"Ataque a trouxas no centro de Bristol causa incêndio e mortes."
"Mais um ataque a trouxas causa morte e incêndio no centro de Bristol. O casal Mckinnon morreu em um incêndio causado por magia em sua própria casa. De acordo com o ministério, aurores e investigadores foram mandados para o local para poder constatar a veracidade do ataque, mas informam que não há provas de que tenha sido realmente um ataque, e que tudo possa ter sido simplesmente um acidente. Todos estavam dispostos a acreditar nessa versão se a filha do casal, Marlene Katherine Mckinnon, aluna do sétimo ano em Hogwarts não afirmasse com toda certeza de que sua família foi morta por Belatriz Black. O profeta diário buscou informações sobre a então acusada, mas a família informa que a garota teve que viajar por sua própria saúde o que levanta ainda mais suspeitas..."
Lixo, lixo e lixo. É tudo o que o profeta diário é. Um monte de idiotas tentando desesperadamente vender notícias para as pessoas, sem e preocuparem com a veracidade dos fatos. É claro que Belatriz matou os pais da Mckinnon, mas simplesmente por vingança e motivos pessoais e não por ser uma comensal, aliás, ela ainda não é uma comensal. Amassei o jornal ridículo e
mentiroso e o joguei no canto, mas a risada irritante dela a nossa frente ainda estava me deixando maluco.
-Coitadinha da orfãzinha trouxa – Disse com desdém – mal ela sabe que só comecei a brincadeira.
Permaneci calado tentando caminhar por entre aquelas arvores enquanto Belatriz era a única que parecia contente em enfrentar todo esse matagal.
-Bela, você precisa falar mais baixo. – Disse Narcisa.
-Relaxa, Cisa, ninguém aqui pode nos ouvir. – Respondeu indiferente sacudindo os ombros. No nosso grupinho silencioso e taciturno, ela era a líder, caminhando a nossa frente guiando-nos através das matas enquanto cantarolava uma musiquinha irritante. Lúcius andava ao lado de Narcisa, a minha frente caminhava Avery, Crabbe, Goyle, e um nervoso e apavorado Pettigrew que pareceu cair aqui de repente.
-Belatriz, aonde o seu namoradinho disse para o encontrarmos? – Avery que já estava mancando ousou interromper a musiquinha qualquer dela.
-Rodolfo está nos esperando aonde tem que esperar, se você não aguenta uma caminhada com esses pés fracos, é melhor voltar então!
Disse áspera e assim voltamos o nosso caminho silencioso. Mais alguns minutos andando e finalmente pudemos avistar a silhueta de um homem parado um pouco a nossa frente usando capa. Bela abriu um longo sorriso e correu ao encontro do homem segurando suas mãos e o beijando, a cena me deixou um pouco enjoado. Rodolfo Lestrange era mais alto do que ela, tinha uma expressão horrível que fazia jus a sua cara feia, mas mesmo assim, o idiota acreditava realmente que a estonteante e talentosa Belatriz Black estava apaixonada por ele, quando na verdade, ela só o estava usando para poder conseguir chegar ao Lorde das trevas. Rodolfo nos olhou como se fossemos um bando de infelizes atrás de um pouco de diversão. Como se eu precisasse disso, se eu quisesse ser um babaca medíocre com uma varinha me juntaria ao Potter e o grupinho idiota dele.
-Como o prometido – Ela disse – Como você me disse que o Lorde das trevas estava procurando pelos melhores e mais talentosos estudantes de Hogwarts, consegui trazer alguns.
Os olhos dela brilhava de entusiasmo, o sorriso cobria seu rosto quase a deixando estranha. Nós nos entreolhamos e depois olhamos para o garoto gordo ao nosso lado, com certeza, nos perguntando que tipo de talento Peter Pettigrew tinha.
-Bom, deve servir. – Foi a resposta do comensal parado ali usando as vestes que todos nós ansiávamos para poder usar. Olhei para seu braço tentando ter a chance de ver a tão lendária tatuagem, queria saber se os boatos eram reais de que aqueles que eram mais próximos recebiam uma marca diretamente da varinha do Lorde das trevas. Mas a capa de Rodolfo cobria seus braços por inteiro.
Continuamos seguindo agora não só uma Bela irritantemente feliz, mas um Rodolfo
estupidamente encantado por ela. Ambos andavam de braços cruzados me deixando completamente enojado. Para meu alívio, chegamos ao local. Uma antiga capela no meio de um cemitério, eu já não tinha ideia de onde estávamos apenas que a capela estava cheia. Rodolfo se virou para nós antes de abrir a porta.
-Agora lembre-se, não abram a droga da boca de vocês se não forem convidados, não olhem o Lorde no olhos, reverenciem-se, respeite-o. Ou pode ser a última vez que farão qualquer coisa na vidinha medíocre de vocês.
