LILY EVANS

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Marlene saiu da sala comunal após eu tê-la feito prometer que não iria atrás de Bela, Sirius obviamente saiu atrás da garota enquanto Remus puxou Peter para fora deixando uma sala vazia para James e eu e é claro que ele ficaria ali, parado, encostado na escrivaninha com as mãos no bolso, o cabelo arrepiado como um típico roqueiro dos anos setenta. Ele ergueu os olhos para mim, arqueando uma das sobrancelhas.
-Belas palavras. – comentou, respirei fundo e fiquei calada – mas engraçado como eu te deixo sem elas.
-James! – me aproximei dele mesmo sabendo que não deveria, ele se afastou da escrivaninha e se aproximou mais do que eu previ ainda com as mãos nos bolsos.
-Por que você fugiu ontem? – perguntou quase em um sussurro – Por que saiu correndo?
Olhei para a escada do dormitório dos meninos e pensei no motivo claro que me fez sair correndo como uma boba.
-Você sabe que eu não posso e não quero mentir.
-Mentir? – ele riu pelo nariz – para quem, para o idiota fortão? Porque a única pessoa que eu vejo você, Lily Evans, mentindo, é para si mesma.
Eu respirei fundo e queria não ter feito porque o perfume dele subiu rapidamente nas minhas narinas, e eu fui então invadida por uma série de lembranças da noite anterior que me deixaram em uma mistura de felicidade, ansiedade e culpa. Como que eu passei da garota que odiava James Potter para essa que mal se aguenta em pé na presença dele?
-Não é justo, James! Eu vou contar a verdade para ele, e-eu não posso mentir para ele. Ele é tão bom, tão gentil comigo. – James fez uma careta de quem acabara de tomar um remédio muito ruim.
-E então? – um passo a mais na minha frente.
-E então nada! – Respondi firme, ele sorriu de lado.
-Você tem algo que me pertence. – falou sorrindo ainda de lado, como era ousado e arrogante!
Só porque eu disse que iria contar a verdade para o Ludo não significava que eu ou meu coração pertencia a ele e ele deveria saber!
-Não pertenço a você, muito menos o meu coração! – Respondi como uma boba e me senti como uma boba porque ele sorriu me encarando com aqueles olhos...
-Bom, eu estava me referindo a minha gravata que você tirou ontem do meu pescoço tão... – eu coloquei a mão na sua boca enquanto senti minha nuca queimar ao se lembrar da noite anterior. Ele sorriu segurando minha mão e beijando-a, a puxei rapidamente.
-Eu sei o que você está pensando nesse silencio todo – disse sorrindo quando fiquei calada sem saber o que responder. Cruzei os braços, acho que para me proteger dos toques dele.
-É?
-Eu posso ler mentes! – sussurrou rindo, tive que me controlar para não rir também. -E o que estou pensando agora?
-Muito sujo para ser dito em voz alta! – ele estava próximo de mim novamente e tive que virar o rosto rindo e ele fez o mesmo, balancei a cabeça tentando não encarar aqueles olhos e sorriso maroto que me deixava sem folego, ele ainda conseguia ser extremamente irritante.
-Eu devolvo sua gravata no final do dia! -Ótimo, vai ser ótimo ver você no final do dia.
Balancei a cabeça tentando não mostrar para ele que eu achei engraçado a forma como ele disse aquilo, e como fiquei com medo de que ele notasse que seria ótimo mesmo vê-lo no final do dia. Nós trocamos olhares por alguns segundos antes de eu recobrar a minha consciência de que era errado aquilo que estávamos fazendo, de que foi errado tê-lo beijado na noite anterior e continuava errado ficar com ele ali sozinho naquela sala, trocando olhares.
-Bom, vou para a aula! – Anunciei afastando-me dele.
-Eu te acompanho. – E nós descemos as escadas em silencio, a princípio ele ficava me olhando e eu pude notar pelo canto do olho. Não sei se queria ou não o encarar, mas estava contente de que ele não dissesse nada. Chegamos até a sala, eu não sei porque ainda estudo adivinhação e a última aula com ela foi terrível, mas eu precisava de ótimas notas. Antes de abrir a porta, James colocou a mão na maçaneta me impedindo.
