito engraçado de nos mostrar isso.
-O que quer dizer com "vocês?" - ele ajeitou a mochila incomodado. Eu dei uma risada.
-Não venha me dizer que Sirius é o único apaixonado da história, você é louco pela Lily e isso qualquer idiota sabe só de olhar para você.
As bochechas dele ficaram vermelhas ao ouvir o nome dela, ele ajeitou os óculos tentando disfarçar o rubor. Uau, não era sempre que se via James Potter baixando a guarda e se mostrando alguém com sentimentos. Ele bagunçou o cabelo e se encostou na parede soltando um suspiro profundo, eu fiz o mesmo.
-Não pode dizer a ele que eu te disse essas coisas, Lene. - Foi o que ele disse depois de alguns segundos em silêncio, finalmente voltou a me encarar - Sirius está sendo punido pela própria família por discordar das coisas em que eles acreditam, além do mais, Regulus se juntou a você-sabe-quem.
Eu fui incapaz de dizer alguma coisa, levei minha mão a boca comprimindo um gemido. Meu coração falhou dentro do peito.
-É, chocante, não é? - ele continuou – imagine seu irmão mais novo se juntando ao um grupo de Comensais e sua família aplaudindo a atitude? Ele tentou persuadir Sirius, quis que Sirius se juntasse a eles, teve uma reunião, certa noite após o término das aulas ele chegou em casa e se deparou com Comensais da morte sentado em volta da mesa conversando, Regulus já tinha a marca.   "Sirius odiou aquilo! Disse que nunca se juntaria a eles, seu pai e sua mãe tentaram obrigá-lo, tentaram... - a voz dele falhou – tentaram usar a maldição Imperius nele e então ele fugiu. Apareceu na minha casa pela madrugada e tem estado lá desde então..."
Eu fiquei calada digerindo aquilo por alguns segundos sem ter ideia do que dizer, do que fazer. Uma pontada de felicidade tocou em meu coração ao imaginar o quão corajoso ele foi enfrentando a própria família, mas logo em seguida uma onda de tristeza e compaixão ao pensar nele, sozinho. Conheci Regulus, era um garoto risonho e inteligente eu deveria ter notado que ele não estava em Hogwarts esse ano.
-Eu escrevi uma carta para os meus pais. - falei forçando a minha voz, James me olhou intrigado – disse que no natal gostaria de levar um amigo para casa. Você acha que ele iria comigo? 
James abriu um sorriso.
-Sirius iria com você para qualquer lugar, Lene. - Respondeu – a questão é, por que você quer que ele vá?
Os olhos dele ficaram sobre mim me pressionando. Bom, estava aí outra coisa que eu estava tentando entender sobre mim mesma, por que senti tanta pena e compaixão? Por que eu quis tanto ajudá-lo, a ficar ao lado dele, a ser gentil com ele mesmo depois do que ele me fez passar? Eu não tinha a resposta para essas perguntas, mas seria legal ajudá-lo a passar por toda essa situação, além disso, acredito que eu tenha me sentido um tanto agradecida por um puro sangue defender nascidos trouxas sem querer nada em troca. 
-Bom, acho que não me mataria um pouco de gentileza, não é? - Foi o que veio a minha cabeça para responder, mas James não estava nada convencido do que eu disse.
-Agora você precisa me ajudar, já que estamos falando de gentileza. Pre... 
-Você quer ajuda para conseguir ficar com Lily – falei o obvio e ele se calou me pedindo ajuda apenas com os olhos – Ok, James! Eu ajudo você, mas só se você deixar de ser um idiota! 
-O que você quer dizer com isso?
-Estou dizendo que você precisa deixar as pessoas em paz, especialmente Snape, apesar do que aconteceu Lily gosta muito dele.
Ele torceu o nariz e bagunçou o cabelo novamente.
-Por quê? Por que ela gosta tanto daquele imbecil? - resmungou parecendo um garotinho mimado, eu dei risada provocando-o.
-Porque eles eram amigos antes mesmo de virem para Hogwarts, por isso. Você deveria respeitar isso, é o primeiro passo para estar com Lily. E tem outra coisa, ela está pensando em sair com Ludo Bagman.
A Boca dele se abriu, mas ele a fechou novamente como se quisesse evitar xingá-lo.
-Você não pode deixar, Lene, ele é um idiota pervertido! Escute, hoje teremos treino de Quadribol e se você levar Lily talvez ela consiga ver o quanto ele é um idiota.
-Posso tentar levar Lily. - Eu disse convencida – Ela irá ver com os próprios olhos.
Eu não conhecia Ludo muito bem, quase não falava com ele por ele ter tentado me fazer sair do time de Quadribol por ser uma garota, eu conhecia as histórias sobre ele e um trilhão de meninas que ele pegava por aí, mas sempre ouvi histórias sobre James e ali estava ele e eu apertando as mãos num acordo e dando risada. De repente senti como se James Potter realmente fosse mais do que apenas um rostinho bonito. Nós corremos para a sala depois de nos dar conta do quão atrasados estávamos, abrimos a porta com força e toda a turma se virou para nós. A nova professora de Adivinhação se assustou conosco, deixando um livro cair de suas mãos.
-Ah, Sr. Potter e Srta. Mckinnon eu sabia que vocês chegariam atrasados. - disse ela se abaixando para pegar o livro, James e eu nos entreolhando possivelmente pensando o mesmo pois seguramos a vontade de dar risada. Ela era nossa professora de Adivinhação, honestamente, eu não entendia por que tínhamos que estudar essa matéria, todos sabíamos que era puro ilusionismo, deveríamos estar estudando Aritmancia. Ao menos a professora era extremamente engraçada com aqueles óculos. - Venham, Sentem-se.
James e eu olhamos para a mesa vazia e ele tencionou ir até ela, mas segurei seu braço apontando discretamente para a mesa onde Lily estava sentada, sozinha, provavelmente me esperando.
-Você tem certeza? - Foi o que os olhos dele quiseram me dizer, revirei os olhos irritada e pisei em seu pé.
-Vai, idiota!
E então ele se aproximou, sentando-se, os olhos verdes dela quase saltaram para fora.

Hogwarts, 1978. ( CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora