Os sinais da festa ainda eram claros em meu rosto. Olheiras, inchaço, o cabelo estava horrível. A festa teria sido melhor se o Potter estivesse, porém, acho que ele curtiu mais na enfermaria se fazendo de doentinho porque Lily Evans ainda não havia voltado para o dormitório. Droga! Droga! Droga!
Faltava menos de uma hora para começar o dia, e as aulas e Lily ainda não havia voltado. Me arrumei como uma maluca e peguei as coisas dela saindo correndo pela escola até chegar na enfermaria.
Ah que bonitinhos os pombinhos dormindo juntos, quase formam o casal perfeito! Mas não temos mais tempo para contos de fadas, empurrei os dois da cama, mas só James caiu.
-O que? Que droga Mckinnon!
-Acorda bonitinha, falta vinte minutos para a escola toda acordar. – Falei jogando a capa nela, que resmungando a pegou.
-O que? Vinte minutos? Não pode ser!
-Der!
Ela e James se entreolharam e depois de alguns instantes ela saiu correndo com o uniforme nas mãos em direção a torre. James se jogou novamente na cama, aparentemente bem melhor do que estava no dia anterior, não ousei dizer nada para não estragar o momento de puro êxtase que ele estava sentindo.
-Ela dormiu aqui. – Ele disse depois de alguns instantes – Lene, eu passei a noite com a Lily.
Me sentei na ponta da cama rindo.
-Grande coisa! Eu faço isso ah seis anos. – Agora ele que riu, uma risada alegre e contagiante, sei que havia muitos pontos de interrogação nessa história, mas nenhum de nós dois quisemos usa-los naquele momento porque eu sei que assim como James eu também parecia uma idiota apaixonada. Após ele ter sido liberado, eu o acompanhei até a torre da Grifinória e depois descemos para o café juntos.
-Hey, não vai fazer nenhuma besteira! – Segurei em seu ombro quando vimos Ludo ao lado de Lily, que estava mais branca do que o normal e imóvel. – Lembre-se que o idiota te deu a oportunidade de estar com Lily.
Ele franziu a sobrancelha, irritado, mas me ouviu. Caminhamos juntos até Sirius e eu não contive a empolgação de abraçá-lo, recebendo seus braços em volta da minha cintura. O café da manhã foi extremamente silencioso, pelo menos para nós. Alice e Frank discutiam sobre uma matéria, Lupin tinha uma aparência horrível de quem estava doente e por isso estava sendo importunado por uma Dorcas extremamente preocupada, Lily calada a todo instante incomodada com Ludo que sorria ao seu lado conversando com outras pessoas enquanto James os fuzilava com os olhos após ter acalmado todo mundo dizendo que estava bem, que tinha sido apenas um acidente, e Peter estava tentando inutilmente transformar um cálice em um rato, o que nunca conseguiu fazer desde o primeiro ano. Bom, dentro desse cenário horrível, eu só pude ficar acariciando os longos cabelos escuros e macios do meu Sirius, enquanto ele abria o profeta diário para lê-lo.
-Nada de interessante na primeira folha... – Murmurou, apoiei meu queixo em seu ombro a fim de ler as notícias também, ele folheou o jornal e então o fechou rapidamente – nada de interessante.
-Como pode haver nada de interessante? – Perguntei, mas ele ficou quieto. A minha resposta, contudo, veio da mesa ao lado, Belatriz e suas amigas dando risadinhas chamaram minha atenção, Avery ergueu o jornal apontando para uma matéria enquanto ria contente. Retirei o jornal da mão de Sirius que tentou me impedir, mas bastou um olhar para ele deixar de ser idiota, procurei a matéria que poderia ser tão engraçada e a achei, era pequenininha, quase imperceptível"ATAQUE A TROUXAS
Nessa madrugada, um grupo de amigos trouxas que estavam voltando de uma festa em Londres foram brutalmente torturados e assassinados. Os médicos, também trouxas, não souberam explicar o que havia causado a morte dos adolescentes. Três funcionários do ministério foram imediatamente até o local e constataram que os três foram mortos pela maldição da morte, sendo antes, brutalmente torturados. Não se sabe ainda o motivo dos adolescentes terem sido atacados, mas há especulações de que tenha sido apenas mero "divertimento" dos seguidores de você-sabe-quem. O ministério, outra vez, pede que todo aquele que tenha parentes trouxas os alertem sobre o risco iminente."Quando terminei de ler a última linha, não percebi que estava tremendo. Três adolescentes haviam sido mortos simplesmente por diversão, por alegria. E aqueles idiotas na outra mesa estavam rindo disso como se fosse motivo de divertimento. Uma onda de raiva e indignação ultrapassou meu corpo querendo explodir, se eu pudesse... se eu tivesse a chance...