-O que foi? – Não pude controlar minha surpresa, ele estava sério.
-Me diz que você vai terminar com o Ludo. – Ele falou tão rápido mantendo o tom da voz sério que eu me assustei, sem falar que me senti um tanto pressionada. Como eu poderia dizer isso a ele?
-James...
Ele bagunçou o cabelo, um sinal de que estava nervoso consigo mesmo.
-Lily, por favor, você precisa terminar com ele. – Ele lamentou, mas eu balancei a cabeça.
-Não cabe a você decidir nada, James. – Respondi tentando me manter firme e não desmanchar na frente dele – Ontem à noite foi um erro! Ok? Se, escute bem, SE eu decidir terminar com ele será porque eu fui desonesta no relacionamento, isso não terá nada a ver com você.
A cara que ele fez me partiu o coração, mas eu não podia deixar que ele guardasse expectativas de algo que eu não via futuro. Foi ótimo beijá-lo e não vou mentir dizendo que o beijaria mais só que James Potter sempre seria James Potter, o arrogante, o galinha, o exibido, sempre seria esse símbolo de perfeição e popularidade e eu seria apenas eu. Como eu poderia lidar com esse tipo de coisa? Por todo o caminho até aqui, as garotas de todas as séries acenavam, o cumprimentavam, lançava sorrisinhos, e ele fingia não ver, porém, ele sempre terá a toda essa popularidade e eu não quero ter que competir com isso.
-Por que você tem que ficar mentindo para você mesma? – ele falou juntando as sobrancelhas, claramente indignado com algo que ele era incapaz de compreender. -Não estou mentindo! – Respondi ficando irritada, ele também possuía a capacidade de me tirar do sério em segundos – Por que você fica me chamando de mentirosa? -Porque você me beijou!
-Foi um erro! – As palavras pularam da minha boca mais rápido do que eu pude realmente processar na minha cabeça. Ele olhou para o lado evitando meus olhos. -Ok, Lílian! – A frieza em sua voz me acertou de forma assustadora, ele apenas abriu a porta e adentrou a sala me deixando plantada ali sem saber o que fazer exatamente. Droga, Lílian! Droga! Ouvi a professora cumprimentá-lo, mas ele nada disse.
-Uh, Srtª Evans, você também pode entrar, eu sabia que você se atrasaria. – Ela apareceu na porta com os enormes óculos e o xale roxo sobre os ombros, escancarando a porta, todos os alunos na sala viraram seus olhos para mim, mas eu só pude ver o rosto de três pessoas: James que sentara-se ao lado de Remus cruzando os braços, negando-se a olhar para mim, Ludo que acenou alegremente e Severo que me olhou através das cortinas de cabelos escuros, ao vê-lo, uma onda súbita de raiva percorreu meu corpo, eu não aguentaria ficar naquela sala com os três ali me olhando como se eu tivesse que tomar uma decisão!
-Eu não estou me sentindo bem, acho que vou até a Madame Pomfrey – falei para ela, que impressionantemente conseguiu arregalar mais aqueles olhos já enormes.
-Você quer que eu te acompanhe, querida? – perguntou se aproximando.
-Não, posso ir sozinha. – Respondi, mas ela já agarrara minha mão fingindo lê-las, da última vez que me segurou acabou me machucando além de ficar me assustando com toda aquela coisa de previsão do futuro.
-Ah, querida... O medo, a confusão dentro do seu coração são notórios, mas de certa forma, você sabe o que quer, ou quem quer! – Revirei os olhos irritada, Deus do céu, essa mulher podia simplesmente manter a boca fechada? Ela disse isso tão alto que a atenção de James finalmente voltou para mim me encarando como se aquilo fosse alguma verdade. Puxei meu braço e sem dizer mais nada me virei de costas, como ela podia ser tão inconveniente?
