Los Angeles, CalifórniaEu estava sentado em umas das espreguiçadeiras na frente da psicina, enquanto dedilhava as cordas do violão. Observava o reflexo das árvores na água, enquanto um turbilhão de pensamentos passava pela minha cabeça.
— Já fazem duas semanas... — escutei a voz dela atrás de mim — Até quando vamos ficar nessa?
Fechei os olhos, respirei fundo e continuei mexendo nas cordas do violão.
— Eu não sei do que você está falando. — respondi sem olhar para ela e a ouvi soltar um risada irônica
— É sério isso Seavey? — May disse — A gente briga, você foge e agora se faz de desentendido? — continuo sem responder — Daniel eu estou falando com você!
— E o que você quer que eu fale May? — grito e me levanto ficando de frente para ela — Quer que eu me ajoelhe e peça mil perdões? — grito de novo enquanto ela me olhava assustada — Que eu admita que estava errado? Eu sei que eu forcei a barra, mas eu não fiz por mal! Eu achei que aquela era a hora certa e eu queria poder provar que eu não sou igual ao babaca do seu ex namorado e que eu posso ser muito melhor pra você! — ela não diz nada e então eu continuo — Agora vai em frente... Diz que eu sou imaturo, que eu só sei fugir dos assuntos, que o Brooks nunca faria...
— CHEGA DANIEL! — May grita e eu a encaro, um pouco sem graça por ter sido interrompido — Isso é perda de tempo. — ela vira as costas e vai andando em direção a casa.
Antes de entrar pela porta da sala, se virou novamente para mim, e pude ver que ela estava chorando.
— Eu nunca quis que você provasse nada pra mim.
May deu um sorriso vazio, balançou a cabeça negativamente e entrou na casa sem dizer mais nada.
(...)
Depois de algumas semanas de muito trabalho, eu e os meninos resolvemos tirar um final de semana de folga. Decidimos ir para um cruzeiro, e relaxar um pouco. Como eu ainda tinha que arrumar minhas malas, subi para o meu quarto.
— Droga! — disse fechando a porta e colocando o violão no suporte.
— O que aconteceu dessa vez? — perguntou Jonah tirando os fones de ouvido
— Acho dessa vez eu vacilei feio com a May. — falei, e me joguei na cama com a cara no travesseiro
— De novo? Será que vocês não... Espera aí... — ele faz uma pausa e se levanta — Você acabou de entrar no quarto sem bater a porta? Uau, a coisa deve ter sido séria. — disse e se sentou na ponta da minha cama — Vai, fala. O que houve?
— Tentei provar que eu não sou como o Brooks, e acabei me saindo tão babaca quanto ele. — disse e me sentei
— Ah não cara, de novo essa história do Brooks? — Jonah diz jogando a cabeça para trás — O que você fez?
— Depois daquela história toda no luau, eu fui pra casa da May, e digamos que as coisas esquentaram um pouco...
— Ok... E isso é bom, não é? — ele pergunta
— É... O problema é que mais uma vez algo atrapalhou a gente. — respiro fundo e continuo — O celular dela começou a tocar, e ela tentou atender, mas eu meio que não deixei... — olhei para Jonah que me olhava confuso — Ela disse que tinha que atender, mas eu não saí de cima dela.
— VOCÊ O QUÊ? — Jonah gritou
— EU SEI! Eu sei... — digo tentando acalmá-lo — Eu sei que forcei a barra. Eu achei que aquele era o momento, e eu finalmente ia poder provar pra ela que eu sou muito melhor que o Brooks, mas acabei estragando tudo! — joguei a cabeça para trás e passei as mãos no rosto — Eu não conseguia parar de pensar no que aquele babaca tinha me falado... Eu fui embora logo depois, e estávamos sem nos falar até hoje, quando ela tentou conversar comigo, mas eu como sempre, estraguei tudo. Me sinto um completo idiota.
— E deve mesmo! — diz Jonah cruzando os braços — No que você estava pensando?
— Eu não estava pensando direito! Eu só queria acabar logo com isso! — respondo
— Olha, bro... — ele respira fundo e me olha — Eu sei que você como você deve estar se sentindo, e sei também que você quer logo partir para o próximo passo com a May, mas quando for pra acontecer, vai acontecer.
— Eu sei disso, mas é que... Apesar de já quase ter acontecido... — digo e abaixo um pouco o tom de voz, com vergonha — Eu não sei muito bem o que fazer.
— Ah meu amigo... — Jonah solta uma risada fraca — Se a May é realmente a garota certa, acredite, você vai saber exatamente o que fazer. — ele respira fundo e coloca uma mão em meu ombro — Ela nunca quis que você provasse nada pra ela cara, se não ela não estaria com você.
Olhei para ele dando um sorriso fraco em forma de agradecimento, e ele juntou nossas mãos fazendo nosso toque.
— Acabei de fazer as reservas das cabines do navio. — diz Jonah voltando para a frente do computador — Também reservei uma passagem a mais... — ele me olha — Sabe o que fazer.
Assinto, e levanto da cama rapidamente, pegando meu celular.
Me: eu sei que fui um babaca
e sei que você tem todo direito de não querer nem olhar pra mim agora
mas eu não quero perder você...
temos uma passagem extra para a viagem
vou estar te esperando no porto na sexta-feira
espero muito que você vá
(...)I'm back bitches!
BEIJO, BEIJO
tia gabs
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that's my lady | daniel seavey
Подростковая литература"Eu não quero alguém que só se importe com qual roupa vai colocar no dia seguinte ou em não deixar a maquiagem borrar. Eu quero alguém que se importe comigo, que me faça ser diferente e que me ajude a esquecer do mundo quando estivermos juntos! E is...