-Desgraçados... desgraçados... – Xinguei e Sirius rapidamente me abraçou, passando seu braço em volta do meu ombro. – Como podem?
Lily que já estava mal, ficou pior. Não tenho dúvidas de que ela estava pensando na sua família assim como eu.
-Isso já está ficando fora de controle. – Comentou James.
-A notícia é tão pequena, como se o ministério estivesse tentando abafar o caso. – Lupin comentou com uma voz fraca.
-Eles não se importam com os trouxas, essa é a verdade. Eles estão com medo de que o nosso mundo seja exposto apenas. – A minha raiva pôde ser notada em minha voz – Como podem não fazer nada diante de tantas coisas horríveis que estão acontecendo? Os pais estão cada vez mais desesperados para mandar o filhos para Hogwarts porque é o único lugar seguro!
-Se eu pudesse de alguma forma acabar com isso! – James falou com ódio, fechando o punho. – eu mataria todos eles, ele e todos os seus seguidores malditos.
Sirius se ajeitou ao meu lado e eu sei que ele estava pensando no irmão, mas não disse nada. Ele sabia que o irmão tinha feito a escolha dele e no final, iria ter as consequências.
-O que foi Lily? – Ludo perguntou – você não vai ficar perturbada por causa disso, não é?
Ela o encarou incrédula.
-Claro que sim!
Ele deu uma risada irritante.
-Qual é, você está segura. – Colocou as duas mãos nos ombros dela e a sacudiu tentando inutilmente animá-la, mas minha amiga bufou se soltando daquelas mãos enormes e se levantando.
-Bom, EU estou segura. Mas por quanto tempo? Eu e todos os nascidos trouxas que estão aqui por apenas mais alguns meses logo teremos que conviver com o terror de estar sempre com medo de ser morta simplesmente por... e quer saber, como você pode ser tão egoísta? Pessoas estão morrendo e nós deveríamos fazer alguma coisa quanto a isso!
A voz dela soou tão alto que todo o salão parou para escutá-la, ela não notou, tamanha era a raiva que estava sentindo. Ludo deu um sorriso amarelado.
-Lily, você está...
-Eu quero que se dane! – Gritou mais alto, amassando o jornal e jogando-o nele. – Quantas pessoas mais precisarão morrer para que alguém faça alguma coisa? Mas qual a diferença, se um bando de sangue ruins morrerem, não é? Já que Voldemort quer que os sangues puros prevaleçam!
Houve um enorme espanto ao nosso redor ao ouvir Lily dizer o nome dele tão alto, até Ludo, que sempre tinha as bochechas rosadas, ficou pálido. Mas ela tinha uma fúria nos olhos da qual eu nunca tinha visto antes.
-Não diga o nome dele. – Ludo murmurou apavorado.
-O nome do medo só aumenta o nome da coisa em si. – James se levantou ficando ao lado de Lily – Ele tem a droga de um nome e é bom que saiba que não temos medo desse imbecil.
Achei que os olhos das pessoas ao nosso redor fossem saltar para fora.
-Nós sabemos que você é arrogante, Potter, mas arrogante a ponto de desafiar o Lorde das trevas? É praticamente suicídio. – Avery gritou do outro lado da mesa, Sirius virou o pescoço tão rápido quanto um cachorro.
-É? E quem vai matá-lo? Você com sua enorme incapacidade de segurar até mesmo a sua varinha?
Avery também ficou de pé, seguido por Lúcius Malfoy. No minuto seguinte, James, Sirius e os dois estavam se encarando furiosamente.
-É melhor manter a boca fechada, Black, sabemos que você é o traidor de sangue e pior que um sangue ruim, somente um traidor. – Lúcius disse com uma voz calma e complacente causando uma gargalhada em Sirius e James.
-Eu não tô nem aí para o que você e seu mestre de merda pensam.
O rosto de Avery e Lúcius ficaram vermelhos, eu estava parada ao lado de Sirius, quieta, controlando a minha vontade de estuporar aqueles idiotas. Achei um milagre Belatriz não se levantar para me atacar, e uma pena também. Os olhos de Lúcius pararam sobre mim por um instante, levantei o queixo para encará-lotambém.
-Você realmente tem um ótimo gosto para mulheres, Black, isso é inegável. – a voz pausada e calma continuou – só é uma pena que ela seja uma san...
E antes que ele terminasse de falar, avistei os cabelos loiros dele voarem para a outra mesa junto com o corpo desacordado. Lúcius caíram próximo aos pés de Narcisa que o socorreu desesperada. Sirius havia estuporado ele como apenas um movimento de varinha. Nós todos começamos a gargalhar e um duelo iria se iniciar quando Mcgonagall apareceu correndo com Filch ao seu encalço.
-Sr. Black! Sr. Avery! O que está acontecendo aqui?
Eles deram de ombro.
-Nenhum aluno da minha casa vai ficar mais jogando pessoas pelos ares, detenção, Sr. Black! – Ela disse firmemente mesmo contra nossos resmungos. Como aquilo era injusto! Como tudo era injusto. – E você, Avery, detenção também! Vou dizer a Slughorn para poder conter melhor a casa dele. -Mas professora, isso é um absurdo! – James protestou e ela o encarou furiosa. -Devo dar uma detenção para você também, Sr. Potter?
-Esquece, Prongs. – Sirius bufou, em seguida me deu um beijo na testa. – Vamos, Professora?
E ele a seguiu em direção a sua detenção enquanto ficamos no salão com o olhar de todos em cima de nós. A primeira aula se arrastou tediosamente, o clima naquele dia estava mais do que péssimo. Lily estava muda, não queria dizer uma palavra e eu respeitei isso. A aula de história normalmente me era interessante, mas naquele dia em especial eu só queria saber sobre Sirius. Uma bolinha de papel me atingiu bem no rosto, olhei para o lado pronta para xingar James, mas ele me indicou que abrisse o papel. "Sirius está na sala dos monitores", era o que estava escrito.
-Você vai atrás dele? – Lily perguntou, balancei os ombros.
-É professor, acho que preciso ir até a enfermaria.
-Está tudo bem, Mckinnon? – Perguntou.
-Cólica - E gemi alto assustando-o. O professor me liberou e saí rapidamente em direção a sala dos monitores a procura de Sirius, bati levemente na porta e ela se abriu. Ele estava sentado na cadeira, os pés apoiados em cima da mesa enquanto cochilava.
-Achei que você deveria estar limpando os troféus. – Falei, ele abriu os olhos rapidamente e sorriu.
-Ah, eu faço isso em dois segundos... limpar – E logo em seguida os troféus começaram a ser limpos sozinhos com sabão. Dei risada e me aproximei dele sentando-se em seu colo, com uma perna de cada lado de sua cintura. – E você não deveria estar na aula?
Balancei os ombros e me inclinei para beijá-lo.
-Sirius, suas mãos estão na minha bunda. -Desculpe foi um acidente – Ele respondeu rindo e me beijando, parei novamente de beijá-lo.
-Sirius, suas mão continuam na minha bunda
-É que continua sendo um acidente.
-Você não tem jeito!
Me inclinei novamente tocando nossos lábios e foi como uma explosão. Sirius agarrou minha cintura com força puxando-me contra si, enquanto eu entrelaçava meus dedos em seus cabelos. Ele se levantou comigo ainda em seu colo e me carregou até uma das mesas, mas eu não tive tempo em reparar em mais nada porque todo o meu corpo explodia em uma mistura de êxtase e necessidade de tê-lo novamente, não dava a mínima se fosse em uma sala qualquer cheia de troféus que estavam se limpando sozinho ao nosso redor, eu queria Sirius Órion Black. A ponta da língua dele desceu nada sutilmente pelo meu pescoço enquanto eu mesma abria os botões de minha camiseta, as mãos rápidas e ágeis me ajudaram arrancando aquele pesado de pano, jogando-o para longe enquanto eu abria os botões agora de sua camisa.
-Que saudades que eu senti de você... – Ele sussurrou em meu ouvido – Do seu perfume, da sua pele...
Eu não tive tempo de responder, gemi alto quando a mão dele apertou com força um dos meus seios, me fazendo curvar a coluna jogando a cabeça para trás para poder aproveitar cada sensação que ele e as mãos dele me causavam. A visão que eu tinha era perfeita, ele de camiseta aberta, o cabelo caindo sobre o rosto, as tatuagens que combinaram perfeitamente com ele... tudo nele era perfeito, cada mínimo detalhe. Puxei seu cinto trazendo-o mais para junto de mim, e iria começar meu processo para abri-lo quando na verdade, o que se abriu foi a porta, bruscamente.
-Sr. Black espero que o Senhor... – Era a voz da professora Mcgonagall, e logo em seguida não somente a voz, mas toda a sua presença, especialmente os olhos azuis espantados sobre nós.
Droga! Droga!
Puxei a frente da camiseta de Sirius para cobrir meus seios enquanto sentia minha nuca queimar de forma absurda. Em todo esse tempo em Hogwarts eu nunca imaginei que seria pega pela Prof.ª Minerva com Sirius entre minhas pernas, e seminua.
-O que está acontecendo aqui? – Eu não sei quem estava mais desconcertada, eu ou ela, enquanto Sirius sorria como se tivesse acabado de ganhar alguma coisa.
-Ah... Professora... Sirius e eu estávamos, bom, sabe, estávamos...
-Eu sei muito bem o que vocês estavam fazendo Srtª Mckinnon! Por Deus! Isso aqui é uma escola, o que pensam que estão fazendo?
Sirius deu de ombros e eu me senti menor e qualquer pessoa se sentiria se fosse pego dessa forma pela Professora Minerva, menos Sirius que parecia querer dar risada.
-Ah professora, foi o tédio. – Ele disse com uma voz sonolenta, dei um chute na sua canela porque Minerva parecia agora que iria realmente explodir.
-Tédio? Não teria tédio algum se tivesse feito o que eu ordenei!
-Mas eu fiz, você só não especificou como eu deveria limpar as taças. – Ela olhou em volta e não disse nada, porque viu que ele realmente sabia argumentar. Sirius parecia se divertir imensamente em deixar a professora mais irritada ainda, e ela já no ápice de seu estresse preferiu não discutir mais com ele.
-Volte para a aula Mckinnon, agora! – Meio sem jeito, saí de trás da blusa de Sirius pegando a minha rapidamente no chão e passando pela professora morrendo de medo de que ela fosse me transformar em um animal só pelos olhos. Quando virei o corredor foi como se uma onda de energia estivesse passando pelo meu corpo e então eu me dei conta do que acabara de acontecer, não contive as gargalhadas enquanto vestia minha camiseta, mas acabei trombando em alguém no meio do caminho.
-Aí, Marlene! – Era Amélia – Você quase derrubou meu trabalho de poções.
A voz irritante dela quase me fez dar mais risada ainda.
-Desculpa – Respondi indiferente para o trabalho tosco dela ainda abotoando minha camiseta.
-Er, por que você anda com sua camiseta aberta? Sabe que o padrão da escola é que todos os botões estejam fechados, especialmente as meninas, e sua saia está alguns centímetros acima do joelho...
Revirei os olhos e a encarei.
-Amélia, você sabe por que Sirius nunca vai querer nada sério com você? – Ela ficou perdida – porque você é chata!
Ela abriu boca assustada e inconformada com o que eu disse e fechou a cara.
-Bom, pois saiba que Sirius e eu apenas demos um tempo... até ele se cansar de você como da última vez!
Eu ia responder ela, mas no final do corredor avistei um vulto, eu teria ignorado se os cabelos loiros não tivessem chamado minha atenção. Amélia continuou na tentativa inútil dela de me comprovar que Sirius realmente gostava dela enquanto eu dei as costas andando rapidamente atrás do vulto loiro. Virei o corredor e dei de cara com Nick-quase-sem-cabeça murmurando alguma coisa para si mesmo.
-Ah, olá, Nick! – Anunciei minha presença sem tentar parecer que queria interferir seus murmúrios.
-Ah, Boa tarde Srtª Mckinnon, eu fico muito contente em saber que Hogwarts ainda tem alunos educados! – A voz dele era de quem estava irritado com alguma coisa, não estava muito a fim de saber dos problemas de um fantasma, mas Nick parecia disposto a me encher. – Agora mesmo passou dois alunos correndo e rindo ignorando completamente a minha presença, o garoto com cara de idiota passou por mim sem ao menos pedir licença.
-Espera, você disse que duas pessoas passaram por aqui agora? – Perguntei. -Sim, sim, foram naquela direção rindo, ah, mas se eu me atrevo a dizer a Filch... Assim como fiz com Amélia deixei Nick com seus murmúrios para trás e fui na direção que ele havia dito, andando em passos lentos. Lily sempre diz que sou uma idiota por acreditar em minhas intuições, Dorcas diz que eu deva ser parente de alguma vidente (como se a gente acreditasse nisso), o fato era que sempre que eu ficava obcecada com alguma coisa é porque havia um fundamento nisso, e aqui, escondida atrás de uma armadura eu estava mais do que certa. Ludo Bagman estava inclinado sobre uma menina de cabelos ruivos horrível. Victory alguma coisa, da Lufa-Lufa. Um ódio subiu pelo meu corpo e eu quis pegar aqueles cabelos horríveis deles dois e transformar em palha, mas para que mexer nos cabelos quando eu podia fazer melhor?
Com um leve movimento da minha varinha os dentes da frente de Ludo começaram a crescer rapidamente, quase ultrapassando o queixo. A expressão de Victory era de quem estava vendo um animal nojento enquanto ele se debatia tentando entender o que estava acontecendo. A cena era hilária, mas não seria tão engraçado quando eu contasse a Lily o que esse babaca estava fazendo.
A aula de Herbologia estava um saco, a Prof.ª Sprout estava falando sobre mandrágoras, achei que já tínhamos falado sobre isso no segundo ano. Lily e James trocavam olhares, Ludo provavelmente estava em algum lugar tentando arrumar os dentes, Sirius ainda estava na detenção e eu estava tentando dizer a Lily que precisávamos conversar. -Mas o que é tão importante? – Ela sussurrou.
-Não posso dizer agora, mas é sobre o seu namorado idiota. – Respondi com a voz da professora ao fundo, ela revirou os olhos verdes.
-Não começa, Marlene. – Respondeu azeda.
-É sério, Lily. – Tentei continuar, mas nessa altura a professora já estava atrás de nós duas falando sobre mandrágoras. A porta da sala se abriu e Sirius entrou balançando os cabelos escuros, meu coração palpitou de alegria ao vê-lo. Qual é, preciso ser honesta comigo mesma e confessar que estou apaixonada por ele, que sempre fui apaixonada por ele, mas em todos esses últimos dias em que estamos nos pegando, ele não falou nada sobre ficarmos de fato juntos, ou se ele também realmente gostava de mim.
-Seja bem-vindo, Sr. Black. Suponho que estava cumprindo alguma detenção, imagino? – A Professora disse logo atrás de mim, dei uma risadinha. – E isso parece ser motivo de fazer as garotas suspirarem.
Eu sabia que ela estava se referindo a mim.
-Ah, você sabe como é, Professora, não resisto alguns momentos a sós com a prof.ª Mcgonagall.
Ele piscou e toda a sala deu risada, até mesmo a Professora Sprout.
-Bom, retornando ao assunto, sei que estudamos mandrágoras no segundo ano, porém essas daqui já são adultas e o grito delas podem realmente matar vocês, então protejam bem os ouvidos!
Antes que eu pegasse meus tampões, alguém se aproximou, era Amos Diggory e todo aquele cabelo castanho perfeitamente penteado.
-Posso me juntar a vocês? – Lily deu de ombros, duvido que ela até mesmo tenha ouvido o que a professora disse.
-Claro. – Respondi soando mais animada do que eu realmente queria parecer, não que eu gostasse do Amos, afinal, eu estava com Sirius, mas me sentia mal pela noite fatídica em que ele me pegou agarrando Sirius no lago. Achei que ele nunca mais fosse falar comigo, que bom que estava errada.
Antes de realmente desenterrar as mandrágoras, tivemos que preparar os nossos vasos o que foi tempo suficiente para que Amos pudesse falar.
-E então, você realmente está com o Black?
-O que? – Eu tinha entendido a pergunta, só não sabia o que ele tinha a ver com isso.
-Você e o Black... Estão juntos, então. – Foi uma afirmação. Olhei rapidamente para Sirius que ria ao lado de James de alguma coisa.
-Bom, nós estamos nos divertindo. – Respondi tentando soar indiferente jogando um pouco mais de barro no meu vaso como se aquele assunto fosse desinteressante. Mas, o que Amos queria com isso?
-Ah, é que é o que toda a escola está comentando, que você voltou para ele mesmo depois do que aconteceu do quinto ano. Sabe, Lene, eu sei que não somos íntimos e tal, mas não queria
ver você sofrendo por causa dele...
Eu parei rapidamente que estava fazendo e encarei Amos. Espera, o que? O que ele ou Hogwarts tinha a ver comigo e com Sirius?
-Obrigada, Amos, mas não acho que eu queira a sua pena. – Falei.
-Não estou com pena, apenas quero que saiba o que toda a escola está dizendo... -Eu quero que se dane o que toda a escola está dizendo. Nenhum de vocês enxugaram as minhas lagrimas quando Sirius me chutou no quinto ano, por que estão tão preocupados agora?
Ele finalmente se calou.
-Escuta só uma coisa, eu não preciso de você e de ninguém para ter pena de mim. -O Black não serve para você, ele não merece ter você. – Ele finalmente falou o que estava entalado na garganta dele, meu rosto estava queimando de raiva que eu já estava sentindo, dele, de Hogwarts e de Sirius porque se ele não fosse realmente um galinha toda a escola não ficaria enchendo o meu saco.
-Eu não sou de ninguém! – Falei fria – E você vai continuar vomitando no meu ouvido? Porque se for, já te aviso que prefiro ouvir as mandrágoras.