Eu não sabia ao certo para aonde ir, se deveria realmente fingir uma dor e ir ver Madame Pomfrey ou ficar sentada ali nas escadas quietinha, de qualquer forma, eu queria ficar sozinha, mas o meu silencio e solidão se foram quando a voz triste e sombria soou atrás de mim alguns minutos depois.
-Lílian... – Me virei bruscamente para encarar Severo. Ele estava parado, segurando um livro, o cabelo ainda caindo sobre o rosto em uma tentativa de escondê-lo das outras pessoas. Eu mal conseguia encará-lo, mal conseguia olhar nos olhos dele não depois do que ele fez com Marlene. – Eu queria falar com você.
-Falar comigo? Sobre o que, sobre você e Belatriz quase matarem a minha melhor amiga? – Eu não queria e não controlei o sarcasmo em minha voz. Ele estremeceu apertando mais o livro contra o seu peito. – Aliás, eu não me surpreendo com ela, mas você?
-Eu não a machuquei... – ele parecia fazer um esforço muito grande para falar, fitando mais o chão do que meus olhos.
-Ah pelo amor de Deus, Severo! Eu soube que foi você assim que vi a cicatriz nela, ou você acha que eu não me lembro dos feitiços que você criou contra os seus "supostos inimigos"? - fiz aspas com os dedos, ele engoliu em seco ficando quieto, me lembrei claramente quando Severo me contou sobre o feitiço que estava conseguindo executar, ninguém nunca tinha visto nada igual antes, a primeira vez foi feita em um pequeno coelho bem na minha frente. O coelho caiu no chão sangrando e em seguida ele o curou deixando apenas uma cicatriz aonde fora um corte minutos antes. Me doeu imaginar Marlene como aquele coelho. – Eu não disse nada a Dumbledore porque ela está bem, mas como você pôde deixar Belatriz machucá-la?
Ele continuou calado.
-Fala comigo! – gritei – Por que você fica aí calado me encarando como se não tivesse nada para falar?
-Eu não sei o que te dizer. – Quase não ouvi, a voz saiu mais como um murmúrio e meus olhos se encheram de lágrimas. Nunca tivemos problemas para conversarmos antes, éramos como irmãos. Isso me doí extremamente, ele calado segurando um livro enquanto eu não sabia mais se podia confiar no homem que um dia fora meu melhor amigo.
-Não, você não sabe! Prefere ficar pelos corredores odiando James e qualquer garoto que se aproxime de mim. – Lamentei e finalmente ele ergueu os olhos para mim. – Eu posso te perdoar pelo o que disse ano passado, mas não sei o que pensar quando imagino que Marlene pudesse estar morta.
Ele deu um passo para se aproximar e eu me afastei.
-Quer saber? Esquece!
Tentei controlar minhas lágrimas enquanto descia as escadas, mas foi impossível. Me refugiei na biblioteca porque sabia que seria o último lugar em que eu seria importunada o que foi muito bom porque consegui manter minha mente ocupada enquanto adiantava as lições que os professores estavam passando com muito empenho esse último ano, e a última coisa que eu queria era terminar meu ano em Hogwarts com notas ruins. Eu mal notei que o dia havia passado quando Remus apareceu na biblioteca procurando um livro de poções, achei que ele não fosse me ver, mas assim que o fez, caminhou até mim sorrindo gentilmente.
-Se escondendo? – Perguntou sorrindo – Posso?
Assenti com um sorriso e ele se sentou ao meu lado.
-A biblioteca é um bom esconderijo para nerds. – Respondi, meu humor já havia melhorado consideravelmente.
-Isso quando a pessoa de quem você está se escondendo é James Potter. – Concluiu ele ainda mantendo um sorrido no rosto, de qualquer forma, falar com ele sobre isso não me deixa incomodada muito pelo contrário, apesar de eles serem melhores amigos Lupin me deixa bastante confortável para falar sobre o amigo. Mas eu queria que não fosse só de James que eu estivesse fugindo.
-Ah, Remus, eu não sei o que fazer. – Desabafei segurando em seu braço.
-Você sabe sim, só que fazer é a parte mais difícil.
-O que você está lendo, hein? – tentei mudar de assunto pegando seu livro e rapidamente entramos nos assuntos das aulas, era bom conversar com ele porque ele realmente sabia falar sobre as matérias comigo, assim como Alice. Marlene cochilava quando eu tentava dizer algo sobre alguma aula. Por fim, quando nosso estomago roncou decidimos que era hora de sairmos de nosso esconderijo e se juntar ao resto do pessoal no salão para jantar, mas um pouco antes pelos corredores ainda cheios encontramos Marlene, Sirius, Peter e ah... James. Ele estava sorrindo quando me aproximei, mas parou no mesmo instante ficando quieto e isolado no canto enquanto Sirius e Marlene brincavam um com o outro como se fossem amigos de longa data,
aliás, como se estivéssemos novamente no quinto ano.
-Ah, apareceu! – Ela disse – A rainha da gentileza.
-Há! Há! – fingi uma risadinha – Só estava tentando...
-Proteger a gente! – Ela concluiu – eu sei, você sempre vai proteger a todos que ama.
E então me abraçou dando um beijo em meu rosto me deixando imensamente feliz em saber que ela estava bem.
-Eu só não entendo por que Belatriz te atacou – Peter falou confuso levantando um ponto interessante que até agora, ninguém tinha perguntado, nós nos encaramos, mas Sirius pareceu ser o mais nervoso ao ouvir aquilo.
-Ela simplesmente nunca gostou de mim. – Marlene disse indiferente comendo um sapo de chocolate que Sirius tentou arrancar de sua mão, mas ela impediu o acertando com um tapa leve que o fez rir – sempre me chamou de sangue ruim, deve ser por isso, não é?
James deu uma risadinha desdenhoso no canto do grupo.
-Você está convidado a falar, James – Não sei por que eu disse isso, talvez pela imensa necessidade que eu estava sentindo de falar com ele ou de ao menos ouvir a sua voz. Ele voltou a colocar os óculos que estava limpando desde a hora que eu cheguei e encarou Sirius, os dois trocaram olhares como se estivessem conversando mentalmente.
-Você vai me contar sim! – Marlene, que sempre fora uma ótima observadora se aproximou de Sirius.
-Não precisa, é obvio o motivo. – foi a resposta dele que não nos convenceu nada. Eu era ótima em poções, transfiguração, runas, em qualquer matéria que eu gostasse eu era excelente, e Marlene no que se dizia a persuasão era o mesmo, qualquer coisa que ela decidisse conseguir, ela conseguia e foi exatamente o que fez ali com Sirius, segurando a mão dele e sorrindo, ainda mantendo os olhos azuis claríssimos fixos nas Iris escuras dele.
-Me conta – ela disse como um gatinho atrás de carinho do próprio dono, o restante de nós que assistiu Sirius cair nos encantos dela, sorrimos.
-E o cachorrinho novamente obedeceu a seu dono... – James falou, Remus e Peter gargalharam alto deixando somente eu e Marlene por fora da piada, mas Sirius o encarou nervoso.
-Tá, tá... Cala a boca, Prongs. – Ele ameaçou dar um soco no amigo que ria da cara dele – Bela e eu fomos criados juntos, todos nós na verdade – a expressão dele era de quem tinha comido algo estragado – A família Black é uma família antiga de puros sangues, então minha querida e adorável mãe e minha tia decidiram que seria bom para a família se Belatriz e eu nos casássemos.
-O que? – Marlene exclamou tão alto que acabou chamando atenção de algumas pessoas. – Que destino terrível!
Ele riu.
-A verdade é que Belatriz adorava a ideia porque... – ele parou de falar como se não conseguisse concluir a frase.
-Porque ela é doidinha por ele. – James concluiu – sempre foi.
A minha cara e de Marlene era de quem havia levado um soco no estomago de repente. "Doidinha" Nós sabíamos que ela era, mas apaixonada por Sirius? Desde quando Belatriz tem coração?
-Parece que ela não gostou muito quando Sirius e você viraram amigos no primeiro ano. – Remus continuou a história – Ainda mais com você sendo...
-Uma nascida trouxa. – Ela disse
-Sim.
-Traidor do sangue, é assim que eu sou chamado na minha família. – Sirius disse acendendo um cigarro e colocando entre os lábios, Marlene assistiu aquela cena um tanto hipnotizada. Achei que James fosse fazer o mesmo, mas ele recusou o cigarro que o amigo ofereceu e senti uma leve pontada de felicidade no coração. Eu fiquei tentando processar toda aquela informação de uma só vez na minha cabeça, mas nossa conversa parecia que não iria ter o término esperado quando a garota de cheios e longos cabelos escuros apareceu seguida de Mary Mcdonald e Narcisa Black.
Ela parou encarando Marlene próxima a Sirius e se aproximou deixando sua capa esvoaçar no vento dando a ela um ar de autoridade.
-Olha só quem voltou dos mortos. – Ela disse empurrando uma menina que caiu aos seus pés para dar passagem até Marlene que simplesmente se virou com ar de displicência.
-Olha só, a covarde! – Lene respondeu erguendo o queixo, as duas eram da mesma altura, a voz de Lene era a mesma de sempre, calma e sarcástica. Para mim era uma surpresa que Dumbledore não tivesse expulsado Belatriz e Severo. Me aproximei de Lene ficando ao seu lado e os olhos escuros de Bela pararam sobre mim.
-Ah, sua guarda costas, Mckinnon?
-Pelo menos eu não preciso de duas, ou eu não ataco pessoas que estejam sem varinhas. – Lene respondeu e o sorriso irônico saiu dos lábios de Bela dando lugar a uma expressão fria.
-O que você está querendo dizer sua sangue ruim? – rangeu os dentes.
-Estou querendo dizer que você é uma covarde! – Lene rapidamente parecia que atacaria Bela com um só golpe – Você me atacou porque sabia que eu não estava com minha varinha.
-Eu te desafio agora!
Marlene não esperou ela terminar de falar para erguer a varinha, o rosto sempre pálido de Bela agora estava vermelho como se todo o seu sangue se concentrasse somente ali. Ela fez o mesmo, erguendo a varinha curvada para Marlene.
-Parem as duas! – Me enfiei no meio delas e para a minha surpresa, Narcisa fez o mesmo.
-Vamos, Bela, você ouviu o que Dumbledore te disse ontem – disse ela tentando fazer a irmã abaixar a varinha – não precisa se arriscar tanto.
-Vamos Bela, não seja covarde! – Lene a provocou e dessa vez eu a que repreendi. Belatriz pareceu pensar no que a irmã acabara de dizer e abaixou a varinha, mas Marlene parecia realmente disposta a mostrar para a garota que sabia duelar. Eu a encarei e ela bufando a abaixou, Belatriz destemida como era se aproximou de Lene que era da mesma forma destemida.
-Ainda vai haver outras oportunidades, Mckinnon. – disse grunhindo, Marlene sorriu como se tivesse acabado de ganhar um presente.
-Eu vou adorar! – Respondeu – além do mais, Belinha, eu já ganhei de você, não é mesmo?
Todos nós fizemos a mesma cara de confusão que Bela fizera, balançando a cabeça tentando adivinhar sobre o que Lene estava falando, minha amiga deu um passo para trás e se virando rapidamente agarrou a frente da camiseta de Sirius e o puxou, beijando ferozmente, o garoto sem perder a oportunidade passou a mão pela cintura dela a beijando com a mesma
intensidade. Foi o único momento que eu percebi que as pessoas ao nosso redor estavam paradas assistindo as duas discutirem, todos gargalharam da expressão de Bela que parecia ter tido uma faca enfiada no estomago, os olhos arregalados e surpreendentemente marejados. Um silvo de "uuuuuh" tomou conta a nossa volta enquanto Marlene e Sirius se beijavam ainda como se fossem se fundir.
-Venha, Bela, vamos. – Narcisa segurando os ombros da irmã a retirou do meio das pessoas que riam, comemoravam, e até zombavam de Bela porque agora era definitivamente conhecimento de todos que Belatriz gostava de Sirius.

Hogwarts, 1978. ( CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora